quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vitória apertada, sofrida e suada do Goyta

Já denunciei aqui que o meu dia-a-dia é deveras cruel devido à rotina de minha vida operária, que não permite as delícias do sagrado direito ao ócio, na medida certa e em doses reparadoras.

Então, eis que o dever da lida me impediu de ir ao Aryzão assistir à estréia do Goyta na segundona, nesta auspciosa quinta-feira.

Tudo devido aos meus afazeres profissionais, por conta desse meu extremado apego ao labor.

Afinal, tenho o saudável hábito de contribuir para a compra do feijão e do leite, afinal, alguém tem que trabalhar nesta joça.

Mas vamo parar com essa prosopopéia que não leva nada a lugar algum.

Voltando à vaca fria, soube que o time jogou a conta do chá para vencer o Aperibé, berço de Geraldo Bras, um dos grandes craques da história do Americano e do próprio Goytacaz.

Dizem os que frequentam o Aryzão que há tendência é a de que o time cresça muito durante a disputa, revigorado com mais alguns novos reforços.

Desta vez, não houve razões para o torcedor tomar-se de sua ira santa, de bradar aquelas coisas terríveis e impublicáveis, contra os homens vestidos de preto que aqui vêm pra afanar o pobre e indefeso Goyta velho de guerra.

O Pudim já garantiu que este ano não vai ser igual aqueles que passaram. E ninguém vai meter a mão grande no time do povo.

Vi umas belas fotos no excelente Ururau, site do meu amigo, o bom/grande garoto Leandro Nunes. Dá gosto ver o sofrido povo de azul, a cor da esperança. Velhos torcedores com agitação e entusiasmo juvenil; outros, ainda adolescentes, que parecem já ter testemunhado seguidas glórias alvi-anis. É a tradição filial que acompanha os pais na escolha de um time local para torcer.

Vamulá, galera, porque o Goyta há 17 anos na segundona é uma ofensa às tradições alvi-anis e ao próprio futebol de Campos. Reagiremos este ano a esta infâmia.

De resto, acompanhar futebol pelo rádio de Campos, se o cabra não tiver bem ligado no rádio, se perde ou leva susto.

O grito de gol do bom narrador Luiz Fernando, da Campos Difusora, me trouxe uma dúvida atroz, precisou que alguém me prestasse socorro para informar-me que era só o tento da vitória de estréia do Goyta. Mas parecia o gol do título.

O rapaz tem futuro, mas precisa parar de fazer suas enunciações em gritos altissonantes. Pare de gritar, menino, que tu tens potencial e vai longe.

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