sexta-feira, 8 de maio de 2009

A triunfal volta do filho pródigo

Boto a boca no mundo para exclamar que o imperador Adriano, bom menino que a casa torna, merece todas as loas que a Nação Rubro Negra lhe devota, como todo filho pródigo dos eleitos.

É bem verdade que o irrequieto rapaz, que nós criamos com todo zelo na Gávea, tem resvalado para alguns caminhos a esmo e entrado em crises existenciais, essas coisas típicas que acometem quem vestiu um dia o Manto Sagrado e sai por aí feito um errante em plagas distantes, atrás de outras coisas fúteis, e acaba sempre se dando mal.

Mas não vamos entra nessa de exigir bom-mocismo dos nossos craques. O Garrincha, o Heleno, o PC Caju, o Gérson e o Romário estiveram aí pra provar.

Além do mais, o velho e glorioso filósofo (entre outras coisas) João Saldanha tinha uma máxima para o momento em que algum cabeça-dura que lhe alertava para um craque problemático em vias de ser contratado para integrar sua equipe.

Sacava logo uma do coldre, saindo-se sempre com a sábia quanto genial sentença de que não queria o sujeito para ser mais um bom-moço ou casar com a sua filha, mas pra jogar futebol.

Pois então analisemos o Adriano, que ali nasceu e sentiu a suprema sensação do calor da maior Nação futebolística do mundo.

E mais: o nosso Imperador estava também com saudades do feijão, da mamãe (salve elas em seu dia neste domingo), da bela e estonteante namorada, das praias, do sol e do calor do Rio. E não se deu bem com o frio e a frieza de Milão.

Depois de uma análise no divã da Gávea, soube que chegou à conclusão meridiana de que ali era o seu lugar, de onde nunca deveria ter saído.

Na Itália não era feliz, porque na Itália não existe Flamengo. Não existe uma festa magnânima, em tardes de domingo com Maracanã repleto, o conjunto de cores, cânticos e coreografias, uma ópera que só a Torcida Rubro-Negra pode representar.

Proclamam alguns sábios turistas de elevada visão futurista, gosto estético apurado e de sólidos e irrefutáveis conhecimentos nesta seara, de que se trata do maior espetáculo da Terra. Carnaval na Sapucaí é uma ova.

Pois então, em nome desses forasteiros e da Nação Rubro Negra, antes que o Kleber Leite tombe o Flamengo, urge que o Flamengo seja tombado como patrimônio imaterial deste País.

E o Adriano conhece toda essa mística. Sabe o que é jogar no Flamengo. O que é ser ídolo no Flamengo. E, acima de tudo, sabe o que representa ser Flamengo.

Por essas e outras alegações de valores e princípios incontestáveis entre a égide e os cânones rubro-negros, sua volta triunfal tem mesmo que ser saudada com as devidas efusões em todo o País.

5 comentários:

  1. Interessante este termo "triunfal"...
    Ali em João 12 lemos: !No dia seguinte a grande multidão que viera à festa ouviu que Jesus estava à caminho de Jerusalém. Título: (ENTRADA TRIUNFAL).
    Continuando:12.14= Jesus encontrou um jumentinho, e montou nele, como está escrito:

    "Não temas, ó filha de Sião ( Sion); vê, o teu Rei vem, montado num filho de jumentA."

    Caraca... eu acreditei que estava errada... Agora quero fazer pesquisa sobre esta questão de jumento ...Quem é mãe de jumentinho? No caso , jumentinho só tem pai? E quando a Bíblia se refere a jumenta? Então eu não tô errada? Posso ser jumenta?
    caraca... só vim aqui por causa da Entrada "Triunfal" de Jesus em Jerusalém, pois me chamo a atenção... e aabei nesta questão do gênero. Será que não existe jumenta e a Biblia tá mentindo? Puxa vida...

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  2. Corrigindo: "Me chamou a atenção... e acabei nesta"

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  3. Que o Senhor Jesus tenha misericórdia de todos nós. Sério!

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  4. Assim o blog vai virar espaço de um leitor só. Essa debinha é incrivelmente....

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