À parte a disputa politica que sempre acende os ânimos em periodo pre-eleitoral onde pipocam tiroteio de representações, acusações e propostas de CPIs, o senado não vai ser melhor com a derrota da famigerada dupla sarney e renan. Ainda que se deseja o afastamento do "dono do Maranhão" por tudo de ruim e atrasado que ele representa na política.
O fato menos desconfortável dessa tragédia que atinge em cheio o senado é que, finalmente, ele foi e está sendo exposto à sociedade tal qual ele é em seus desvãos.
Mas o senado mostra-se também por inteiro em suas contradições quando um desclassificado como fernando collor de m. tenta enquadrar um homem da estatura de Pedro Simon, mandando-o engolir suas palavras e pensar bem antes de referir-se a ele (collor), uma ameaça típica de um coronelzinho que se julga acima de tudo e de todos.
Ter sido escorraçado do poder e deixado o palácio pela porta dos fundos não fez o moço menos arrogante. Se os alagoanos assim o quiseram eleito, bem que poderiam elegê-lo prefeito de Maceió ou governador. Mas não mandar essa mixórdia, esse papadoc para Brasília, nós não temos nada com essas misérias.
Da mesma forma, o Maranhão ou o Amapá deveria ter mantido sarney perto de quem gosta dele. Nós não temos nada com isso. Já chega as m. que temos lá, os paulos duques, sem nenhum voto e por isso se lixando pro povo.
Outro retrato do senado, deste senado (com iniciais minúsculas, por favor), é o palavreado chulo usado por renan calheiros, um indivíduo completamente desqualificado para ocupar uma Casa de leis ou qualquer função pública.
Mas não surpreende partindo de quem partiu. Só o fato do cara já ter andado com collor de mello naquela farsa/fraude que o elegeu já é suficiente motivo para desqualificá-lo
Depois, o outro coronelzinho alagoano reforçou a pior faceta de seu caráter ao abandonar collor quando este já estava prestes a ser apeado do poder.
A prontuário de sarney, a ficha suja de renan e a folha corrida de collor é de fazer inveja aos caras de Bangu I.
Não sou fã do senador Jereissati, mas renan é o tipo do gangster que não fará falta alguma a Alagoas ou ao senado.
O uso de laranjas, notas fiscais frias, empresas fantasmas e fraudes na declaração de seus bens no episódio que o levou a renunciar para não ser escorraçado com a cassação já o faz merecedor do desprezo, esquecimento ou algo mais.
E um tipo desses ainda está solto, graças às nossas leis (que eles fazem e aprovam) e instituições (que eles influenciam), além do excesso de brechas jurídicas e garantias constitucionais.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
O senado está nu
À parte a disputa politica que sempre acende os ânimos em periodo pre-eleitoral onde pipocam tiroteio de representações, acusações e propostas de CPIs, o senado não vai ser melhor com a derrota da famigerada dupla sarney e renan.
Ainda que se deseje o afastamento do "dono do Maranhão" por tudo de ruim e atrasado que ele representa na política.
O fato menos desconfortável dessa tragédia que atinge em cheio o senado é que, finalmente, ele está sendo exposto à sociedade tal qual ele é em seus desvãos. O senado está nu. Até porque tem feito coisas as mais obscenas.
Mas o senado mostra-se também por inteiro em suas contradições quando um desclassificado como fernando collor de m. tenta enquadrar um homem da estatura de Pedro Simon, mandando-o engolir suas palavras e pensar bem antes de referir-se a ele (collor), uma ameaça típica de coronelzinho que se julga acima de tudo e de todos.
Outro retrato do senado, deste senado (com iniciais minúsculas, por favor), é o palavreado chulo usado por renan calheiros, um indivíduo completamente desqualificado para ocupar uma Casa de leis ou qualquer função pública.
Mas não surpreende partindo de quem partiu. Só o cara já ter andado com collor de mello naquela farsa que o elegeu já é suficiente motivo para desqualificá-lo
Depois, o outro coronelzinho alagoano reforçou a pior faceta de seu caráter ao abandonar collor quando este já estava prestes a ser apeado do poder.
A prontuário de sarney, a ficha suja de renan e a folha corrida de collor é de fazer inveja aos caras de Bangu I.
Não sou fã do senador Jereissati, mas Renan é o tipo do gangster que não fará falta alguma a Alagoas ou ao senado.
O uso de laranjas, notas fiscais frias, empresas fantasmas e fraudes na declaração de seus bens no episódio que o levou a renunciar para não ser escorraçado com a cassação já o faz merecedor do desprezo, esquecimento ou algo mais.
E um tipo desse está solto, graças às nossas leis (que eles fazem e aprovam) e instituições (que eles influenciam), além do excesso de brechas jurídicas e garantias constitucionais.
Ainda que se deseje o afastamento do "dono do Maranhão" por tudo de ruim e atrasado que ele representa na política.
O fato menos desconfortável dessa tragédia que atinge em cheio o senado é que, finalmente, ele está sendo exposto à sociedade tal qual ele é em seus desvãos. O senado está nu. Até porque tem feito coisas as mais obscenas.
Mas o senado mostra-se também por inteiro em suas contradições quando um desclassificado como fernando collor de m. tenta enquadrar um homem da estatura de Pedro Simon, mandando-o engolir suas palavras e pensar bem antes de referir-se a ele (collor), uma ameaça típica de coronelzinho que se julga acima de tudo e de todos.
Outro retrato do senado, deste senado (com iniciais minúsculas, por favor), é o palavreado chulo usado por renan calheiros, um indivíduo completamente desqualificado para ocupar uma Casa de leis ou qualquer função pública.
Mas não surpreende partindo de quem partiu. Só o cara já ter andado com collor de mello naquela farsa que o elegeu já é suficiente motivo para desqualificá-lo
Depois, o outro coronelzinho alagoano reforçou a pior faceta de seu caráter ao abandonar collor quando este já estava prestes a ser apeado do poder.
A prontuário de sarney, a ficha suja de renan e a folha corrida de collor é de fazer inveja aos caras de Bangu I.
Não sou fã do senador Jereissati, mas Renan é o tipo do gangster que não fará falta alguma a Alagoas ou ao senado.
O uso de laranjas, notas fiscais frias, empresas fantasmas e fraudes na declaração de seus bens no episódio que o levou a renunciar para não ser escorraçado com a cassação já o faz merecedor do desprezo, esquecimento ou algo mais.
E um tipo desse está solto, graças às nossas leis (que eles fazem e aprovam) e instituições (que eles influenciam), além do excesso de brechas jurídicas e garantias constitucionais.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Que democracia é essa?
Por que os escroques ascendem com tamanha facilidade ao principal palco da política nacional?
Diriam que há países, inclusive no chamado mundo desenvolvido, em que bandidos e canalhas igualmente ocupam o primeiro plano, como na Itália.
Ou alguém quer me convencer que Silvio Berlusconi veio de alguma ordem franciscana ou mosteiro beneditino? Pelo contrário, é acusado constantemente de fraudes e enriquecimento ilícito, envolvimento com prostitutas e chegou a financiar a máfia.
O grande "X" da questão, entretanto, é que lá os caras vão pra cadeia, ainda que os mais ágeis costumam matar juizes e promotores, até mesmo primeiro-ministro, para escapar das grades.
Aqui no Brasil não há necessidade de bandidos matarem magistrados, porque as leis os favorecem da forma mais generosa. Há juizes de formação conservadora, para não entrar em outras razões mais graves, que praticam a suprema indulgência quando fazem a distinção entre ricos e pobres.
As leis são engenhosamente elaboradas para sempre permitir brechas pelas quais escapam delinqüentes de luxo e patifes de gabinete.
Trata-se de uma representação parlamentar que correponde ao que de mais atrasado há no país, boa parte tem uma ficha podre, uma folha corrida pela qual responde a processos por patifarias no uso da coisa pública para fins particulares.
Como resultado, as cadeias estão apinhadas de gente de menor potencial ofensivo à sociedade. Alguns nem mesmo deveriam passar as privações impostas pela prisão. E ainda enchemos a boca para dizer que somos uma democracia...
O conselho de ética do senado (com minúsculas mesmo, por favor, revisor) mais parece um antro de patifes. Mas é esse mesmo conselho que decide se Sarney será ou não afastado.
O grande problema deste País é que até hoje não se conseguiu levar a cabo um projeto de nação, com as reformas propostas antes da quartelada de 1º de abril de 1964.
Os mesmos golpistas que fizeram a ruptura do projeto de nação que seria construído pelo País àquela época são os mesmos que deixaram aqui seus herdeiros, que continuam a dar as cartas no poder civil, ocupam aos palácios, as casas legislativas.
Enquanto isso, o povo — principal célula de qualquer nação — é submetido a um estado completo de pobreza, miséria e ignorância, situação que os fazem se manter como donos da República, coronéis em pleno Terceiro Milênio.
São os filhotes da ditadura, como se referia Brizola a figuras como Collor e seus iguais. Que continuam por aí, dando as cartas no poder civil.
Diriam que há países, inclusive no chamado mundo desenvolvido, em que bandidos e canalhas igualmente ocupam o primeiro plano, como na Itália.
Ou alguém quer me convencer que Silvio Berlusconi veio de alguma ordem franciscana ou mosteiro beneditino? Pelo contrário, é acusado constantemente de fraudes e enriquecimento ilícito, envolvimento com prostitutas e chegou a financiar a máfia.
O grande "X" da questão, entretanto, é que lá os caras vão pra cadeia, ainda que os mais ágeis costumam matar juizes e promotores, até mesmo primeiro-ministro, para escapar das grades.
Aqui no Brasil não há necessidade de bandidos matarem magistrados, porque as leis os favorecem da forma mais generosa. Há juizes de formação conservadora, para não entrar em outras razões mais graves, que praticam a suprema indulgência quando fazem a distinção entre ricos e pobres.
As leis são engenhosamente elaboradas para sempre permitir brechas pelas quais escapam delinqüentes de luxo e patifes de gabinete.
Trata-se de uma representação parlamentar que correponde ao que de mais atrasado há no país, boa parte tem uma ficha podre, uma folha corrida pela qual responde a processos por patifarias no uso da coisa pública para fins particulares.
Como resultado, as cadeias estão apinhadas de gente de menor potencial ofensivo à sociedade. Alguns nem mesmo deveriam passar as privações impostas pela prisão. E ainda enchemos a boca para dizer que somos uma democracia...
O conselho de ética do senado (com minúsculas mesmo, por favor, revisor) mais parece um antro de patifes. Mas é esse mesmo conselho que decide se Sarney será ou não afastado.
O grande problema deste País é que até hoje não se conseguiu levar a cabo um projeto de nação, com as reformas propostas antes da quartelada de 1º de abril de 1964.
Os mesmos golpistas que fizeram a ruptura do projeto de nação que seria construído pelo País àquela época são os mesmos que deixaram aqui seus herdeiros, que continuam a dar as cartas no poder civil, ocupam aos palácios, as casas legislativas.
Enquanto isso, o povo — principal célula de qualquer nação — é submetido a um estado completo de pobreza, miséria e ignorância, situação que os fazem se manter como donos da República, coronéis em pleno Terceiro Milênio.
São os filhotes da ditadura, como se referia Brizola a figuras como Collor e seus iguais. Que continuam por aí, dando as cartas no poder civil.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
A sociedade sentiria falta do senado?
A pergunta que se faz hoje é a seguinte: o relógio marca!!!!, como diria o Waldir Amaral, 7 horas e 19 minutos do dia 04 de agosto de 2009... se o senado, este atual senado (iniciais minúsculas, por favor, revisor) deixasse de existir a partir deste sacro momento, a sociedade brasileira sentiria sua falta?
É a pergunta que não quer calar, depois de mais um espetáculo infame como o de ontem. O circo de horrores reflete o senado, este atual senado, que se lixa para a opinião pública, que não está nem aí para o que a sociedade pensa desta casa de tolerância. Amigos, não confundir o Senado (instituição, com letras maiúsculas) com este senado que taí.
O senado que foi transformado num picadeiro, uma tragédia que envergonha o Brasil.
Ontem, o ex-manda chuva da nação, Fernando Collor de M., uma vergonha pra quem é brasileiro, aquele mesmo que um dia proferiu que tinha aquilo roxo, voltou às suas origens, apoplético, gestual, olhos arregalados, dedo em riste, ameaçando quem se punha à sua frente. estava ali instalada uma praça de guerra.
