Alguns de meus amigos (esta raça de gente ruim) às vezes me ligam e trazem notícias boas, outras ruins.
Tem um deles, um vizinho, que tornou-se para mim um contumaz portador de notícias funestas. Bem que poderia chamar-se seu Funério.
Mas a noticia que me traz nesta fita, ao contrário de me fazer chorar, levou-me às gargalhadas. Gozem, me chamem de hiena e outros insultos. Riem de mim porque rio de meu país.
Então, meu informante liga, apressado e parecendo esbaforido, dizendo ter ouvido ainda há pouco em alguma destemida e valente emissora algo parecido com aquela enfermidade que se imaginava extirpada do nosso corpo, mas que volta sorrateiramente. É a chamada doença recidiva.
Seguinte: a notícia pouco ou nada alvissareira, a peste que está a caminho e que nos ameaça é a de que o Fernando Collor (aquele) pode ser içado de novo como candidato a presidente da República. Sim, acreditem, vos digo que há um movimento ensandecido que quer vê-lo de novo presidente.
Depois vocês, Antunis Clayton e outros amigos fundamentalistas, vem me apedrejar pela minha ácida descrença. Mas há coisas que não apenas só acontecem ao Botafogo, mas também a este radioso País varonil.
Depois você querem que eu não tenha razão em achar que não há salvação para o ser humano.
O meu amigo Osvaldo Azevedo (um desses seres terráqueos que não conhecem a felicidade — não teve a suprema ventura de ser Rubro-Negro, mas apenas um corintiano em Campos), pois dizia eu que o Osvaldão (gente da melhor qualidade, exijo que conste em ata) há alguns anos me sapecou uma máxima que eu não poderia morrer sem que dissese a vocês.
A frase encerra ao mesmo uma sabedoria e uma verdade acaciana: a de que o Brasil é um hospício a céu aberto.
Como considerar normal um país onde ainda se encontra gente capaz de demonstrar coragem em anunciar solenemente que faz parte um movimento destinado a lançar Collor de novo como presidente?
Pois depois do ano da graça de 1992, o inesquecivel ano de 1992, esse Coisa Ruim, o supracitado excremento, que nem ouso mais citar o nome aqui em respeito a este sacro recinto, maquinava nos porões da política nacional, purgando seus graves pecados, vagando feito um zumbi. E parecia-me que estava relegado ao seu devido lugar — o esquecimento.
Qual nada. Vem de lá esses cafajestes proclamarem que nós (nós, uma ova) temos com ele um acerto de contas, de que há a imperiosa necessidade de sua reabilitação. Não, não e não. Mil vezes, milhões de vezes, bilhões e trilhões de vezes, não.
Apesar de errantes e tolos, somos uma gente de algumas belas e santas virtudes, país de povo guerreiro honesto, trabalhador e não merecemos em vida passar por tamanho infortúnio.
Bem, um mérito "elle" teve, o de fazer constar nos anais (êta palavrinha indecente) da história deste País o fato de que num radioso dia 29 de setembro de 1992, um presidente da República foi expulso, defenestrado do Palácio pela ira popular. Sem um tiro sequer.
Isso é que é povo varonil, amadurecido politicamente, gente ciosa de seus valores e sua história.
Tudo para que ninguém se apresse em me apontar como um pessimista incorrigível, então proclamo em alto e bom som esses arroubos cívicos que me acomete de quanto em vez.
Mas, digam-me se estou mentindo, depois de uma dessas dá pra se viver em paz sob esses trópicos de sol mais lindo e ceu azul?
Prometo-vos que, apesar de meu físico alquebrado pelo longo tempo de opressão e tirania, quero dar meu sangue e minha voz rouca para dizer que a partir de agora está em jogo a honra nacional, a decência deste país e outros substantivos e adjetivos.
Então meninos caras-pintadas, voltemos às ruas, já mais conscientes e amadurecidos do papel que vos cabe. Temos que reagir a esta infâmia que querem nos impingir.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
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Meu Deus! Essa do Collor! Era só o que faltava... A tampa da fossa foi levantada... tudo bem... mas temos que colocar mesmo um tapa boca em nós mesmos. Aguardemos a limpeza.
