segunda-feira, 8 de junho de 2009

Parem de sacanagem

O Nordeste em peso saiu de casa ou foi às ruas apinhando botecos para ficar em frente ao aparelho de TV pra ver jogar o legítimo Rubro Negro, Campeão Sul-Americano e Campeão Mundial de 1981, por isto conhecido internacionalmente.

Ah, ia me esquecendo, também maior ganhador de torneios internacionais pelo mundo afora, sustenta o mestre Péris Ribeiro, enciclopédia ambulante do esporte.

A verdade é que há jogadores no Flamengo que, ou não sabem da importância do que é vestir o Manto Sagrado ou não tem mesmo capacidade de envergar aquele hábito.

Aceito perder, derrota faz parte do jogo, mas em circunstancias dessas, é sacanagem da grossa.

O leão era manso, provou no início, a fera estava acuada, mas quando viu que o Flamengo é que era frouxo, caçador pouco inteligente com sua presa, partiu pra cima.
A verdade é que o original Rubro-Negro fez 2 a 0 e queria administrar o troço até o apito final de sua senhoria...(no meu tempo, os juizes eram tratados com mais respeito, talvez porque menos ladrões).

Cometeram um erro de avaliação que lhes foi fatal: menosprezar a fera em seu reduto.

Há uma enorme diferença entre o clube Sporte e o time. O clube, não se pode comparar, é infinitamente inferior ao Flamengo, tem importância apenas regional. Já o time, a diferença não é lá muita coisa. E tem gente ali no Sporte que jogaria fácil nesse time do Flamengo.

A nossa defesa bem que poderia ter o apelido de peneira ou então Avenida Agamenon Magalhães, a maior e mais larga do Recife.

Antes, era os atacantes que não marcavam, antes aqueles gols do Joziel, só os zagueiros balançavam a roseira. Agora, os marmanjos da defesa deram de jogar de atacantes, mas para o adversário.

Com tamanha generosidade, pareciam recepcionistas de hotéis quando recebem gringos na semana do carnaval recifense.

Na minha pelada, quem comete erros infantis daqueles não volta no jogo seguinte...
Aceitar a saida de Fábio Luciano para justificar a tremenda peneira que virou essa defesa em menos de 15 minutos é forçar a barra.

Bruno, com salto alto tipo Luiz XV, tirando onda de bom de sela, tem que ser posto de castigo, como se fazia nos colégios de antanho, tipo assim, escrever no quadro negro 100 mil vezes: "Não sou, nunca fui, nunca serei nenhum Banks, nenhum Maier, nenhum Yashin, Carrizo... não sou nenhum Dasaev e, com relação ao nosso Júlio César, tenho que comer muita grama ainda pra chegar lá".

O Leonardo Moura, tenho uma solução, além daquela que fiz para o Bruno: ele não é, nunca vai ser, um Leandro ou um Carlos Alberto Torres. Deve também passar noites na concentraçao assistindo taipes desses dois cracaços da lateral (ala é o cacete, como me recuso também denominar passe de assistência).

Outra receita: ficar nessa de eterno peladeiro, correndo pra todo lado, é a receita para nunca chegar à seleção.

Outra coisa: tá na hora do Cuca se mexer, botar o Everton pra jogar, o menino é bom de bola, atrevido. E, não se esqueça nunca, Cuca. Para treinar o Flamengo é preciso conhecer um pouco de Flamengo, onde, reza a lenda da tradição, os santos de casa fazem milagres. E, se preciso, barre o Léo Moura.

De resto, uma coça de urtiga pra esses marmanjos que não estão sabendo honrar o Mundo e as sagradas tradições no imortal e eterno Clube de Regatas do Flamengo.

Entro de férias e, como ensinava o menino Bandeira, vou me embora pra Pasargada (com um "s" apenas, revisor), mas deixo um recado, um aviso pros meninos. Vamos parar de sacanagem, não é conveniente, não é de bom alvitre brincar com uma instituição chamada Nação Rubro-Negra.

5 comentários:

  1. Caro Paulo Renato

    Coça de urtiga é pouco. Além da urtiga, recomendo também, uma coça de facão, daquelas bem dadas, para lanhar o corpo todo e depois, encher a banheira com água e muito sal grosso e mergulhar todo elenco, juntamente com o treinador dentro.

    O resto é partir para outro e esquecer esse desastre.

    Saudações cada vez mais Rubros-Negrissímas,

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  2. Paulo Renato e Provisano, nobres amigos, como é que se escreve: cho-rô-rô ou Xo-rô-rô? Saudações de um amigo apaixonado por amigos, não importa as cores das camisas. Aguardo visita de você em riobramquense.blogspot.com.

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  3. Acho que preciso aprender a escrever riobranquense corretamente. O castigo veio antes que eu imaginava.

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  4. Já estou no riobranquense, amigo Antunys.

    Forte abraço em ti e no Paulo Renato.

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  5. Ah! A propósito, é chô-rô-rô, vem de choro, é o mesmo de chorumela.

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