Só faltou mesmo sacar do paletó uma metralhadora ou uma garrucha, como fez o seu avô, Arnon Collor, em 1963, ao atirar num colega do Acre, José Kairala, assasinando-o covardemente, com três tiros no peito, a cinco metros de distância.
O alvo de Arnon era o senador Silvestre Péricles Goes Monteiro, seu irreconciliavel desafeto. Em tempo: Kairala era suplente e ali cumpria seu ultimo dia de mandato. Sabe o que aconteceu a Arnon? Nada.
Historiografia à parte, o Collor filhote do coronel assassino e covarde, incorpora o espírito prepotente e belicoso de político dessa mesma laia, uma corja lembra a República Velha, onde os mais fortes e poderosos impunham-se pela força e não tinham satisfação alguma a dar a ninguém.
É este o senado que deixa isolado um homem da estatura de Pedro Simon, jogado às traças contra um delinquente da política, como esse verme das Alagoas, que é também terra de gente boa, como o Graciliano, de Hermeto Pascoal, Caca Dieguez, de Ledo Ivo, Djavan, da Heloísa Helena...
Mas também terra onde vicejam (ainda) perniciosos coronéis que sempre fizeram questão de manter a grande maioria do povo alagoano na mais absoluta miséria, a ponto de destacar aquele Estado como o pior IDH do país.
Coronéis que exploram a boa fé, até mesmo a ignorância de gente que mal sabe a condição de joguete, massa de manobra nas mãos de quem deseja a perene manutenção do status quo os mantém reeleitos a cada pleito. Mais do que isto, impunes.
E, ainda assim, aquela gente ainda elege seus algozes de longas eras, sempre reconduzindo bufões como Collor e suas molecagens aos palcos da política, dando-lhes um mandato ali, outro aqui... Êta povinho pra gostar de sofrer...
É a pergunta que não quer calar, depois de mais um espetáculo infame como o de ontem. O circo de horrores reflete o senado, este atual senado, que se lixa para a opinião pública, que não está nem aí para o que a sociedade pensa desta casa de tolerância. Amigos, não confundir o Senado (instituição, com letras maiúsculas) com este senado que taí.
O senado que foi transformado num picadeiro, uma tragédia que envergonha o Brasil.
Ontem, o ex-manda chuva da nação, Fernando Collor de M., uma vergonha pra quem é brasileiro, aquele mesmo que um dia proferiu que tinha aquilo roxo, voltou às suas origens, apoplético, gestual, olhos arregalados, dedo em riste, ameaçando quem se punha à sua frente. estava ali instalada uma praça de guerra.
Só faltou mesmo sacar do paletó uma metralhadora ou uma garrucha, como fez o seu avô, Arnon Collor, em 1963, ao atirar num colega do Acre, José Kairala, assasinando-o covardemente, com três tiros no peito, a cinco metros de distância.
O alvo de Arnon era o senador Silvestre Péricles Goes Monteiro, seu irreconciliavel desafeto. Em tempo: Kairala era suplente e ali cumpria seu ultimo dia de mandato. Sabe o que aconteceu a Arnon? Nada.
Historiografia à parte, o Collor filhote do coronel assassino e covarde, incorpora o espírito prepotente e belicoso de político dessa mesma laia, uma corja lembra a República Velha, onde os mais fortes e poderosos impunham-se pela força e não tinham satisfação alguma a dar a ninguém.
É este o senado que deixa isolado um homem da estatura de Pedro Simon, jogado às traças contra um delinquente da política, como esse verme das Alagoas, que é também terra de gente boa, como o Graciliano, de Hermeto Pascoal, Caca Dieguez, de Ledo Ivo, Djavan, da Heloísa Helena...
Mas também terra onde vicejam (ainda) perniciosos coronéis que sempre fizeram questão de manter a grande maioria do povo alagoano na mais absoluta miséria, a ponto de destacar aquele Estado como o pior IDH do país.
Coronéis que exploram a boa fé, até mesmo a ignorância de gente que mal sabe a condição de joguete, massa de manobra nas mãos de quem deseja a perene manutenção do status quo os mantém reeleitos a cada pleito. Mais do que isto, impunes.
E, ainda assim, aquela gente ainda elege seus algozes de longas eras, sempre reconduzindo bufões como Collor e suas molecagens aos palcos da política, dando-lhes um mandato ali, outro aqui... Êta povinho pra gostar de sofrer...
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Proibido para menores de 18 anos
Patrão quer me botar pra trabalhar, mais tem que pagar. Foi assim que retornei a essa budega, depois de longas e intermináveis negociações para voltar com mais disposição para o batente.
Alguém precisa trabalhar nessa casa.
Não quis aqui assumir uma vida ociosa no meu trabalho como alguns arremedos de jogadores do Flamengo que finge que trabalha enquanto o clube finge que paga.Recuso-me ao papel de inimigo-mor da lida diária, dou duro pra sobreviver nessa minha vida de operário das letras.
Por mais que não pareça, prezo o meu labor de cada dia como algo sagrado; o problema é que cheguei a uma idade em que tenho que tirar o pé do acelerador.
Deixo a tarefa pros neófitos. Preciso de tempo para meditar, contemplar o belo enquanto tenho vida, embora quase sempre não seja possível.Mas, depois desse meu silêncio obsequioso a que me impus e deixando de lado o inócuo cerca-lourenço deste preâmbulo, vamos ao que interessa a mais da metade deste Estado, a maior parte do País e boa parte do mundo.
Pois depois de ter mandado o Galo cantar alto lá pras suas negas, no seu terreiro, o glorioso Clube de Regatas do Flamengo, clube que representa maior Nação esportiva do mundo, voltou à pauta de minhas inquietações.
Meu companheiro de sorte, religião e jornadas rubro-negras, o Fabiano, homem das artes d´O Diário, de-me uma deixa onde recapitulou alguns nossos infortúnios que só pode ser explicado pelo Sobrenatural de Almeida, como dizia o menino Nelson Rodrigues: no Maracanã, o Flamengo é capaz de grandezas retumbantes, mas também de misérias inconsoláveis.
Lembrem-se do Santo André, do América-México...E o time dos barquinhos, estava ali para navegar e fazer bincadeira em nossas águas(ou em nosso chop), impedindo-nos de chegar ali na região do G-4.Queria ver o Léo Moura entrar com tanta vontade no jogo com a mesma raiva que demonstrou ao se dirigir à torcida, com todos aqueles elogios a quem justamente paga seus belos salários.
Saiba menino Léo, a Nação Rubro-Negra é essa entidade com a qual o clube tem uma relação de amor de ódio. Poucos cidadãos no mundo, inclusive grandes estadistas, tiveram seu nome gritado em êxtase e a plenos pulmões por 90, 100 mil pessoas, em unissono.
Só que a suprema consagração tem lá também o seu revés. Volto a dever royalties a Nélson Rodrigues, com a lembrança de que a vaia é um direito sacrossanto do torcedor, que vaia até minuto de silêncio. É o mesmo torcedor que o faz pertencer a uma casta privilegiada, uma elite do futebol.
O gol do Léo não foi produto de sua inteligência ou habilidade. Gol chorado, falhas da defesa do time do Barbosa Lima Sobrinho (deus o tenha) e lá estava o Léo só com o trabalho de empurrar uma a bola quase entrando pra dentro do gol.
Ademais, um empate chinfrim contra um time chinfrim em pleno Maracanã não é caso de desabafar, mas pedir desculpas ao povão.
Sei, não mas em algumas ocasiões sugeriria à Grobo ou CBF exibir jogos desse time do Flamengo só naquele horário onde passam programas de baixarias proibidos para menores. Quanta indecência... quanta sacanagem...
Alguém precisa trabalhar nessa casa.
Não quis aqui assumir uma vida ociosa no meu trabalho como alguns arremedos de jogadores do Flamengo que finge que trabalha enquanto o clube finge que paga.Recuso-me ao papel de inimigo-mor da lida diária, dou duro pra sobreviver nessa minha vida de operário das letras.
Por mais que não pareça, prezo o meu labor de cada dia como algo sagrado; o problema é que cheguei a uma idade em que tenho que tirar o pé do acelerador.
Deixo a tarefa pros neófitos. Preciso de tempo para meditar, contemplar o belo enquanto tenho vida, embora quase sempre não seja possível.Mas, depois desse meu silêncio obsequioso a que me impus e deixando de lado o inócuo cerca-lourenço deste preâmbulo, vamos ao que interessa a mais da metade deste Estado, a maior parte do País e boa parte do mundo.
Pois depois de ter mandado o Galo cantar alto lá pras suas negas, no seu terreiro, o glorioso Clube de Regatas do Flamengo, clube que representa maior Nação esportiva do mundo, voltou à pauta de minhas inquietações.
Meu companheiro de sorte, religião e jornadas rubro-negras, o Fabiano, homem das artes d´O Diário, de-me uma deixa onde recapitulou alguns nossos infortúnios que só pode ser explicado pelo Sobrenatural de Almeida, como dizia o menino Nelson Rodrigues: no Maracanã, o Flamengo é capaz de grandezas retumbantes, mas também de misérias inconsoláveis.
Lembrem-se do Santo André, do América-México...E o time dos barquinhos, estava ali para navegar e fazer bincadeira em nossas águas(ou em nosso chop), impedindo-nos de chegar ali na região do G-4.Queria ver o Léo Moura entrar com tanta vontade no jogo com a mesma raiva que demonstrou ao se dirigir à torcida, com todos aqueles elogios a quem justamente paga seus belos salários.
Saiba menino Léo, a Nação Rubro-Negra é essa entidade com a qual o clube tem uma relação de amor de ódio. Poucos cidadãos no mundo, inclusive grandes estadistas, tiveram seu nome gritado em êxtase e a plenos pulmões por 90, 100 mil pessoas, em unissono.
Só que a suprema consagração tem lá também o seu revés. Volto a dever royalties a Nélson Rodrigues, com a lembrança de que a vaia é um direito sacrossanto do torcedor, que vaia até minuto de silêncio. É o mesmo torcedor que o faz pertencer a uma casta privilegiada, uma elite do futebol.
O gol do Léo não foi produto de sua inteligência ou habilidade. Gol chorado, falhas da defesa do time do Barbosa Lima Sobrinho (deus o tenha) e lá estava o Léo só com o trabalho de empurrar uma a bola quase entrando pra dentro do gol.
Ademais, um empate chinfrim contra um time chinfrim em pleno Maracanã não é caso de desabafar, mas pedir desculpas ao povão.
Sei, não mas em algumas ocasiões sugeriria à Grobo ou CBF exibir jogos desse time do Flamengo só naquele horário onde passam programas de baixarias proibidos para menores. Quanta indecência... quanta sacanagem...
terça-feira, 28 de julho de 2009
Como dizia Machado
O menino Joaquim Maria, mais conhecido como Machado de Assis, que fazia suas bruxarias no Cosme Velho, com sua crueza habitual dizia que a morte é coisa séria. Não comporta ironias.
A morte é o fim do caminho, como já ensinava mestre Tom, menino que também sabia muito das coisas.
Quando a vida flui nas veias, o homem enfrenta muitas batalhas, vence umas, perde outras tantas, dribla algumas desgraças e tragédias, mas há uma última luta inexorável, quando aparece a velha senhora a nos espreitar.
No momento da visita fatal, só resta a resignação de ter feito o possível aqui para ser bom, correto, fraterno e ser lembrado como tal.
Não conheci, particularmente, o Zé Carlos, um dos heróis que vestiram o Manto Sagrado (também do Americano, que, pasmem, não lhe prestou uma mísera homenagem), mas pelo que me foi passado pelos bravos companheiros que cobrem ou cobriam à época o alvinegro do Parque Tamandaré, tratava-se de um sujeito correto e bom.
Uma pena que tivesse a vida abreviada tão jovem por esta enfermidade devastadora, uma batalha contra a qual o Homem ainda não logrou triunfar em pleno Terceiro Milênio, enquanto gasta fortunas de trilhões de dólares em guerras fratricidas.
Enfim, resignava-se o bravo Saldanha, vida que segue. Na vida, todos sabemos que nascemos, vivemos e morremos. E, dizia o filósofo, "o melhor da vida é a vida que se leva, porque da vida nada se leva".
Mas, entrando na seara da batalha que homenageou nosso herói extinto com uma vitória, eis de repente, fez-se luz neste Campeonato Brasileiro e o Flamengo voltou a vencer. E venceu logo naquela briosa praça esportiva onde nasceu um menino franzino que recebeu na pia batismal o nome de Edson. E que viria mudar a história do ludopédio. O resto da história, todos sabem.