ResponderExcluirUm dia fui ajudar minha avó a limpar a fossa da nossa casa. Não é que saí fedendo também? A diferença é que tomei um bom banho, coloquei um bom perfume... e sentei na tampa da fossa, agora cheirando a criolina ( é assim que escreve?). Vovó dizia: Sai daí minha filha... isto está contaminado. E eu dizia´: Vovó, já estou "imunizada".
Voltemos às ruas sim... Voltemos...
Uma postagem cheia de conteúdo e vemos um comentário como o da Jumentinha (falo assim pois é como ela mesma se auto-denominou, sem pedir licença aos jumentos, até porque que eu saiba, não existe na natureza, fêmeas de jumentos) em que ela só fala de merda e merda, literalmente falando. Só para dirimir a dúvida dela, não é "criolina", é CREOLINA.
ResponderExcluirMas vamos ao que realmente interessa:
Não seria nenhum espanto que o canalha do Collor de Mello venha a se candidatar, primeiro porque ele estaria dessa forma, obtendo mais visibilidade com o intuito de se reeleger ao senado. Segundo, tem muita gente que ainda se encanta com seu discurso demagógico, tanto que ele se elegeu senador sem muito esforço, existem muita "viúvas de collor" por esse brasil afora e tem muita gente sem memória e muito maluco por aí. Terceiro, como ele não foi condenado em nenhum processo judicial, usará o argumento de que foi profundamente injustiçado para angariar votos na sua empreitada.
Não dá para viver em Paz não, temos que ficar vigilantes para que esse canalha e outro como ele, não atinjam seus objetivos. Temos que varrê-los da política.
Forte abraço e vamos que vamos para dentro do Inter!
Oi Provisano, algum preconceito com o sexo do jumento? O que importa isso? Obrigada por dirimir minha dúvida, quanto ao creolina. Nunca mais vou esquecer, afinal, já dizia Piaget:"Tudo o que aprendemos num contexto cheio de emoção 'aquilo fica' mesmo".
ResponderExcluirQuanto ao "bosta", realmente você não esqueceu que eu dizia ser também "extrume para adubar em amor". Ser extrume é ser lugar de fertilidade. Sem extrume não haverá terra fértil, Provisano.
E quanto à vigilância para que "canalhas" não atinjam seus objetivos vou lhe dar uma sugestão:
"Ajude a adubar a terra".
olha a palavrinha que veio aqui: "stion" - tirando esse "t",fica bem significativo, não?
Ah...Provisano, desculpa retornar, peço até licença!
ResponderExcluirA diferença de ser extrume e de ser "m..." é que o primeiro tem cheiro caraterístico de coisa viva e se permite dar mais vida. O outro é totalmente repulsivo.Ninguém quer nem o "cheiro".
(Não sei se vc quer abraço..., afinal, ter repulsa ( é "de" ou "à"? ) colega que pensa diferente, é meio estranho, não? )
Rosângela
Certamente muitos ouvem, mas não compreendem, vêem mas não percebem. O coração de muitos está muito duro.Ouvem de mau grado com seus ouvidos, e fecharam os seus olhos para que não vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração e sejam curados. Mas felizes os olhos porque vêem e os ouvidos porque ouvem, pois muitos desejavam ver e ouvir o que muitos ouvem e vêem hoje.
ResponderExcluirAdubemos.
Ah! Que venham todos os que se propuserem a "afinar o coro dos descontentes". E assim afinados e felizes poderemos ser uma linda Orquestra para "Campos, Minha Cidade Meu Amor!"
ResponderExcluirEia! Cantemos! Afinados! Os ouvidos, com certeza... ouvirão...
Um cantor muito legal já dizia que "no fundo do peito dos desafinados também bate um coração..." Sim... Creio... Mas quem quer estar desafinado na vida? Ninguém. Portanto...
Levemos a Alegria... inclusive, aos desafinados...
Será que desafinado também não seria quem "não está a fim de"?
Nada como um propósito na vida... E se este propósito é Vida Para...
Todos seguirão.
