quinta-feira, 23 de abril de 2009

MV Bill "balança" com a idéia de concorrer ao Senado

Quando suas letras saíram dos limites da Cidade de Deus, no Rio, o rapper MV Bill sabia que sua pregação social não ficaria restrita à música. Aos 35 anos, Alex Pereira Barbosa mora na favela, mas MV Bill percorre o País.

Na esteira do hip-hop, documentou atração de jovens pobres para o crime e, com o parceiro Celso Athayde, fundou a Central Única das Favelas (Cufa).

Em março, num show na Cidade de Deus, Caetano Veloso sugeriu que Bill virasse senador. Isso ganhou adesão de jovens da rede de comunidades da Cufa, que contratou pesquisa.

Das 1.100 pessoas ouvidas no Rio, 23% votariam nele para senador. Entre eleitores de até 24 anos, o índice é de 37%. Em entrevista ao Jornal da Tarde, do Grupo Estadão, o rapper diz que a repercussão o “balançou”.

JT - De onde vem ideia de Caetano defender seu nome para o Senado?

MV Bill - Foi maluquice do Caetano. Nunca tive pretensão política. Ao contrário. Sempre dei declarações apartidárias, sem rabo preso, para falar o que quero.


Agora, o cantor de rap diz que pode rever posição apartidária após pesquisa que indica um grande apoio no Rio.

OPINIÃO - É curioso como a comunidade jovem dos morros cariocas, sobretudo os negros, se distanciaram do samba, legítimo representante dos valores e da cultura de seus ancestrais. E resvalaram para outros movimentos importados como o funck e o rap. Que construiram, reconheça-se, um movimento identificado com a realidade desses jovens.

A verdade é que o samba tem sido ao longo dos anos relegado, ou até mesmo alijado, da pauta das grandes gravadoras e rádios.

Há entre alguns intelectuais, como Nei Lopes, a convicção que esta motivação vai além dos interesses mercadológicos e passa, principalmente, pelos interesses ideológicos, que tem como instrumento a indústria cultural cujas gravadoras e produtoras têm suas matrizes aonde?.... Nos Estados Unidos da América...

A forma mais eficaz de se dominar uma civilização é fragilizando-o, através da eliminação de sua própria cultura. Nem precisam de armas, como fizeram no Iraque.

É assim que se caminha para a alienação suprema de um povo alienado, desfibrado e que se submete dócil e servilmente aos interesses do dominador, representado hoje pelo imperialismo capitalista, que tem à frente os EUA.

Um comentário:

  1. Sim. Nas escolas quando te eventos os jovens só querem Funk. Letras totalmente alienantes. Nas salas trabalham conteúdos "anti" tudo o que cantam e internalizam entre corredores com fone de ouvido. O que fica mais na mente deles? O que aprenderam nas salas de aulas ou o que vivenciam no dia a dia?

    Eu não vejo a hora de aprender samba! Quero adorar muito Jesus com o samba alegre ali no pé. Ainda consigo...

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