Sei não, mas de quando em vez tenho uns ataques de pitonisa. Um triunfo no domingo, contra o Galo e sua espora afiada de líder, não é lá uma efeméride fora das mais razoáveis cogitações. Afinal, como o Rio inteiro sabe, o Brasil também (e quiçá o mundo), o Mais Querido clube do planeta, com seus 35 milhões de religiosos, costuma brilhar mesmo é contra time grande, que joga e deixar jogar, num palco como o Maracanã.
Só para fechar a prosopopéia de hoje, o mesmo Obina, que no Flamengo andava gordo e quase sempre acima do peso, anda leve e voando como uma pluma, é artilheiro do Brasileiro e faz a alegria do Porco.Razão mais do que suficiente para que a preparação física rubro-negra receba uma carta pelos "relevantes" serviços prestados ao clube e conheçam todos o olho da rua.
A morte é o fim do caminho, como já ensinava mestre Tom, menino que também sabia muito das coisas.
Quando a vida flui nas veias, o homem enfrenta muitas batalhas, vence umas, perde outras tantas, dribla algumas desgraças e tragédias, mas há uma última luta inexorável, quando aparece a velha senhora a nos espreitar.
No momento da visita fatal, só resta a resignação de ter feito o possível aqui para ser bom, correto, fraterno e ser lembrado como tal.
Não conheci, particularmente, o Zé Carlos, um dos heróis que vestiram o Manto Sagrado (também do Americano, que, pasmem, não lhe prestou uma mísera homenagem), mas pelo que me foi passado pelos bravos companheiros que cobrem ou cobriam à época o alvinegro do Parque Tamandaré, tratava-se de um sujeito correto e bom.
Uma pena que tivesse a vida abreviada tão jovem por esta enfermidade devastadora, uma batalha contra a qual o Homem ainda não logrou triunfar em pleno Terceiro Milênio, enquanto gasta fortunas de trilhões de dólares em guerras fratricidas.
Enfim, resignava-se o bravo Saldanha, vida que segue. Na vida, todos sabemos que nascemos, vivemos e morremos. E, dizia o filósofo, "o melhor da vida é a vida que se leva, porque da vida nada se leva".
Mas, entrando na seara da batalha que homenageou nosso herói extinto com uma vitória, eis de repente, fez-se luz neste Campeonato Brasileiro e o Flamengo voltou a vencer. E venceu logo naquela briosa praça esportiva onde nasceu um menino franzino que recebeu na pia batismal o nome de Edson. E que viria mudar a história do ludopédio. O resto da história, todos sabem.
Sei não, mas de quando em vez tenho uns ataques de pitonisa. Um triunfo no domingo, contra o Galo e sua espora afiada de líder, não é lá uma efeméride fora das mais razoáveis cogitações. Afinal, como o Rio inteiro sabe, o Brasil também (e quiçá o mundo), o Mais Querido clube do planeta, com seus 35 milhões de religiosos, costuma brilhar mesmo é contra time grande, que joga e deixar jogar, num palco como o Maracanã.
Só para fechar a prosopopéia de hoje, o mesmo Obina, que no Flamengo andava gordo e quase sempre acima do peso, anda leve e voando como uma pluma, é artilheiro do Brasileiro e faz a alegria do Porco.Razão mais do que suficiente para que a preparação física rubro-negra receba uma carta pelos "relevantes" serviços prestados ao clube e conheçam todos o olho da rua.
domingo, 26 de julho de 2009
A palvrinha mágica
Amigos, pela mãe do guarda, mas a verdade que tortura, mas redime e liberta é essa: o Goytacaz não se emenda. Continua em sua inarredável vocação para um profissionalimo meio amadorísta ou um amadorismo quase profissionalista.
E não é que a diretoria — leia-se o presidente Zander Pereira, que faz tudo e não precisa de alguém para organizar nada — entrou em rota de colisão com o Célio Silva.
Futebol não se ganha com torcida. Fosse assim, o Corínthians não ficaria sem titulos 24 anos, o
Flamengo seria campeão todo ano e o Galo vingador das Alterosas não ficaria 38 anos sem um titulo brasileiro.
Taí o tal Barueri, antes o São Caetano, para desmentir que planejamento e organização são essenciais.
Mas, nada que surpreenda. Na Rua do Gás, nunca houve lugar para essa palavrinha mágica chamada ORGANIZAÇAO, um dos males que jamais permitiram que o clube se reencontrasse com suas tradições. Saudades dos tempos do saudoso Amaro Gimenes.
O time tem bons valores, mas carece de alguém que aposente o Rondinelli e lhe agradeça pelos bons serviços prestados à casa. Mais uma vez, o menino de São João da Barra, que já jogou um ludopédio de primeira, mostrou uma bola de time de bancário ou aquela turma que se divide entre casados e solteiros correndo atrás de uma bola.
É bem verdade que contra o time do supermercado — não vou fazer propaganda porque a organizada departamento comercial da emissora me puxa o abanador — , o onze do Nei Silva atuou desfalcado do excelente goleiro Erivelto, do não menos excelente lateral Hamilton, além do Schnneider, ainda que fora de forma.
A entrada do Cafezinho e o recuo do Jean para as funções de armação deu mais velocidade ao ataque e dinamismo ao meio-campo.
Com a entrada do Valdiran e do Valdir Papel, se ambos (ou um deles pelo menos) estiverem em boa forma, a torcida já pode comprar mais fogos.
E não é que a diretoria — leia-se o presidente Zander Pereira, que faz tudo e não precisa de alguém para organizar nada — entrou em rota de colisão com o Célio Silva.
Futebol não se ganha com torcida. Fosse assim, o Corínthians não ficaria sem titulos 24 anos, o
Flamengo seria campeão todo ano e o Galo vingador das Alterosas não ficaria 38 anos sem um titulo brasileiro.
Taí o tal Barueri, antes o São Caetano, para desmentir que planejamento e organização são essenciais.
Mas, nada que surpreenda. Na Rua do Gás, nunca houve lugar para essa palavrinha mágica chamada ORGANIZAÇAO, um dos males que jamais permitiram que o clube se reencontrasse com suas tradições. Saudades dos tempos do saudoso Amaro Gimenes.
O time tem bons valores, mas carece de alguém que aposente o Rondinelli e lhe agradeça pelos bons serviços prestados à casa. Mais uma vez, o menino de São João da Barra, que já jogou um ludopédio de primeira, mostrou uma bola de time de bancário ou aquela turma que se divide entre casados e solteiros correndo atrás de uma bola.
É bem verdade que contra o time do supermercado — não vou fazer propaganda porque a organizada departamento comercial da emissora me puxa o abanador — , o onze do Nei Silva atuou desfalcado do excelente goleiro Erivelto, do não menos excelente lateral Hamilton, além do Schnneider, ainda que fora de forma.
A entrada do Cafezinho e o recuo do Jean para as funções de armação deu mais velocidade ao ataque e dinamismo ao meio-campo.
Com a entrada do Valdiran e do Valdir Papel, se ambos (ou um deles pelo menos) estiverem em boa forma, a torcida já pode comprar mais fogos.
Precisamos reagir a esta infâmia
Amigos, a verdade que salva, liberta e redime é essa: o time é limitado, igual ao Cuca, não dá mesmo pra ganhar do tal Baruri, que é bem armado mas não é nenhum Barcelona ou Manchester. Se não ganhamos desse time, vamos ganhar de quem?
A verdade é que o momento não é de desespero, mas preocupante. Antes, tinhamos um meio-campo razoável, mas não tínhamos atacante. Agora, com atacantes, ficamos sem me-campo.
Para completar a desdita, os laterais não funcionam mais. Salários atrasados?
Vi o videotape do jogo pela madrugada. Me arrependi. Sem contar os desfalques e a crise que afeta o psiquismo de qualquer elenco, a atuação do time já teria lugar garantido numa hipotética lista de nossas piores atuações em nossos gloriosos 114 anos de história e protagonismo.
O problema não foi a performance do time. A Natação Rubro-Negra sabe o que é essa saga do espírito rubro-negro e sempre consagrou jogadores que encarnavam essa alma de dedicação e entrega à nossa causa em campo.
O desinteresse e a falta de sangue de alguns jogadores que saíam de campo como se nada de mais grave tivesse acontecido é reflexo do quadro de desmandos do Flamengo, onde acontece de tudo e nada acontece.
Empatar com o Barueri, em pleno Maracanã, é caso de polícia. Esses caras têm que ser presos.
Sou do tempo em que, após um resultado desses dentro de casa, os jogadores iam pro vestiário cabisbaixos, pediam desculpas e prometendo trabalho redobrado nos treinos e reação imediata na próxima contenda.
Hoje, os caras empatam de maneira ridícula e saem trocando camisas e sorrisos, não querem falar com a imprensa, não querem dar explicações à torcida que paga os seus milionários salários .
Basta. Essa comissão técnica, essa diretoria (se tiver alguma moral com o elenco, o que duvido) precisa fazer um trabalho sério com esse elenco. Esses caras precisam urgentemente entenderem de uma vez por todas algumas verdades históricas.
Quem joga no Flamengo tem a obrigação de saber que sem raça, sem suor e sem comprometimento até o Manto Sagrado, indubitavelmente o uniforme mais poderoso do futebol mundial, não passa de uma camisa vermelha e preta.
A torcida também tem que cumprir a sua parte. Em Salvador, diante dos seguidos fracassos do time e de uma diretoria das mais incompetentes, a torcida do Bahia se uniu em torno de uma campanha denominada "Público Zero", cuja propositura é não ir aos jogos da equipe em casa enquanto perdurar a vergonha.
Taí uma idéia que me apetece, se essa mulambada persistir com essa mediocridade ambulante. Raça já, é agora ou nunca. Temos que reagir a esta infâmia hoje contra o Santos, lá na Vila Famosa, onde se jogou um dia o ludopédio mais aplaudido do mundo, com o menino Edson e seus súditos.
A verdade é que o momento não é de desespero, mas preocupante. Antes, tinhamos um meio-campo razoável, mas não tínhamos atacante. Agora, com atacantes, ficamos sem me-campo.
Para completar a desdita, os laterais não funcionam mais. Salários atrasados?
Vi o videotape do jogo pela madrugada. Me arrependi. Sem contar os desfalques e a crise que afeta o psiquismo de qualquer elenco, a atuação do time já teria lugar garantido numa hipotética lista de nossas piores atuações em nossos gloriosos 114 anos de história e protagonismo.
O problema não foi a performance do time. A Natação Rubro-Negra sabe o que é essa saga do espírito rubro-negro e sempre consagrou jogadores que encarnavam essa alma de dedicação e entrega à nossa causa em campo.
O desinteresse e a falta de sangue de alguns jogadores que saíam de campo como se nada de mais grave tivesse acontecido é reflexo do quadro de desmandos do Flamengo, onde acontece de tudo e nada acontece.
Empatar com o Barueri, em pleno Maracanã, é caso de polícia. Esses caras têm que ser presos.
Sou do tempo em que, após um resultado desses dentro de casa, os jogadores iam pro vestiário cabisbaixos, pediam desculpas e prometendo trabalho redobrado nos treinos e reação imediata na próxima contenda.
Hoje, os caras empatam de maneira ridícula e saem trocando camisas e sorrisos, não querem falar com a imprensa, não querem dar explicações à torcida que paga os seus milionários salários .
Basta. Essa comissão técnica, essa diretoria (se tiver alguma moral com o elenco, o que duvido) precisa fazer um trabalho sério com esse elenco. Esses caras precisam urgentemente entenderem de uma vez por todas algumas verdades históricas.
Quem joga no Flamengo tem a obrigação de saber que sem raça, sem suor e sem comprometimento até o Manto Sagrado, indubitavelmente o uniforme mais poderoso do futebol mundial, não passa de uma camisa vermelha e preta.
A torcida também tem que cumprir a sua parte. Em Salvador, diante dos seguidos fracassos do time e de uma diretoria das mais incompetentes, a torcida do Bahia se uniu em torno de uma campanha denominada "Público Zero", cuja propositura é não ir aos jogos da equipe em casa enquanto perdurar a vergonha.
