segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aos crédulos e otimistas

Aqui, desta altaneira tribuna, fala-se de tudo, inclusive de futebol. E de coisas menos sérias, como a política.

Já que não tenho estômago para fazer elucubrações sobre a política da nossa aldeia, a pergunta que saco hoje da cartola nesta terra do pau-brasil é a seguinte: qual o destino da insalubre e indigesta política brasileira, diante de tantos casos de corrução envolvendo personagens do Congresso Nacional.

Cambadas que habitam as casas legislativas, escutem os gritos em uníssono das massas: vocês estão saindo muito mal na fita, abusando do direito de serem hipócritas. Um dia cansamos de sustentar algumas casas de tolerância. A revolta e a fúria dos justos tomarão conta das ruas.

Agora mesmo, os partidos, com suas imagens tremendamente desgastadas, apostam numa eleição com lista fechada, feita sob medida para que os caciques de sempre se mantenham em seus feudos partidários.

Como apostar na renovação dos quadros da política sem que os novatos tenham acesso a vagas que serão preenchidas por aqueles que já são detentores de mandado ou mesmo aqueles que são apadrinhados pelas cúpulas partidárias?

Nas duas casas do Congresso, são 60% os eleitos declaradamente financiados por grandes empreiteiras, bancos e outras grandes corporações. O interesse público vai pras caçambas e nécaras.

Os casos de corrupção pipocam a cada dia, como o escandalo das verbas indenizatórias, envolvendo até Eduardo Suplcy e Fernando Gabeira, tidos como "reservas morais".

Otimistas acham que a crise pode trazer aspectos positivos, como uma mobilização nacional que poderiam colocar as caras dos pilantras com suas fotos em outdoors por toda parte no País, tipo assim: "Esse aqui traiu a confiança do povo porque prometeu uma coisa e fez algo totalmente diferente depois de eleito. Ou assim: "Esse aqui falou que quer que a população de lixe".

Otimistas, crédulos, este repórter que vos azucrina não quer ser o porta-voz do pessimismo. Mas no meu tempo havia menos imbecilidade.

Os meninos de hoje não sabem de nada, com rarissimas e honrosas exceções. Vive-se numa selva onde impera a alienação, a futilidade e a burrice, etc.

Vou tratar de coisas mais sérias e menos áridas. Tenho que ouvir agora um chorinho com o Zé Nogueira e o Altamiro Carrilho. Não sou de ferro. Fui...

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