terça-feira, 4 de agosto de 2009

A sociedade sentiria falta do senado?

A pergunta que se faz hoje é a seguinte: o relógio marca!!!!, como diria o Waldir Amaral, 7 horas e 19 minutos do dia 04 de agosto de 2009... se o senado, este atual senado (iniciais minúsculas, por favor, revisor) deixasse de existir a partir deste sacro momento, a sociedade brasileira sentiria sua falta?

É a pergunta que não quer calar, depois de mais um espetáculo infame como o de ontem. O circo de horrores reflete o senado, este atual senado, que se lixa para a opinião pública, que não está nem aí para o que a sociedade pensa desta casa de tolerância. Amigos, não confundir o Senado (instituição, com letras maiúsculas) com este senado que taí.

O senado que foi transformado num picadeiro, uma tragédia que envergonha o Brasil.

Ontem, o ex-manda chuva da nação, Fernando Collor de M., uma vergonha pra quem é brasileiro, aquele mesmo que um dia proferiu que tinha aquilo roxo, voltou às suas origens, apoplético, gestual, olhos arregalados, dedo em riste, ameaçando quem se punha à sua frente. estava ali instalada uma praça de guerra.

Só faltou mesmo sacar do paletó uma metralhadora ou uma garrucha, como fez o seu avô, Arnon Collor, em 1963, ao atirar num colega do Acre, José Kairala, assasinando-o covardemente, com três tiros no peito, a cinco metros de distância.

O alvo de Arnon era o senador Silvestre Péricles Goes Monteiro, seu irreconciliavel desafeto. Em tempo: Kairala era suplente e ali cumpria seu ultimo dia de mandato. Sabe o que aconteceu a Arnon? Nada.

Historiografia à parte, o Collor filhote do coronel assassino e covarde, incorpora o espírito prepotente e belicoso de político dessa mesma laia, uma corja lembra a República Velha, onde os mais fortes e poderosos impunham-se pela força e não tinham satisfação alguma a dar a ninguém.

É este o senado que deixa isolado um homem da estatura de Pedro Simon, jogado às traças contra um delinquente da política, como esse verme das Alagoas, que é também terra de gente boa, como o Graciliano, de Hermeto Pascoal, Caca Dieguez, de Ledo Ivo, Djavan, da Heloísa Helena...

Mas também terra onde vicejam (ainda) perniciosos coronéis que sempre fizeram questão de manter a grande maioria do povo alagoano na mais absoluta miséria, a ponto de destacar aquele Estado como o pior IDH do país.

Coronéis que exploram a boa fé, até mesmo a ignorância de gente que mal sabe a condição de joguete, massa de manobra nas mãos de quem deseja a perene manutenção do status quo os mantém reeleitos a cada pleito. Mais do que isto, impunes.

E, ainda assim, aquela gente ainda elege seus algozes de longas eras, sempre reconduzindo bufões como Collor e suas molecagens aos palcos da política, dando-lhes um mandato ali, outro aqui... Êta povinho pra gostar de sofrer...

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