Taí uma idéia que me apetece, se essa mulambada persistir com essa mediocridade ambulante. Raça já, é agora ou nunca. Temos que reagir a esta infâmia hoje contra o Santos, lá na Vila Famosa, onde se jogou um dia o ludopédio mais aplaudido do mundo, com o menino Edson e seus súditos.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A megalomania do trem-bala
O grande mal de alguns governantes interesados em fazer algo impactante, mas de discutível interesse, é realizar obras megamomaníacas que os eternizem ao curso do tempo. Em Brasília, às vésperas de uma eleição, anuncia-se o tal do trem-bala, cujo tempo de viagem entre Rio e São Paulo
O custo dessa obra, inicialmente orçado em R$ 9 bilhões, subiu para R$ 17 bilhões. Meu olfato e minha capacidade sensorial me levam a crer essa história acabará no odor que passou a exalar as obras do Pan.
Agora, diante de estudos mais aprofundados da topografia da região entre os dois estados que será cortada pelos trilhos, já se fala em R$ 30 milhões, pelo menos é o que consta nos ultimos dias nos jornais.
O questionamento que se faz é: que ou quais interesses atende essa obra? Qual o quantitativo de pessoas que viajam entre as duas cidades? Qual o seu custo-benefício, sabendo-se que seu trajeto durará um pouco menos do que a viagem pela ponte aérea entre as duas cidades, hoje com tarifas bem menos onerosa que há 15 anos atrás?
Outr pergunta que se impõe: quais empreiteiras hoje esfregando as mãos diante de mais esse maná que lhes cai dos céus (ou dos infernos?) serão beneficiadas com a coisa megalomaníaca cujo custo-benefício é bastante discutível?
Em duas metrópoles onde ainda não se conseguiu solucinar os graves problemas do transporte de massa, cada vez mais cruel para os milhões de trabalhadores que saem de madrugada dos subúrbios para as duas cidades para chegar no trabalho todas as manhãs, convenhamos tratar-se de mais uma obra faraônica, uma apelação com interesses eleitoreiros.
Imaginem se esse dinheiro fosse carreado para obras como a extensão da linha 4 do metrô no Rio, que beneficiaria um enorme quantitativo de pessoas que trabalham na Barra da Tijuca...
O Metrô do Rio beneficia apenas 500 mil usuários diariamente numa metropole cuja região metropolitana de cerca de 12 milhões de pessoas. E as linhas do metrô até São Goncalo, Barra, Ilha do Governador?
O metrô é uma das mais preciosas invenções da engenharia. A malha metroviária de São Paulo também é ridicula, possui 61,3 km, ainda muito pequena para uma metrópole de quase 20 milhões de habitantes. Ocupa a 41ª posição em extensão entre todos os metrôs do mundo.
Se esses recursos fossem concentrados na extensão dos trilhos do metrô de São Paulo até Vila Sônia, uma das regiões mais pobres da capital...
Aqui em Campos, cidade de médio porte que há muito carece de investimentos vultuosos na área viária e do transporte de massa, buscou-se recentemente o mesmo exercício de megalomania.
Uma megalomania eleitoreira, quando o deputado Arnaldo Vianna, então candidato a prefeito, lançou um balão de ensaio para ganhar a eleição com a proposta de metrô de superfície, sobre a Avenida 28 de Março. Tudo sem estudos técnicos convincentes e custo-benefício altamente discutível.
Seria mais uma oportunidade de torrar irresponsavelmente a verba dos royalties do petróleo para outros fins, como sempre ocorreu nesta cidade.
Em Macaé, que ainda não chega a ser uma cidade de médio porte, o prefeito Riverton Mussi acena com projeto de Veiculos Leves Sobre Trilhos (VLT), onde serão consumidos mihões que transportão 600 pessoas/dia.
Por que, ao invés de perder tempo com obras como essas, não articular com o governo estadual soluções para o grave problema viário que se tornou o trajeto entre a cidade e Rio das Ostras, onde se pode levar cerca de 90 minutos numa viagem que poderia durar meia hora?
Se a sociedade não se muniar de capacidade de pressionar governantes irresponsáveis na direção da aplicação correta dos recursos públicos, o retrocesso será inevitável, com problemas sempre adiados, com efeitos multiplicados e cada vez mais de dificil solução.
O custo dessa obra, inicialmente orçado em R$ 9 bilhões, subiu para R$ 17 bilhões. Meu olfato e minha capacidade sensorial me levam a crer essa história acabará no odor que passou a exalar as obras do Pan.
Agora, diante de estudos mais aprofundados da topografia da região entre os dois estados que será cortada pelos trilhos, já se fala em R$ 30 milhões, pelo menos é o que consta nos ultimos dias nos jornais.
O questionamento que se faz é: que ou quais interesses atende essa obra? Qual o quantitativo de pessoas que viajam entre as duas cidades? Qual o seu custo-benefício, sabendo-se que seu trajeto durará um pouco menos do que a viagem pela ponte aérea entre as duas cidades, hoje com tarifas bem menos onerosa que há 15 anos atrás?
Outr pergunta que se impõe: quais empreiteiras hoje esfregando as mãos diante de mais esse maná que lhes cai dos céus (ou dos infernos?) serão beneficiadas com a coisa megalomaníaca cujo custo-benefício é bastante discutível?
Em duas metrópoles onde ainda não se conseguiu solucinar os graves problemas do transporte de massa, cada vez mais cruel para os milhões de trabalhadores que saem de madrugada dos subúrbios para as duas cidades para chegar no trabalho todas as manhãs, convenhamos tratar-se de mais uma obra faraônica, uma apelação com interesses eleitoreiros.
Imaginem se esse dinheiro fosse carreado para obras como a extensão da linha 4 do metrô no Rio, que beneficiaria um enorme quantitativo de pessoas que trabalham na Barra da Tijuca...
O Metrô do Rio beneficia apenas 500 mil usuários diariamente numa metropole cuja região metropolitana de cerca de 12 milhões de pessoas. E as linhas do metrô até São Goncalo, Barra, Ilha do Governador?
O metrô é uma das mais preciosas invenções da engenharia. A malha metroviária de São Paulo também é ridicula, possui 61,3 km, ainda muito pequena para uma metrópole de quase 20 milhões de habitantes. Ocupa a 41ª posição em extensão entre todos os metrôs do mundo.
Se esses recursos fossem concentrados na extensão dos trilhos do metrô de São Paulo até Vila Sônia, uma das regiões mais pobres da capital...
Aqui em Campos, cidade de médio porte que há muito carece de investimentos vultuosos na área viária e do transporte de massa, buscou-se recentemente o mesmo exercício de megalomania.
Uma megalomania eleitoreira, quando o deputado Arnaldo Vianna, então candidato a prefeito, lançou um balão de ensaio para ganhar a eleição com a proposta de metrô de superfície, sobre a Avenida 28 de Março. Tudo sem estudos técnicos convincentes e custo-benefício altamente discutível.
Seria mais uma oportunidade de torrar irresponsavelmente a verba dos royalties do petróleo para outros fins, como sempre ocorreu nesta cidade.
Em Macaé, que ainda não chega a ser uma cidade de médio porte, o prefeito Riverton Mussi acena com projeto de Veiculos Leves Sobre Trilhos (VLT), onde serão consumidos mihões que transportão 600 pessoas/dia.
Por que, ao invés de perder tempo com obras como essas, não articular com o governo estadual soluções para o grave problema viário que se tornou o trajeto entre a cidade e Rio das Ostras, onde se pode levar cerca de 90 minutos numa viagem que poderia durar meia hora?
Se a sociedade não se muniar de capacidade de pressionar governantes irresponsáveis na direção da aplicação correta dos recursos públicos, o retrocesso será inevitável, com problemas sempre adiados, com efeitos multiplicados e cada vez mais de dificil solução.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
A grande mídia e os economistas
Queria que alguém me explicasse as razões pelas quais a grande mídia recorre quase sempre ao ex-ministro Maílson da Nóbrega para emitir seus palpites quando de oscilações, crises e solavancos na economia brasileira.
Sua importância, pelo menos a que lhe conferem esses veiculos de comunicação, é desproporcional ao seu desempenho como formulador de políticas quando assessor governamental ou mesmo Ministro da Fazenda no governo Sarney.
Foi uma época em que os cidadão brasileiro foi mais duramente apenado em suas economias com políticas sempre danosas ao Pais, com uma inflação que chegou a níveis estratosféricos e insuportáveis.
Nos grandes desajustes às cadernetas de poupança, as perdas chegaram a 20,37%. Nenhuma regra foi definida em relação a ajustes salariais. Os prejuízos causados aos poupadores com o Plano Verão chegam a R$ 70 bilhões, perdas até hoje reclamadas na justiça pelos pobres cidadãos brasileiros.
Mailson só aparece, como determinados economistas ocupam genresosos espaços nas colunas da Mirian Leitão, porque servem a interesses antinacionalistas que contemplam os interesses corporativos do grande capital, numa política contínuam que empurram para a exclusão estratos consideráveis da população brasileira. Sobram, então, as migalhas do Bolsa Família para essa camada mais despossuída.
Num pais de profundas e vergonhosas desigualdades sociais, sem similar nas nações em desenvolvimento, economistas e comentaristas de economia sempre estiveram numa linha que sustenta a continuação dos grandes interesses do capital internacional e a manutenção dos status quo.
Sinto saudades dos keinesianos, dos economistas e jornalistas da área com larga compreensão do Pais e propunham um modelo alternativo de soberania do Brasil como Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, ou Aloisio Biondi... O único remanescente desta linhagem ainda em atividade é o professor Carlos Lessa, confinado em suas atividades acadêmicas.
São os mesmos tecnocratas que quando se afastam ou são afastados do governo se munem de um arsenal de tantas informações, que passam a atuar em outro palco, dando conselhos e prestando serviços a grandes grupos empresariais.
Mesmo os que não são economistas operam em sentido contrário ao discurso que fez do PT um partido das massas, como José Dirceu, consultor do bilionário mexicano Carlos Slim, dono da Embratel e homem mais rico do mundo, ou Luiz Gushiken, que opera entre os fundos de pensão. Antônio Palocci circula em seus movimentos como consultor financeiro de grupos empresariais.
E assim caminha a humanidade. Cada vez mais distante das utopias, dos sonhos, algo que torna a vida tão vazia, inssosa e sem sentido.
Sua importância, pelo menos a que lhe conferem esses veiculos de comunicação, é desproporcional ao seu desempenho como formulador de políticas quando assessor governamental ou mesmo Ministro da Fazenda no governo Sarney.
Foi uma época em que os cidadão brasileiro foi mais duramente apenado em suas economias com políticas sempre danosas ao Pais, com uma inflação que chegou a níveis estratosféricos e insuportáveis.
Nos grandes desajustes às cadernetas de poupança, as perdas chegaram a 20,37%. Nenhuma regra foi definida em relação a ajustes salariais. Os prejuízos causados aos poupadores com o Plano Verão chegam a R$ 70 bilhões, perdas até hoje reclamadas na justiça pelos pobres cidadãos brasileiros.
Mailson só aparece, como determinados economistas ocupam genresosos espaços nas colunas da Mirian Leitão, porque servem a interesses antinacionalistas que contemplam os interesses corporativos do grande capital, numa política contínuam que empurram para a exclusão estratos consideráveis da população brasileira. Sobram, então, as migalhas do Bolsa Família para essa camada mais despossuída.
Num pais de profundas e vergonhosas desigualdades sociais, sem similar nas nações em desenvolvimento, economistas e comentaristas de economia sempre estiveram numa linha que sustenta a continuação dos grandes interesses do capital internacional e a manutenção dos status quo.
Sinto saudades dos keinesianos, dos economistas e jornalistas da área com larga compreensão do Pais e propunham um modelo alternativo de soberania do Brasil como Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, ou Aloisio Biondi... O único remanescente desta linhagem ainda em atividade é o professor Carlos Lessa, confinado em suas atividades acadêmicas.
São os mesmos tecnocratas que quando se afastam ou são afastados do governo se munem de um arsenal de tantas informações, que passam a atuar em outro palco, dando conselhos e prestando serviços a grandes grupos empresariais.
Mesmo os que não são economistas operam em sentido contrário ao discurso que fez do PT um partido das massas, como José Dirceu, consultor do bilionário mexicano Carlos Slim, dono da Embratel e homem mais rico do mundo, ou Luiz Gushiken, que opera entre os fundos de pensão. Antônio Palocci circula em seus movimentos como consultor financeiro de grupos empresariais.
