sábado, 18 de abril de 2009

E vamos à luta

Bem sei que desestimula contentar-se em vencer apenas as disputas locais para quem foi testemunha do ápice de um futebol jogado com estilo musical, requinte e beleza plástica, inteligência e genialidade, como foram capazes Raul, Leandro, Mozer, Marinho e Junior; Andrade, Adílio e Zico, Tita, Nunes e Lico.

Para quem participou daquele frenesi naquela efusiva e louca madrugada de 13 dezembro de 1981, com as ruas, esquinas, botecos e restaurantes do centro do Rio apinhados de representantes da nação vermelha e preta...

Convenhamos, que as disputas domésticas, com todo seu charme e rivalidade, ficam muito aquém da suprema glória do Mundial Interclubes em Tóquio.

Aliás, pergunte a qualquer torcedor rubro-negro que acompanhou aquela epópéia, onde ele estava e o que fazia naquele momento do retumbante triunfo sobre o Liverpool, e certamente todos haverão de se recordar daquelas horas de desvairada efusão que só o Flamengo e sua inigualável Nação Rubro-Negra (com letras maiúsculas, por favor) é capaz de proporcionar.

E o que dizer daquelas batalhas épicas na campanha da conquista da Taça Libertadores, um pouco antes do Mundial Interclubes, com as fantásticas e inesquecíveis atuações de Zico, quando apenas o grande Santos era o único brasileiro a operar tal proeza em trazê-la para o País?

E o orgulho de que nos tornamos possuídos pelos torneios internacionais conquistados pelo mundo afora, quando aquele "Rolo Compressor" enfileirou mais taças e troféus do que nenhum outro clube brasileiro, superando até o mesmo Santos de Pelé?

Pois bem... Apesar de todas essas gloriosas batalhas vencidas que nos vai na memória, nós iremos, sim, aceitar honrosamente, com a fidalguia de cavalheiros andantes, as disputas domésticas com botafoguenses, tricolores, vascaínos e outros que igualmente não lograram alcançar as nossas façanhas tão estupendas e inigualáveis.

Vamos aceitar e comemorar, sim (se vencermos, claro) as disputas das três batalhas contra o Botafogo — afinal é o que hoje o nos resta. Apesar de toda essa nossa soberba comum, de pobres metidos a besta, como somos nós rubro-negros.

E, além do mais, quer saber de uma coisa? Não temos culpa de nossa mais do que gloriosa história, embora Glorioso se intitule nosso grande adversário deste domingo.

5 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, vou colocar um link do meu para o seu.
    Se quiser visite-o www.sapientias.blogspot.com

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  2. Sempre que tenho oportunidade, declaro aos quatro ventos, a alegria de ser Rubro-Negro. O sou desde o ventre da minha Mãe, faço parte da Nação Rubro-Negra e envergo com prazer quase e porque não dizer, orgásmico, o Manto Sagrado, ganhando ou perdendo o meu Mengão.

    Em 1981, estava morando no Rio de Janeiro. Quando o árbitro soprou o apito indicando o centro do campo, dando por encerrada a partida, começou um verdadeiro carnaval fora de época nas ruas...o extâse foi geral, uma verdadeira catarse coletiva o País estava em festa...fico arrepiado ao lembrar-me desse glorioso dia.

    Ser Rubro-Negro é sinônimo de ser feliz e quero ser feliz mais uma vez nesse domingo e se Deus quiser, nos próximos dois jogos também.

    Saudações Rubro-Negras.

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  3. Eu era Flamenguista... umdia resolvi que ser do time de netos e sobrinho é bem melhor. Virei Vascaina. Depois vi tanta injustiça com o Botafogo, comecei a torcer para ele ser campeão. Torci muito ( parece que está perto, não?) Mas... diante de alguns fatos e fotos resolvi que Palmeiras estava a caminho... e acho que bati na tecla certa, não é que Palmeiras fez OS SANTOS vencerem??? Caraca! Nada como seguir o coração... rsrsrsrsrsrsrs

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