domingo, 10 de maio de 2009

Início nada auspicioso

Amigos, estamos diante de um mais um problema que assombra o País, um impasse neste grave momento da vida nacional, quando o Flamengo acaba de fazer sua estréia no certame brasileiro e não consegue inspirar entusiasmo na Nação Rubro Negra.

No exato instante em que rabisco essas bobagens, me assaltam dúvidas, dilemas, essas maluquices que só acomete quem vive todos os fins de semana vendo 22 homens correndo atrás do esférico.

Só não estou mais macambúzio quando me lembro que o menino Adriano começa a treinar e daqui a pouco está pronto pra jogar.

É bem verdade que ontem cometi um crime de lesa-pátria, um pecado capital pelo qual devo penitenciar-me pelo resto da vida: não assisti ao primeiro tempo da refrega contra o time da colônia italiana de BH.

Dizem que o time até foi bem neste periodo da contenda. Pelo menos foi o que falaram os comentaristas da Grobo.

No intervalo, os abalizados analistas ainda me injetaram umas doses de confiança no time para o segundo tempo, mas tais previsões destes sábios do futebol valem tanto quanto a palavra de um senador.

O "pobrema" foi que o time não andou no segundo tempo. O goleiro do outro time não fez uma mísera defesa sequer.

A nosso onde não tem um armador de classe, decisivo, capaz de colocar a bola de bandeja para os meninos lá da frente decidirem na cara do gol.

Um Felipe ou um Ricardinho seriam figuras talhadas para o nobre ofício de maestro da orquestra rubro-negra.

Continuamos a depender muito das incursões dos laterais (alas é a p.q.p), os adversários tem manjado essa jogada.

Com um armador de categoria e o nosso Imperador de volta, acho que estaremos longe de repetir as históricas e retumbantes humilhações rubro-negras dos últimos certames nacionais, onde cumprimos o vexatório papel de lutar para não cairmos na segundona, local onde hoje habita o time da colônia portuguesa.

Outro "pobrema" é a insistência de um individuo sem a mínima condição de envergar o Manto Sagrado. Depois de Obina, é duro ter que aguentar o Joziel, que me faz lembrar os tempos do Vicentinho, Fio, Michila e Caldeira. Com Neves no banco.

O grande problema do menino Joziel é só um: as sérias dificuldades de relacionamento com o balípodo.

Consta que quando foi apresentado ao tal esférico, o rapaz já demonstrava que aquele seria um diálogo de surdos.

Parecia que um falava um estranho dialeto indiano; o outro, javanês.

E essa incompatibilidade perdura até hoje, com um agravate. À época, contam irrefutáveis testemunhas, havia uma ínfima chance de aproximá-los, mas hoje a conclusão a que se chega é a de que esta aproximação é algo irreconciliável.

Os dois, ele e a bola, não devem ser convidados sequer para tomar um café à mesma mesa. A intransigência de ambos, a animosidade entre os dois é tão provavel quanto a paz entre árabes e judeus na Faixa de Gaza.

Que estreie logo o Adriano e a maldita porteira das transferências para o exterior não leve nenhum dos nossos craques.

Um comentário:

  1. Pois é caro Paulo Renato

    Bastou um jogo em que o ataque Rubro-Negro, fez gols, coisa rara nos jogos do Mengão, onde jogadores da defesa é que acabavam resolvendo o problema da falta de gols (vide o caso de Emérson, zagueiro do Botafogo), para que o técnico Cuca achasse que o jejum de gols dos atacantes houvesse acabado.

    Lêdo e redondo engano, não acabou e o resultado está aí para quem quiser ver, o Cruzeiro com um homem a menos, ganhou de dois a zero num jogo onde o ataque Rubro-Negro esgotou todo o estoque de perder gols.

    Como no futebol, quem não faz, leva, levamos essa derrota para casa, mas, caro Paulo Renato, não vamos desanimar antes da hora, há muita bola a rolar nesse longo e exaustivo Campeonato Brasileiro, onde somos especialistas em ganhar.

    Saudações mais do que nunca Rubros-Negras, a luta apenas começou.

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