E assim caminha a humanidade. Cada vez mais distante das utopias, dos sonhos, algo que torna a vida tão vazia, inssosa e sem sentido.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
PINGA FOGO
Racha no samba
O pau quebrou na Campos Difusora agora à noite entre o pessoal do carnaval de Campos. Um grupo de cinco escolas de samba quer criar uma liga à margem da Associação das Escolas de Samba de Campos (Aesc).
Alegam que a Aesc não tem mais condições de estar à frente da organização do carnaval, que se resume aos tres dias de desfile anual. Vão pedir a desfiliação.
A prefeita Rosinha Garotinho bem que acenou com uma proposta de revitalização do carnaval, dotando os desfiles de uma excelente estrutura este ano, anunciando também a construção do Centro de Estudos da Cultura Popular (Cepop), mas os carnavalescos têm que dar a contrapartida, demonstrações que merecem esta atenção da prefeita.
A propósito, o Ministério Público se debruça sobre a analise de contas de agremiações que não prestaram contas das subvenções deste ano. É fundamental a moralizaão do carnaval campista, cuja imagem tem sido de muito desgaste perante a comunidade.
Sem generalização, a idéia que se faz é de um grupo que aguarda sair o dinheiro fácil da prefeitura para se dar bem. O bicho vai pegar.
Ariel Chacar, presidente da Aesc, que ouvia a entrevista do Jaiminho Pessanha (da Ururau) no programa Comando Geral, do Rone Pereira, vai usar hoje o mesmo espaço.
Ariel esperneou mas não poderá impedir que as escolas criem uma outra entidade, até porque há um preceito constitucional que permite a qualquer cidadão ou cidadãos o livre direito de associação ou constituição de entidades ou organizações. A queda de braço promete novo round.-
Alelúuuia!!!!!!!!!!!!!
A Praça São Salvador tem sido ocupada por grupos evangélicos que ligam seus auto-falantes com decibéis as alturas. Os "homens de deus" deixaram de fazer suas pregações em altos brados no Calçadão, à altura do finado pelourinho. A propósito, uma pergunda se impôe: onde está o monumento?
Falta de humanidade
É ruim de dizer ou escrever, mas é verdade que muitos funcionários tratam a população, principalmente os mais humildes, com descaso e de maneira grosseira.
Não é um problema restrito a Campos, muito menos ao setor de saúde, mas muitos funcionários tratam os cidadãos como um estorvo, um problema do qual querem se livrar o mais rápido possível.
De uma maneira geral o atendimento melhora quando se conhece alguém que trabalha dentro da unidade de saúde. É um absurdo! Quem já precisou sabe que é verdade. Não é problema deste governo, mas de todos os governos.
Desta vez, não
A casa do Alexandre Mocaiber não recebeu (desta vez) "inconveniente" visita da Polícia Federal. O pessoal do rádio (leia-se Barbosa Lemos e Rone Pereira, da Campos Difusora) se precipitou ao anunciar que a residência do ex-alcaide tivesse sido diligenciada pelos agentes da PF.
Na verdade, tratava-se de um funcionário da PF que precisou ir à Santa Casa de Misericórdia, e encontrou uma única vaga no local para estacionar o veículo oficial... Onde mesmo? Ali bem em frente à casa do prefeito.
BL, um repórter de um faro muito apurado, sem dúvida alguma, desta vez foi com muita sede ao pote na ânsia de dar mais um furo na concorrência. Devagar, "meu bichinho"...-----------
Café da manhã
A Associação Comercial e Industrial de Campos (ACIC) inicia uma parceria com três empresas de ônibus, entre elas a 1001, a fim de proporcionar mais facilidade, conforto e segurança aos comerciantes que costumam ir à São Paulo fazer suas compras.
Durante um café da manhã, nesta terça-feira às 10 horas, no auditório da ACIC, será inaugurada pela entidade e as empresas a Sala de Apoio ao Cliente.
Os comerciantes agora contarão, entre outros benefícios, com um microônibus para transportá-los diretamente até o local das compras. Mais uma boa iniciativa do presidente da ACIC, Amaro Ribeiro Gomes.
O pau quebrou na Campos Difusora agora à noite entre o pessoal do carnaval de Campos. Um grupo de cinco escolas de samba quer criar uma liga à margem da Associação das Escolas de Samba de Campos (Aesc).
Alegam que a Aesc não tem mais condições de estar à frente da organização do carnaval, que se resume aos tres dias de desfile anual. Vão pedir a desfiliação.
A prefeita Rosinha Garotinho bem que acenou com uma proposta de revitalização do carnaval, dotando os desfiles de uma excelente estrutura este ano, anunciando também a construção do Centro de Estudos da Cultura Popular (Cepop), mas os carnavalescos têm que dar a contrapartida, demonstrações que merecem esta atenção da prefeita.
A propósito, o Ministério Público se debruça sobre a analise de contas de agremiações que não prestaram contas das subvenções deste ano. É fundamental a moralizaão do carnaval campista, cuja imagem tem sido de muito desgaste perante a comunidade.
Sem generalização, a idéia que se faz é de um grupo que aguarda sair o dinheiro fácil da prefeitura para se dar bem. O bicho vai pegar.
Ariel Chacar, presidente da Aesc, que ouvia a entrevista do Jaiminho Pessanha (da Ururau) no programa Comando Geral, do Rone Pereira, vai usar hoje o mesmo espaço.
Ariel esperneou mas não poderá impedir que as escolas criem uma outra entidade, até porque há um preceito constitucional que permite a qualquer cidadão ou cidadãos o livre direito de associação ou constituição de entidades ou organizações. A queda de braço promete novo round.-
Alelúuuia!!!!!!!!!!!!!
A Praça São Salvador tem sido ocupada por grupos evangélicos que ligam seus auto-falantes com decibéis as alturas. Os "homens de deus" deixaram de fazer suas pregações em altos brados no Calçadão, à altura do finado pelourinho. A propósito, uma pergunda se impôe: onde está o monumento?
Falta de humanidade
É ruim de dizer ou escrever, mas é verdade que muitos funcionários tratam a população, principalmente os mais humildes, com descaso e de maneira grosseira.
Não é um problema restrito a Campos, muito menos ao setor de saúde, mas muitos funcionários tratam os cidadãos como um estorvo, um problema do qual querem se livrar o mais rápido possível.
De uma maneira geral o atendimento melhora quando se conhece alguém que trabalha dentro da unidade de saúde. É um absurdo! Quem já precisou sabe que é verdade. Não é problema deste governo, mas de todos os governos.
Desta vez, não
A casa do Alexandre Mocaiber não recebeu (desta vez) "inconveniente" visita da Polícia Federal. O pessoal do rádio (leia-se Barbosa Lemos e Rone Pereira, da Campos Difusora) se precipitou ao anunciar que a residência do ex-alcaide tivesse sido diligenciada pelos agentes da PF.
Na verdade, tratava-se de um funcionário da PF que precisou ir à Santa Casa de Misericórdia, e encontrou uma única vaga no local para estacionar o veículo oficial... Onde mesmo? Ali bem em frente à casa do prefeito.
BL, um repórter de um faro muito apurado, sem dúvida alguma, desta vez foi com muita sede ao pote na ânsia de dar mais um furo na concorrência. Devagar, "meu bichinho"...-----------
Café da manhã
A Associação Comercial e Industrial de Campos (ACIC) inicia uma parceria com três empresas de ônibus, entre elas a 1001, a fim de proporcionar mais facilidade, conforto e segurança aos comerciantes que costumam ir à São Paulo fazer suas compras.
Durante um café da manhã, nesta terça-feira às 10 horas, no auditório da ACIC, será inaugurada pela entidade e as empresas a Sala de Apoio ao Cliente.
Os comerciantes agora contarão, entre outros benefícios, com um microônibus para transportá-los diretamente até o local das compras. Mais uma boa iniciativa do presidente da ACIC, Amaro Ribeiro Gomes.
domingo, 19 de julho de 2009
A odisséia e a liderança do Goyta
Amigos, pois vos digo que a briosa massa alvi-anil tomou-se de alegria, contentamento mesmo, de júbilo n’alma, quando ouviu ao final do jogo de hoje meu amigo Sérgio Tinoco a gritar a plenos pulmões que o Goyta velho de guerra havia virado a refrega contra o tal Miguel Couto.
Calma, que não é nenhum time do hospital localizado no Leblon ou do médio ilustre, mas uma agremiação esportiva de uma localidade da periferia de Maxambomba, como era conhecida a simpática Nova Iguaçu. O Sobre Campos também é "curtura", ora.
Voltemos à vaca fria (não me perguntem porque o pobre animal foi escalado pelo folclore para ter ssa temperatura...), esse time pode ainda dar caldo. Alguns senões, entretanto, precisam ser sanados. O Schnneider pode ser bom jogador, mas se encontra completamente fora de forma. Se fosse eu o Nei Silva já teria experimentado testar o Flávio Pinto, que leva jeito pra jogar ali.
Pode ser que esteja equivocado, mas algo me diz que o Valdiran, com o Cafezinho, darão a vitalidade ao ataque. O resto, é esperar que o Rondinelli não tenha esquecido de jogar futebol.
O campo do Marrentão parecia mais atolado que o Romário na Justiça, ele mesmo que emprestou ao estádio o nome que traz desde que veio à pia batismal.
Mas o gramado infame não permitiu ainda ao Goyta nenhuma uma exibição convincente, mas os três pontos e a liderança em seu grupo estão garantidos.
A segunda divisão do futebol do Rio só não chega ser pior do que o Senado Federal. Estádios
precários, campos ruins, arbitragens piores ainda...
Uma Federação estapafúrdia, lenta, pachorenta, que abriga muita gente incompetente, parecendo mais o incrível Exercito de Brancaleoni, que só contribui para agravar o quadro. Coisa muito séria...
Olha, se o Goyta subir mesmo este ano à primeira divisão, a torcida pode bradar aos quatro ventos e a nossa imprensa terá o indeclinável dever de destacar, acima da dobra, em letras garrafais: será de uma proeza épica.
Calma, que não é nenhum time do hospital localizado no Leblon ou do médio ilustre, mas uma agremiação esportiva de uma localidade da periferia de Maxambomba, como era conhecida a simpática Nova Iguaçu. O Sobre Campos também é "curtura", ora.
Voltemos à vaca fria (não me perguntem porque o pobre animal foi escalado pelo folclore para ter ssa temperatura...), esse time pode ainda dar caldo. Alguns senões, entretanto, precisam ser sanados. O Schnneider pode ser bom jogador, mas se encontra completamente fora de forma. Se fosse eu o Nei Silva já teria experimentado testar o Flávio Pinto, que leva jeito pra jogar ali.
Pode ser que esteja equivocado, mas algo me diz que o Valdiran, com o Cafezinho, darão a vitalidade ao ataque. O resto, é esperar que o Rondinelli não tenha esquecido de jogar futebol.
O campo do Marrentão parecia mais atolado que o Romário na Justiça, ele mesmo que emprestou ao estádio o nome que traz desde que veio à pia batismal.
Mas o gramado infame não permitiu ainda ao Goyta nenhuma uma exibição convincente, mas os três pontos e a liderança em seu grupo estão garantidos.
A segunda divisão do futebol do Rio só não chega ser pior do que o Senado Federal. Estádios
precários, campos ruins, arbitragens piores ainda...
Uma Federação estapafúrdia, lenta, pachorenta, que abriga muita gente incompetente, parecendo mais o incrível Exercito de Brancaleoni, que só contribui para agravar o quadro. Coisa muito séria...
Olha, se o Goyta subir mesmo este ano à primeira divisão, a torcida pode bradar aos quatro ventos e a nossa imprensa terá o indeclinável dever de destacar, acima da dobra, em letras garrafais: será de uma proeza épica.
Sem vida inteligente
Não tenho mais paciência para me ocupar em torno de tantas coisas mediocres, mas para não perder este estimado emprego, prossigo nesta cruzada, a cruel empreitada que representa hoje torcer pelo Flamengo. Um time limitado, previsível e nulo contra qualquer adversário mais ou menos organizado ou aplicado no plano defensivo, como foi hoje contra o Botafogo.
Não nos iludamos. Fogo de palhas foram os raros espasmos que tivemos nas partidas contra o Inter e umas poucas nas quais esse time transmitiu alguma idéia de sobrevivência digna no Campeonato Brasileiro.
Hoje, a sensação concreta é a de que vamos precisar de muita reserva de energia e braçadas vigorosas para não morrer na praia lá na reta final de competição.