Débora, não é "extrume" e sim, ESTRUME, quando à referência sobre uma possível discriminação sobre o sexo dos jumentos vou te dar uma rápida explanação:
ResponderExcluirNão existe da minha parte qualquer atitude discriminatória, defendo até o fim a existência e a co-existência pacífica entre animais como Cavalos e Éguas (da espécie "Equus caballus"); Asnos (também conhecidos como Burros ou Jumentos da espécie "Equus asinus"); Jumentas (fêmeas da espécie "Equus asinus"); Bardotos (machos resultantes do cruzamento de Cavalos com Jumentas); Mulas (resultado do cruzamento de Jumentos com Éguas), sem se esquecer do Onagro (da espécie "Equus onager") que é uma espécie de jumento selvagem que encontramos nos desertos da Ásia.
Na manjedoura quando do nascimento de Cristo, encontramos presente, além de uma vaca, um jumento. Foi também montado num jumento, que Jesus adentrou à cidade sob aclamação do povo que gritava em extâse, hosanas ao senhor.
O cantor muito legal (não deixe que ele ouça você se referir a ele assim, "cantor muito legal", ele é muito suscetível à essas coisas de bajulação gratuita) a quem você se refere, é um baiano chamado João Gilberto, um dos criadores da Bossa-Nova, afinado aos extremos com um ouvido que é classificado como "ouvido absoluto" que só alguns eleitos por Deus possuem. O verso que você reproduziu, faz parte de uma canção clássica da MPB, especificamente da Bossa-Nova, chamada "Desafinado", que é uma espécie de hino do movimento bossa-novista que é uma fina ironia à suposta desafinação dos cantores de bossa-nova e diz o seguinte:
"Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti musical
Eu, mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é bossa nova
Que isto é muito natural
O que você não sabe, nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolleiflex
Revelou-se a sua enorme ingratidão
Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar, viu?
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados
Também bate um coração".
Não tenho repulsa nem "de" ou "à" quem pensa diferente de mim, ao contrário, democrata que sou, respeito toda e qualquer diferença, só acho que você deveria gastar sua verborragia com comentários pertinentes ao tema postado pelos proprietários dos blogs, ao invés de encher os tópicos com comentários em massa que não dizem em sua maioria, lé com lé nem cré com cré, fica chato e desestimula às pessoas a lerem e frequentarem o blog onde você pratica o que chamamos de "spam", uma prática nefasta no que tange ás regras de etiquetas da internet.
Blogs são espaços na maioria deles, democráticos onde se discutem temas importantes e não lugares para se postar coisas sem importância. Quando não temos nada de importante a acrescentar ao tema proposto, melhor é não postar nada.
Um bom exemplo do que eu disse acima, é esse "post" meu, que fugiu ao tema proposto pelo Paulo Renato que foi a possível volta de Collor de Mello numa campanha à Presidência da República com candidato.
Sua superficial postagem, fala o nome de Collor "en passant" e muda para reminiscências de sua infância onde limpastes uma fossa com sua avó, ficastes fedendo à merda, tomastes banho, ficastes cheirosinha, sentastes na tampa da fossa que foi desinfetada com creolina, aí ficastes com os fundilhos cheirando à creolina que te imunizou.
Me pergunto, o que é que isso tem a ver com o tema? Nada, necas de pitibiribas.
Aí perco a paciência, pois espero de qualquer comentarista, um mínimo de bom-senso ao postar comentários até mesmo em respeito ao blogueiro, afinal, "invadimos" um espaço que não nos pertence e respeito é bom e todo blogueiro gosta, tenha certeza disso.
Minhas cutucadas em você Débora, não são pessoais, até porque não tenho nenhuma intimidade com a sua pessoa, elas são sempre num sentido crítico de que te mostrem que você está fazendo um papel de palhaça, coisa que tenho certeza você não o é, já tens idade suficiente para não ficar se expondo à críticas ácidas por parte das pessoas e já és avó como pude ver no seu blog.
Aproveito também para me desculpar com o companheiro Paulo Renato por invadir o espaço dele e dar esse desabafo na sua pessoa Débora, mas que você merece, isso você merece, não tenha dúvidas.
Um pouco de chá de semancol não faz mal à ninguém, até mesmo para mim, por isso já vou tarde.
Provisano... http://www.youtube.com/watch?v=EGWF9CSlt-A
ResponderExcluirAh... Provisano, Valeu! http://www.youtube.com/watch?v=WCsLnImHF6s
ResponderExcluirVerborragia= Verbo= Palavra = Jesus e Seu Sangue Precioso.