terça-feira, 28 de abril de 2009

O espetáculo da Câmara

Tem sido de uma indigência de dar dó as sessões da Câmara dos Vereadores de Campos. A falta de decoro, a pobreza e o vazio de idéias e a ausência de perspectiva para as soluções que o municipio carece formam um quadro sombrio que só poderá ser superado com a vontade de mudanças nos discursos de alguns vereadores. Tomara que passem do discurso à prática.

O conjunto da obra é bastante assustador. De um lado, o vereador Marcos Bacellar e seu linguajar rasteiro que não se coaduna com o espírito de uma Casa que deveria se fazer respeitar, mas que em alguns momentos oferece ao distinto público um espetáculo esdrúxulo, grotesco e truculento.

A Câmara não pode ser transformada num circo, numa arena de gladiadores ou palco de disputa de questões pessoais entre o vereador e o ex-governador Anthony Garotinho, que vive e trabalha diariamente a quase 300 quilômetros da sede do Legislativo.

Se o vereador não tem nada a esconder em relação às suspeitas que sobre si recaem, que busque na força da argumentação, não no argumento da força, um expediente republicano e racional para enfrentar seus adversários.

Peça para abrir suas contas, abra mão do sigilo bancário ou telefônico. Desafie-os. Mas não venha baixar o nível com uma linguagem de sarjeta, ameaças ou agressões pessoais que não levam a nada.

Será que o povo de Campos merece uma Câmara que optou pelo caminho de uma casa de shows com números e atrações para tudo quanto é gosto?

Onde é que ficam os reais interesses da população, enquanto os vereadores se envolvem num bate-boca ridiculo, inócuo e deprimente.

O povo, que elegeu um governo de mudança, também escolheu vereadores para também mudar, inclusive os costumes, vícios e práticas que tanto infelicitaram nosso municipio nos últimos anos.

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