A minha imparcial e justa ira divina contra as misérias que assolam a Gávea não passa por algumas sandices do Cuca. Ele não sabe o que faz, perdoemos, perdoe-o senhor... Ele não sabe o que faz, até mesmo por suas limitações.
Mas não irei aqui invocar os séculos de desmandos na Gávea. É assunto para um tratado sobre a miséria humana.
A existência do Flamengo é um milagre da natureza, porque não foram poucos os que tentaram e ainda tentam destrui-lo.
Não fosse a vocação para a grandeza, já teriamos sido destruídos pelos nossos algozes e outros capos da máfia que habita a Gávea.
Mas não posso aqui ficar falando do passado, de memória, sob pena de ser demitido desta imparcial, proba e valente tribuna. E tento elevar o nível, citando (mal) Ortega y Gasset: "O homem é o homem e suas circunstâncias".
E as circunstâncias de hoje são as coisas que atualmente vestem a camisa do Flamengo, Willians e Toró, entre eles.
Não vou fazer aqui nenhum arrazoado sobre as nossas mazelas, mas minha tese é a de que mesma situação de orfandade que acometeu Ronaldo Angelin, depois de abandonado por Fábio Luciano, ora ocorre também ao Kléberson, após o êxodo do Ibson.
Cadê aquele futebol de seleção brasileira, menino?
É muita nulidade junta, que não tá a altura de um clube que detém 35 milhões de religiosos e fiéis aficcionados em todo país e mundo afora.
O Flamengo tem Adriano e Emerson, dois bons atacantes, sem que haja um municiador com alguns neurônios a mais. Nosso meio-campo já não era lá essas coisas com o Ibson e seu jogo picotado, de passes curtos e jogadas previsiveis.
Mais do que nunca, o time agora tornou-se um "conjunto" acéfalo, deserto de idéias, um espaço sem vida inteligente.
A alegria, entretanto, não abandonou (ainda) este recinto. Até porque, nós destas capitanias hereditárias da terra de Santa Cruz, somos capazes de rir da nosssa própria desgraça para não piorar.
Afinal, aprendi logo alguns sagrados ensinamentos segundo o qual "só peru é que morre na véspera" e "não tá morto quem peleia".
Não nos iludamos. Fogo de palhas foram os raros espasmos que tivemos nas partidas contra o Inter e umas poucas nas quais esse time transmitiu alguma idéia de sobrevivência digna no Campeonato Brasileiro.
Hoje, a sensação concreta é a de que vamos precisar de muita reserva de energia e braçadas vigorosas para não morrer na praia lá na reta final de competição.
A minha imparcial e justa ira divina contra as misérias que assolam a Gávea não passa por algumas sandices do Cuca. Ele não sabe o que faz, perdoemos, perdoe-o senhor... Ele não sabe o que faz, até mesmo por suas limitações.
Mas não irei aqui invocar os séculos de desmandos na Gávea. É assunto para um tratado sobre a miséria humana.
A existência do Flamengo é um milagre da natureza, porque não foram poucos os que tentaram e ainda tentam destrui-lo.
Não fosse a vocação para a grandeza, já teriamos sido destruídos pelos nossos algozes e outros capos da máfia que habita a Gávea.
Mas não posso aqui ficar falando do passado, de memória, sob pena de ser demitido desta imparcial, proba e valente tribuna. E tento elevar o nível, citando (mal) Ortega y Gasset: "O homem é o homem e suas circunstâncias".
E as circunstâncias de hoje são as coisas que atualmente vestem a camisa do Flamengo, Willians e Toró, entre eles.
Não vou fazer aqui nenhum arrazoado sobre as nossas mazelas, mas minha tese é a de que mesma situação de orfandade que acometeu Ronaldo Angelin, depois de abandonado por Fábio Luciano, ora ocorre também ao Kléberson, após o êxodo do Ibson.
Cadê aquele futebol de seleção brasileira, menino?
É muita nulidade junta, que não tá a altura de um clube que detém 35 milhões de religiosos e fiéis aficcionados em todo país e mundo afora.
O Flamengo tem Adriano e Emerson, dois bons atacantes, sem que haja um municiador com alguns neurônios a mais. Nosso meio-campo já não era lá essas coisas com o Ibson e seu jogo picotado, de passes curtos e jogadas previsiveis.
Mais do que nunca, o time agora tornou-se um "conjunto" acéfalo, deserto de idéias, um espaço sem vida inteligente.
A alegria, entretanto, não abandonou (ainda) este recinto. Até porque, nós destas capitanias hereditárias da terra de Santa Cruz, somos capazes de rir da nosssa própria desgraça para não piorar.
Afinal, aprendi logo alguns sagrados ensinamentos segundo o qual "só peru é que morre na véspera" e "não tá morto quem peleia".
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Estrangeirismos
Tenho uma certe síndrome de Policarpo Quaresma. Não consigo engolir sem uma ponta de frustração, descontentamento, sei lá o quê, o uso indiscriminado de palavras estrangeiras.
Estive no Rio, durante minhas recentes férias, fiquei impressionado com a proliferação de expressões em inglês que indica a designação nominativa das lojas e suas fachadas.
Frise-se que percorri alguns locais do Centro e da Zona Sul, não cheguei até a Barra (não sou muito chegado aquelas paragens), onde, me contaram, a situação de subcolonização é bem pior.
Pior do que isso, só a perseguição dos fiscais do Eduardo Paes aos camelôs na Glória e no Catete (vi com meus próprios olhos a forma truculenta da abordagem) e a péssima conservação de alguns prédios em Santa Teresa.
Não se trata de radicalismo chauvinista ou coisa que o valha, mas sou filho (ou seria neto?) do pós-guerra, meus pais e ascendentes cresceram sob o sentimento de prevenção quanto a tudo que se referia à grande potência do norte.
Não sei até que ponto tudo isso faz parte de uma estratégia de dominação dos chamados países-satéliters pelos ianques.
Sou meio ignorante em relação ao entendimento de acadêmicos ou especialistas sobre os caminhos ou descaminhos da política internacional.
Entre esses, estão alguns embaixadores que possuem uma visão bem mais prática e abrangente de comércio internacional ou incorporaram/assimilaram os valores da cultura dos EUA.
É com certo sacrifício que ouço uma menininha colega de redação dizer que vai pra nigth encontrar-se com um cat.
Há entre nós, jornalistas, um deficit de conhecimento mínimo da macrorealidade que nos cerca que nenhum diploma será capaz de solucionar.
Acabar com a necessidade do diploma também não é saída para melhorar a formação dos jornalistas.
O imperativo é que as faculdades renunciem ao papel de meros fornecedores de diplomas e cumpram a missão de formar jornalistas-cidadãos, com plena noção do seu papel na contrução do conceito de cidadania e de um projeto de nação.
Estive no Rio, durante minhas recentes férias, fiquei impressionado com a proliferação de expressões em inglês que indica a designação nominativa das lojas e suas fachadas.
Frise-se que percorri alguns locais do Centro e da Zona Sul, não cheguei até a Barra (não sou muito chegado aquelas paragens), onde, me contaram, a situação de subcolonização é bem pior.
Pior do que isso, só a perseguição dos fiscais do Eduardo Paes aos camelôs na Glória e no Catete (vi com meus próprios olhos a forma truculenta da abordagem) e a péssima conservação de alguns prédios em Santa Teresa.
Não se trata de radicalismo chauvinista ou coisa que o valha, mas sou filho (ou seria neto?) do pós-guerra, meus pais e ascendentes cresceram sob o sentimento de prevenção quanto a tudo que se referia à grande potência do norte.
Não sei até que ponto tudo isso faz parte de uma estratégia de dominação dos chamados países-satéliters pelos ianques.
Sou meio ignorante em relação ao entendimento de acadêmicos ou especialistas sobre os caminhos ou descaminhos da política internacional.
Entre esses, estão alguns embaixadores que possuem uma visão bem mais prática e abrangente de comércio internacional ou incorporaram/assimilaram os valores da cultura dos EUA.
É com certo sacrifício que ouço uma menininha colega de redação dizer que vai pra nigth encontrar-se com um cat.
Há entre nós, jornalistas, um deficit de conhecimento mínimo da macrorealidade que nos cerca que nenhum diploma será capaz de solucionar.
Acabar com a necessidade do diploma também não é saída para melhorar a formação dos jornalistas.
O imperativo é que as faculdades renunciem ao papel de meros fornecedores de diplomas e cumpram a missão de formar jornalistas-cidadãos, com plena noção do seu papel na contrução do conceito de cidadania e de um projeto de nação.
A cassação de Sarney
Não cabe mais pedir ao senador José Sarney que renuncie. Não cabe mais denunciá-lo pelas irregularidades que se acumulam à sua volta. O Senado da República, se pretende escapar vivo à carnificina moral que se abateu sobre ele, tem de assumir a responsabilidade da cassação do mandato de seu presidente.
Enumerar as irregularidades na Câmara Alta, ou mesmo as pessoalmente debitadas ao presidente, está ficando cansativo. O que se acumula em denúncias já é caso de polícia, de investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. O Senado, o que precisa, é cumprir sua missão constitucional e promover uma varredura geral na presidência e nas diretorias da Casa.
Por muito menos do que se abate agora sobre José Sarney outros senadores foram cassados e não apenas execrados pela opinião pública.
Ocorre que a lama respinga em todos os representantes federativos do povo. Em cada estado, o senador representante está sendo visto como uma espécie de "bandido da luz vermelha", que comete crimes às escondidas, e muito mais porque não se decide a afastar Sarney da Presidência que pelos desvios que possam ter cometido.
Quantos escândalos ainda vão estourar até que os senadores tomem consciência de que são homens públicos e de que uma das principais instituições do país chafurda no esterco por culpa única e exclusiva de um presidente que não toma a única decisão menos humilhante para ele: a renúncia.
Tal resistência no cargo dá aos senadores o direito de abrir um processo de cassação do mandato de Sarney. Ele não vai sair dali enquanto tiver o apoio do presidente Lula e for possível a construção de CPIs fajutas e a armação de Comissões de Ética sem nenhum objetivo.
Repetimos: o caso da Petrobras, o outro da Eletrobrás, os processos contra o filho do senador, Fernando Sarney, as relações perigosas com o Ministério de Minas e Energia impõem, para alívio da alma brasileira conspurcada, um processo de cassação do mandato e não apenas o afastamento ou renúncia da Presidência.
É a história de uma Nação vilipendiada que obriga os homens públicos a decisões mais drásticas. Há momentos em que mesmo o corporativismo mais visível tem de ser posto de lado para que a Justiça seja feita.
O povo brasileiro não está agüentando mais tanta conversa fiada, tanta denúncia sem resposta e quer Sarney de volta à solidão de suas bibliotecas, nunca mais como guardião dos princípios federativos que norteiam a República.
Editorial do Jornal Pequeno, de São Luis, 16 de julho de 2009
Enumerar as irregularidades na Câmara Alta, ou mesmo as pessoalmente debitadas ao presidente, está ficando cansativo. O que se acumula em denúncias já é caso de polícia, de investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. O Senado, o que precisa, é cumprir sua missão constitucional e promover uma varredura geral na presidência e nas diretorias da Casa.
Por muito menos do que se abate agora sobre José Sarney outros senadores foram cassados e não apenas execrados pela opinião pública.
Ocorre que a lama respinga em todos os representantes federativos do povo. Em cada estado, o senador representante está sendo visto como uma espécie de "bandido da luz vermelha", que comete crimes às escondidas, e muito mais porque não se decide a afastar Sarney da Presidência que pelos desvios que possam ter cometido.
Quantos escândalos ainda vão estourar até que os senadores tomem consciência de que são homens públicos e de que uma das principais instituições do país chafurda no esterco por culpa única e exclusiva de um presidente que não toma a única decisão menos humilhante para ele: a renúncia.
Tal resistência no cargo dá aos senadores o direito de abrir um processo de cassação do mandato de Sarney. Ele não vai sair dali enquanto tiver o apoio do presidente Lula e for possível a construção de CPIs fajutas e a armação de Comissões de Ética sem nenhum objetivo.
Repetimos: o caso da Petrobras, o outro da Eletrobrás, os processos contra o filho do senador, Fernando Sarney, as relações perigosas com o Ministério de Minas e Energia impõem, para alívio da alma brasileira conspurcada, um processo de cassação do mandato e não apenas o afastamento ou renúncia da Presidência.
É a história de uma Nação vilipendiada que obriga os homens públicos a decisões mais drásticas. Há momentos em que mesmo o corporativismo mais visível tem de ser posto de lado para que a Justiça seja feita.
