Como diriam os que habitam a base da pirâmide, um "barraco" aconteceu agora à noite na mais alta Corte da Justiça brasileira. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, presidente da corte, e Joaquim Barbosa tiveram uma nova discussão durante a sessão plenária desta quarta-feira.
Ao avaliar uma das ações do dia, Mendes disse que Barbosa "julga por classe" e não tem condições de "dar lição de moral". As baixarias foram transmitidas pela TV Justiça.
— Vossa excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim. Saia à rua ministro Gilmar — disse Barbosa para Mendes.
— Eu estou na rua — disse Mendes.
— Vossa excelência não está na rua, não. Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso — disse Barbosa.
— Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. - O senhor me respeite — acrescentou.
Discussão anterior - Esta não foi a primeira vez que os ministros discutiram em plenário. Em setembro de 2007, os dois já haviam se desentendido.
O bate-boca começou quando Mendes propôs votar novamente, com a presença de todos os 11 ministros que integram o STF, uma questão decidida em uma ocasião anterior, quando um dos ministros não estava. – Ministro Gilmar, me perdoe a palavra, mas isso é 'jeitinho'. Nós temos que acabar com isso – disse Barbosa na ocasião.
Em resposta, Mendes disse que não iria responder à provocação.
– Vossa Excelência não pode pensar que pode dar lição de moral aqui – retrucou Mendes, em 2007.
A discussão desta quarta ocorreu apenas um dia antes de Gilmar Mendes completar um ano à frente da presidência do Supremo.
Nesse período, o presidente do STF se envolveu em polêmicas com o Congresso Nacional, acusado por parlamentares de usar o STF para tomar decisões de competência do Poder Legislativo.
Mendes também enfrentou embates com a Polícia Federal, após acusar a corporação de "espetacularizar" suas operações, e com o Ministério Público, ao dizer que o controle externo do órgão sobre a PF é algo "litero-poético-recreativo".
Fonte: G1
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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Este é o "Pano de Fundo" de nossa Nação...
ResponderExcluir... e o que tem de "panos quentes" ...
Pode crer... quem quer justiça e verdade neste país, vai ficar na geladeira...( e a bola de neve?)
Mas não tem problema, pois numa hora a geladeira é desligada... começa a descongelar.. e aí...
Vamos ver como fica... (se é que fica) ...
"A violação de posição sempre causará caos e destruição." (...)
" Você não pode realizar seu propósito se estiver na posição errada".
ResponderExcluirMyles Munroe
Este homem, Joaquim Barbosa tem em seu currículo o seguinte:
ResponderExcluir* Ao aplicar o rigor da lei contra os amigos do presidente, Joaquim Barbosa colocou em prática a teoria de que a lei é igual para todos, reafirmou a independência do Judiciário e assegurou a harmonia entre os poderes, condições essenciais a qualquer regime democrático.
* "Tenho grande atenção para as mazelas nacionais, e a realidade social entra muito em consideração nas minhas decisões"
* A decisão no caso do Mensalão não foi o primeiro gesto de independência do ministro. Certa vez o Palácio do Planalto o convidou para uma viagem à África na mesma comitiva do presidente Lula. Barbosa já conhecia alguns países do continente e rejeitou o convite. Respondeu que gostaria muito de representar seu país, mas que a viagem era de autoridades do Executivo e não queria passar a idéia de viajar a reboque da comitiva de Lula. “Meu único objetivo é a busca pela Justiça”, diz o ministro. “Este é um país injusto e a decisão tomada pelo STF sinaliza para mudanças.”
*Aos 53 anos, Joaquim Barbosa se empenha para tornar o Poder Judiciário mais eficiente. Para tanto, aponta três alvos a atacar: a desigualdade, o patrimonialismo e o corporativismo. “Tenho grande atenção para as mazelas nacionais e a realidade social entra muito em consideração nas minhas decisões”, diz Barbosa.
* Antes de virar ministro, ele foi procurador da República, mas não teve sucesso ao tentar difundir suas teses. “Eu era procurador regional, que é a fossilização do cargo de procurador”, ironiza. Agora no STF, Barbosa tem encontrado o espaço suficiente para difundir uma nova linguagem jurídica, a linguagem da simplicidade, segundo ele resultado de alguns anos trabalhando como revisor de jornais em Brasília e de publicações na gráfica do Senado, quando jovem. Foi com esta linguagem que ele convenceu seus pares a enquadrar criminalmente os artífices do Mensalão. “O Judiciário não sabe se comunicar. A linguagem barroca e rebuscada é o fator de distanciamento do Judiciário do povo”, critica Barbosa. “O povo está distante do Judiciário por falha do Judiciário.”
* No tribunal o ministro Joaquim Barbosa monta a sua trincheira para combater a desigualdade, o patrimonialismo e o corporativismo.
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1989/artigo67952-1.htm
Bem, um homem desse assusta, não?
Que pena que as pessoas esquecem...
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