O povo brasileiro não está agüentando mais tanta conversa fiada, tanta denúncia sem resposta e quer Sarney de volta à solidão de suas bibliotecas, nunca mais como guardião dos princípios federativos que norteiam a República.
Editorial do Jornal Pequeno, de São Luis, 16 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Vitória apertada, sofrida e suada do Goyta
Já denunciei aqui que o meu dia-a-dia é deveras cruel devido à rotina de minha vida operária, que não permite as delícias do sagrado direito ao ócio, na medida certa e em doses reparadoras.
Então, eis que o dever da lida me impediu de ir ao Aryzão assistir à estréia do Goyta na segundona, nesta auspciosa quinta-feira.
Tudo devido aos meus afazeres profissionais, por conta desse meu extremado apego ao labor.
Afinal, tenho o saudável hábito de contribuir para a compra do feijão e do leite, afinal, alguém tem que trabalhar nesta joça.
Mas vamo parar com essa prosopopéia que não leva nada a lugar algum.
Voltando à vaca fria, soube que o time jogou a conta do chá para vencer o Aperibé, berço de Geraldo Bras, um dos grandes craques da história do Americano e do próprio Goytacaz.
Dizem os que frequentam o Aryzão que há tendência é a de que o time cresça muito durante a disputa, revigorado com mais alguns novos reforços.
Desta vez, não houve razões para o torcedor tomar-se de sua ira santa, de bradar aquelas coisas terríveis e impublicáveis, contra os homens vestidos de preto que aqui vêm pra afanar o pobre e indefeso Goyta velho de guerra.
O Pudim já garantiu que este ano não vai ser igual aqueles que passaram. E ninguém vai meter a mão grande no time do povo.
Vi umas belas fotos no excelente Ururau, site do meu amigo, o bom/grande garoto Leandro Nunes. Dá gosto ver o sofrido povo de azul, a cor da esperança. Velhos torcedores com agitação e entusiasmo juvenil; outros, ainda adolescentes, que parecem já ter testemunhado seguidas glórias alvi-anis. É a tradição filial que acompanha os pais na escolha de um time local para torcer.
Vamulá, galera, porque o Goyta há 17 anos na segundona é uma ofensa às tradições alvi-anis e ao próprio futebol de Campos. Reagiremos este ano a esta infâmia.
De resto, acompanhar futebol pelo rádio de Campos, se o cabra não tiver bem ligado no rádio, se perde ou leva susto.
O grito de gol do bom narrador Luiz Fernando, da Campos Difusora, me trouxe uma dúvida atroz, precisou que alguém me prestasse socorro para informar-me que era só o tento da vitória de estréia do Goyta. Mas parecia o gol do título.
O rapaz tem futuro, mas precisa parar de fazer suas enunciações em gritos altissonantes. Pare de gritar, menino, que tu tens potencial e vai longe.
Então, eis que o dever da lida me impediu de ir ao Aryzão assistir à estréia do Goyta na segundona, nesta auspciosa quinta-feira.
Tudo devido aos meus afazeres profissionais, por conta desse meu extremado apego ao labor.
Afinal, tenho o saudável hábito de contribuir para a compra do feijão e do leite, afinal, alguém tem que trabalhar nesta joça.
Mas vamo parar com essa prosopopéia que não leva nada a lugar algum.
Voltando à vaca fria, soube que o time jogou a conta do chá para vencer o Aperibé, berço de Geraldo Bras, um dos grandes craques da história do Americano e do próprio Goytacaz.
Dizem os que frequentam o Aryzão que há tendência é a de que o time cresça muito durante a disputa, revigorado com mais alguns novos reforços.
Desta vez, não houve razões para o torcedor tomar-se de sua ira santa, de bradar aquelas coisas terríveis e impublicáveis, contra os homens vestidos de preto que aqui vêm pra afanar o pobre e indefeso Goyta velho de guerra.
O Pudim já garantiu que este ano não vai ser igual aqueles que passaram. E ninguém vai meter a mão grande no time do povo.
Vi umas belas fotos no excelente Ururau, site do meu amigo, o bom/grande garoto Leandro Nunes. Dá gosto ver o sofrido povo de azul, a cor da esperança. Velhos torcedores com agitação e entusiasmo juvenil; outros, ainda adolescentes, que parecem já ter testemunhado seguidas glórias alvi-anis. É a tradição filial que acompanha os pais na escolha de um time local para torcer.
Vamulá, galera, porque o Goyta há 17 anos na segundona é uma ofensa às tradições alvi-anis e ao próprio futebol de Campos. Reagiremos este ano a esta infâmia.
De resto, acompanhar futebol pelo rádio de Campos, se o cabra não tiver bem ligado no rádio, se perde ou leva susto.
O grito de gol do bom narrador Luiz Fernando, da Campos Difusora, me trouxe uma dúvida atroz, precisou que alguém me prestasse socorro para informar-me que era só o tento da vitória de estréia do Goyta. Mas parecia o gol do título.
O rapaz tem futuro, mas precisa parar de fazer suas enunciações em gritos altissonantes. Pare de gritar, menino, que tu tens potencial e vai longe.
domingo, 12 de julho de 2009
Vamulá Mengãoooooooooooooooo...
Distintos e caros amigos que têm o hábito saudável de torcer pelo Mais Querido clube do País, confesso que nesta minha vida em que nada foi um mar de rosas, ser aficcionado do glorioso Clube de Regatas do Flamengo na tarde de hoje é padecer no paraíso.
Padecer porque é dia de todos os Rubro-Negros do céu, da terra e de outros planetas se multiplicarem para um desafio.
Seguinte: o time é bom mas não há reservas de qualidade em suficiente número para suprir seis ausências, complica. No paraíso, porque ainda que padecendo, resta-nos o alívio de sermos rubro-negros.
Ou você se imaginaria torcendo por um outro time qualquer?Voltando à vaca fria (por que fria?, não me perguntem), voltemos à contenda de logo mais.
Tá certo o Cuca, diante das adversas circunstâncias, em se resguardar com três zagueiros, tornando a defesa mais consistente, enquanto pode, com a mesma escalação, lançar mão de certa liberdade do Everton e do Juan pelas laterais — ala é o cacete, né mesmo seu Françuel, lá da velha Bahia?.
Ademais os adversários são os metidos a besta do Morumbi, o São Paulo. A refrega é lá no prego, ou seja, na casa do oponente deste domingo.
Mas como o Flamengo é a cara do Brasil e Rubro-Begro é a cara do brasileiro, não desistimos nunca. Flamenguista, profissão: esperança.
Mas não quero aqui propagandear a estética dolente do Augusto dos Anjos. Vamos reagir a esta sorte adversa.
Não transformaremo-la em infortúnio, numa desdita. Nosso povo é brioso, valente e guerreiro. E esse calor costuma sempre levar fluídos inexplicáveis aos nossos meninos no relvado, como dizem os portugas.
É por essas e outras que eu, mais 37 milhões de brasileiros e boa parte do mundo inteiro, ergueremos as nossas vozes altissonantes, em gritos unissonos, a partir de 16h: Vamulá Mengãooooooooooooooooo...
Padecer porque é dia de todos os Rubro-Negros do céu, da terra e de outros planetas se multiplicarem para um desafio.
Seguinte: o time é bom mas não há reservas de qualidade em suficiente número para suprir seis ausências, complica. No paraíso, porque ainda que padecendo, resta-nos o alívio de sermos rubro-negros.
Ou você se imaginaria torcendo por um outro time qualquer?Voltando à vaca fria (por que fria?, não me perguntem), voltemos à contenda de logo mais.
Tá certo o Cuca, diante das adversas circunstâncias, em se resguardar com três zagueiros, tornando a defesa mais consistente, enquanto pode, com a mesma escalação, lançar mão de certa liberdade do Everton e do Juan pelas laterais — ala é o cacete, né mesmo seu Françuel, lá da velha Bahia?.
Ademais os adversários são os metidos a besta do Morumbi, o São Paulo. A refrega é lá no prego, ou seja, na casa do oponente deste domingo.
Mas como o Flamengo é a cara do Brasil e Rubro-Begro é a cara do brasileiro, não desistimos nunca. Flamenguista, profissão: esperança.
Mas não quero aqui propagandear a estética dolente do Augusto dos Anjos. Vamos reagir a esta sorte adversa.
Não transformaremo-la em infortúnio, numa desdita. Nosso povo é brioso, valente e guerreiro. E esse calor costuma sempre levar fluídos inexplicáveis aos nossos meninos no relvado, como dizem os portugas.
É por essas e outras que eu, mais 37 milhões de brasileiros e boa parte do mundo inteiro, ergueremos as nossas vozes altissonantes, em gritos unissonos, a partir de 16h: Vamulá Mengãooooooooooooooooo...
quinta-feira, 9 de julho de 2009
A sorte está lançada
As articulações para as eleições de 2010 no Estado do Rio estão em curso. Uma passada pela capital conclui-se que os votos da cidade do São Sebastião serão bastante divididos porque disputados entre candidatos que possuem grande penetração na metrópole.
Há uma razoável pulverização, visto que candidatos como Fernando Gabeira, Lindberg Farias e Wagner Montes, com eleitorado marcadamente urbano, disputarão esses 4,5 milhões de eleitores, com o governador Sérgio Cabral e o ex-governador Anthony Garotinho, hoje os dois mais fortes antagonistas da sucessão estadual.
Além de terem que se embrenhar na disputa do eleitorado da capital, restam os votos interior, incluindo a Baixada Fluminense e a região de Niterói e São Gonçalo, que totalizam 6,3 milhões de eleitores, quase 60% do eleitorado. Sem dúvida, um quantitativo por demais representativo expressivo para ser ignorado.
Garotinho tem grande penetração entre as camadas de menor poder aquisitivo da capital e da Região Metropolitana do Grande Rio. Em seu governo, a revitalização da indústria naval criou milhares de empregos, bem como a vinda da Companhia Siderúrgica do Atântico (CSA), na região entre Santa Cruz e Itaguaí. Na Zona Oeste, sua força é também inegável.
No interior, Garotinho tem o que mostrar, porque ninguém mais construiu escolas, ginásios poliesportivos, pontes, estradas do que o ex-governador. Em cada município fluminense, há uma marca do seu governo e da sua sucessora, Rosinha Garotinho, sua mulher.
Sem contar pontes, estradas e escolas, na região Norte Fluminense, a marca do seu governo e o Rosinha, sua sucessora, foram os complexos do Açu e de Barra do Furado. O que por si só bastam.
Sérgio Cabral reconhece este poderio de Garotinho e, por isto mesmo, dedica-se agora a percorrer os 92 municipios do interior para tentar equilibrar a situação.
Tenta atrair prefeitos, vereadores e outras lideranças. Encontra dificuldades. O problema é que o governador pouco ou nada fez pelo interior em dois anos e meio de governo.
Garotinho, por sua própria origem, logo se identificou com os prefeitos interioranos, assumiu compromissos e os cumpriu, buscou reduzir as desigualdades entre os outros municípios e a capital do Estado. Em suma, Garotinho é o homem do interior.
Já Cabral é tido como o rapaz nascido e criado na Zona Sul, onde a notícia de um buraco em Copacabana adquire importância maior do que o drama e a fatalidade de uma enchente em Campos ou Itaperuna. Como quase todos os ocupantes do Palácio Guanabara, tornou-se mais um prefeito da capital do que um governador de todo o Estado.
Como disse César, o imperador da Antiguidade, ao atravessar o Rubicão, “Alea jacta est”, ou seja, a sorte está lançada.
Há uma razoável pulverização, visto que candidatos como Fernando Gabeira, Lindberg Farias e Wagner Montes, com eleitorado marcadamente urbano, disputarão esses 4,5 milhões de eleitores, com o governador Sérgio Cabral e o ex-governador Anthony Garotinho, hoje os dois mais fortes antagonistas da sucessão estadual.
Além de terem que se embrenhar na disputa do eleitorado da capital, restam os votos interior, incluindo a Baixada Fluminense e a região de Niterói e São Gonçalo, que totalizam 6,3 milhões de eleitores, quase 60% do eleitorado. Sem dúvida, um quantitativo por demais representativo expressivo para ser ignorado.
Garotinho tem grande penetração entre as camadas de menor poder aquisitivo da capital e da Região Metropolitana do Grande Rio. Em seu governo, a revitalização da indústria naval criou milhares de empregos, bem como a vinda da Companhia Siderúrgica do Atântico (CSA), na região entre Santa Cruz e Itaguaí. Na Zona Oeste, sua força é também inegável.
No interior, Garotinho tem o que mostrar, porque ninguém mais construiu escolas, ginásios poliesportivos, pontes, estradas do que o ex-governador. Em cada município fluminense, há uma marca do seu governo e da sua sucessora, Rosinha Garotinho, sua mulher.
Sem contar pontes, estradas e escolas, na região Norte Fluminense, a marca do seu governo e o Rosinha, sua sucessora, foram os complexos do Açu e de Barra do Furado. O que por si só bastam.
Sérgio Cabral reconhece este poderio de Garotinho e, por isto mesmo, dedica-se agora a percorrer os 92 municipios do interior para tentar equilibrar a situação.
Tenta atrair prefeitos, vereadores e outras lideranças. Encontra dificuldades. O problema é que o governador pouco ou nada fez pelo interior em dois anos e meio de governo.
Garotinho, por sua própria origem, logo se identificou com os prefeitos interioranos, assumiu compromissos e os cumpriu, buscou reduzir as desigualdades entre os outros municípios e a capital do Estado. Em suma, Garotinho é o homem do interior.
Já Cabral é tido como o rapaz nascido e criado na Zona Sul, onde a notícia de um buraco em Copacabana adquire importância maior do que o drama e a fatalidade de uma enchente em Campos ou Itaperuna. Como quase todos os ocupantes do Palácio Guanabara, tornou-se mais um prefeito da capital do que um governador de todo o Estado.
Como disse César, o imperador da Antiguidade, ao atravessar o Rubicão, “Alea jacta est”, ou seja, a sorte está lançada.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Me inclua fora dessa, vereador
Fui à Câmara Municipal ontem cumprir meus afazeres profissionais e encontrei-me com o vereador Marcos Bacelar, que cumprimentou-se normalmente e fez referência à informação aqui postada sobre a ação da Polícia Federal em sua residência, na última quinta-feira. Disse que ficaria de olho no meu blog e passou tudo o que pensa sobre a ostagem feita aqui à PF.
A matéria foi apurada com informações do site Ururau, eram pouco mais de 9h, do último dia 9. Só que devido ao "fuso horário" do relógio do meu blog, postagem saiu como estivesse publicada às 6.10h, como de fato ocorreu.
Quem me conhece sabe do meu temperamento dispersivo, desligado e pouco dado às mudanças tecnológicas que afetam meu trabalho. Como não sou de ferro, não resisti à invasão digital e lancei o blog.
Mas não sei mexer em computador ou utilizá-lo em suas múltiplas funções. Apenas tenho capacidade e interesse em abrir a máquina e redigir meus textos.
Preocupo-me apenas em escrever, que é o que sei fazer. Se é que sei.
Em princípio passei a postar coisas para o deleite, com temas banais como futebol e outros, além de uma forma de brincar de forma séria com as palavras, mas logo depois decidi que trataria de assuntos fora do terreno das amenidades.
Logo, vou avisando que não tenho fontes privilegiadas. Muito menos tenho relações de amizade com alguém na Polícia Federal, seja em Campos ou fora do municipio.
Entre mim e o ex-governador Anthony Garotinho não há relações a que o senhor aludiu, mas um respeito mútuo e meus contatos com o mesmo, como pessoa física ou homem público, se restringem apenas ao campo profissional, jornalista que sou.
Não estou à altura desta contenda, nem me interessa entrar neste imbroglio. Me inclua fora dessa, senhor Bacellar. Isso é briga de cachorro grande.
A matéria foi apurada com informações do site Ururau, eram pouco mais de 9h, do último dia 9. Só que devido ao "fuso horário" do relógio do meu blog, postagem saiu como estivesse publicada às 6.10h, como de fato ocorreu.
Quem me conhece sabe do meu temperamento dispersivo, desligado e pouco dado às mudanças tecnológicas que afetam meu trabalho. Como não sou de ferro, não resisti à invasão digital e lancei o blog.
Mas não sei mexer em computador ou utilizá-lo em suas múltiplas funções. Apenas tenho capacidade e interesse em abrir a máquina e redigir meus textos.
Preocupo-me apenas em escrever, que é o que sei fazer. Se é que sei.
Em princípio passei a postar coisas para o deleite, com temas banais como futebol e outros, além de uma forma de brincar de forma séria com as palavras, mas logo depois decidi que trataria de assuntos fora do terreno das amenidades.
Logo, vou avisando que não tenho fontes privilegiadas. Muito menos tenho relações de amizade com alguém na Polícia Federal, seja em Campos ou fora do municipio.
Entre mim e o ex-governador Anthony Garotinho não há relações a que o senhor aludiu, mas um respeito mútuo e meus contatos com o mesmo, como pessoa física ou homem público, se restringem apenas ao campo profissional, jornalista que sou.
Não estou à altura desta contenda, nem me interessa entrar neste imbroglio. Me inclua fora dessa, senhor Bacellar. Isso é briga de cachorro grande.
A contração de Valdiran pelo Goyta
Dizem que o brioso Goytacaz Futebol Clube está contratando o Valdiran. O rapaz é meio maluquete, uma espécie de "infant terrible", o que certamente cerceou a evolução de uma carreira que poderia ser brilhante.
É ponta-direita, mas como os técnicos de futebol decidiram exterminar a função, ele zanza pelos dois lados do campo, sempre incomodando as defesas.
Sua última imagem de projeção nacional foi quando da boa campanha no Vasco, em 2006. O time do almirante português foi vice-campeão da Copa do Brasil.
É desses jogadores que, não houvessem os problemas extracampo, seria ídolo num Flamengo, num São Paulo, até mesmo num Real Madrid.
Sua massa encefálica, fora de campo, nunca esteve à altura do que é capaz dentro de campo.
Já foi parar na delegacia acusado de estupro e agressão, entre outras razões. Que as lições da vida tenham produzido uma metamorfose em sua vida.Como diz aquele compositor, a vida é a maior escola; o tempo, o grande professor.
Técnica apurada, acima da média, dribles fáceis, desconcertantes, em velocidade ou não, tudo que não se vê no futebol hoje em dia, está nos pés de Valdiran.
Imaginei que sua idade fosse mais longeva, mas o rapaz só tem 27 anos. Pelo menos, assim constatei nas fichas que consultei: tá lá, nascido em 1982.
Taí também uma grande oportunidade (mais uma) para que este indiscutível talento não desperdice uma bela carreira.
Que seja muito feliz e faça feliz a fiel e apaixonada massa alvi-anil.
É ponta-direita, mas como os técnicos de futebol decidiram exterminar a função, ele zanza pelos dois lados do campo, sempre incomodando as defesas.
Sua última imagem de projeção nacional foi quando da boa campanha no Vasco, em 2006. O time do almirante português foi vice-campeão da Copa do Brasil.
É desses jogadores que, não houvessem os problemas extracampo, seria ídolo num Flamengo, num São Paulo, até mesmo num Real Madrid.
Sua massa encefálica, fora de campo, nunca esteve à altura do que é capaz dentro de campo.
Já foi parar na delegacia acusado de estupro e agressão, entre outras razões. Que as lições da vida tenham produzido uma metamorfose em sua vida.Como diz aquele compositor, a vida é a maior escola; o tempo, o grande professor.
Técnica apurada, acima da média, dribles fáceis, desconcertantes, em velocidade ou não, tudo que não se vê no futebol hoje em dia, está nos pés de Valdiran.
Imaginei que sua idade fosse mais longeva, mas o rapaz só tem 27 anos. Pelo menos, assim constatei nas fichas que consultei: tá lá, nascido em 1982.
Taí também uma grande oportunidade (mais uma) para que este indiscutível talento não desperdice uma bela carreira.
Que seja muito feliz e faça feliz a fiel e apaixonada massa alvi-anil.
domingo, 5 de julho de 2009
Êta cabrunco, sô
De volta à lida diária, retorno a esta tribuna com a alma lavada e encharcada de emoção para anunciar a seguinte boa nova: não foi mole não, mas eis que, enfim, o Mais Querido do Brasil chega ao G-4 do Brasileirão.
Até o megaevento do enterro morte do Michael Jackson foi suplantado pela vitória do Rubro-Begro.
Quanto a mim, os problemas do cotidiano, a exemplo das graves e constantes crises de minha maltratada conta bancária, se suavizaram. Estamos na briga.
O Flamengo não tem lá um primor de time. Mas, não é pior do que estão à sua frente na classificação. Inclusive o próprio adversário de ontem.
A posição do time na tabela não correspondia à qualidade do time. É bem verdade que tem sido oscilante. Capaz de dois jogos grandiosos contra o Inter, mas tomar de cinco do Coritiba ou do Sport, adversários infinitamente inferiores.
Mas há um problema sério. O seguinte é esse: há hoje, no Flamengo, um cara que faz a diferença: trata-se de Kléberson, jogador de seleção, que ataca e defende com incrível perfeição. Compensa as recaídas do Ibson.
E ainda se dá ao luxo de caprichar um lançamento de daqueles que o Gérson ou um Didi assinaria embaixo para o gol do Juan. O torcedor é mesmo uma contradição ambulante. Quando o rapaz joga mal, a torcida vaia. Quando joga bem, vaia também.
Mas, dizia eu, quando ele (o Kléberson) não joga, o time despenca. Quando ele joga mal, da mesma forma.
De resto, a outra boa novidade foi que Léo Moura, o melhor lateral direiro do País voltou a jogar bem.
A zaga ainda provoca calafrios após a aposentadoria do Fábio Luciano.
O disgramado do Adriano ficou de cara amarrada quando foi substituído, mas tem que ser sacado, sim. O cabeça-de-bagre não merece imunidade, mas jogador de qualidade deve ter sempre a tolerância, mas com prazo de validade.
O Cuca deveria prestar uma homenagem à inteligência. Se o Flamengo se mantiver nas cabeças, deixe o moço no banco. Então, ele vai acordar cedo, como os comuns mortais, treinar como os demais e apreender a honrar o Manto sagrado. E a respeitar o Flamengo, que é bem maior que ele.
O Adriano devia mesmo ler o Estatuto de Gafieira, do Billy Blanco, segundo o qual o ambiente exige respeito. Mais ainda o ambiente que nos serviu de berço.
A indigitada janela de transferência já nos ameaça, primeiro com o Ibson. Menos mal, ainda bem que os dólares do exterior provocam solavancos entre os adversários também.
Mas, a verdade que incomoda e angustia um religioso Rubro-Negro é esta: torcer pelo Flamengo é padecer no paraíso. Na maioria das vezes é assim, foi assim ontem.
Quando chega próximo aos minutos finais da refrega, é sofrimento até a última volta do ponteiro. Fica-se a torcer ansiosamente para que relógio ande, mas o desgraçado parece não imprimir velocidade nos segundos que correm. Êta cabrunco, sô...
Até o megaevento do enterro morte do Michael Jackson foi suplantado pela vitória do Rubro-Begro.
Quanto a mim, os problemas do cotidiano, a exemplo das graves e constantes crises de minha maltratada conta bancária, se suavizaram. Estamos na briga.
O Flamengo não tem lá um primor de time. Mas, não é pior do que estão à sua frente na classificação. Inclusive o próprio adversário de ontem.
A posição do time na tabela não correspondia à qualidade do time. É bem verdade que tem sido oscilante. Capaz de dois jogos grandiosos contra o Inter, mas tomar de cinco do Coritiba ou do Sport, adversários infinitamente inferiores.
Mas há um problema sério. O seguinte é esse: há hoje, no Flamengo, um cara que faz a diferença: trata-se de Kléberson, jogador de seleção, que ataca e defende com incrível perfeição. Compensa as recaídas do Ibson.
E ainda se dá ao luxo de caprichar um lançamento de daqueles que o Gérson ou um Didi assinaria embaixo para o gol do Juan. O torcedor é mesmo uma contradição ambulante. Quando o rapaz joga mal, a torcida vaia. Quando joga bem, vaia também.
Mas, dizia eu, quando ele (o Kléberson) não joga, o time despenca. Quando ele joga mal, da mesma forma.
De resto, a outra boa novidade foi que Léo Moura, o melhor lateral direiro do País voltou a jogar bem.
A zaga ainda provoca calafrios após a aposentadoria do Fábio Luciano.
O disgramado do Adriano ficou de cara amarrada quando foi substituído, mas tem que ser sacado, sim. O cabeça-de-bagre não merece imunidade, mas jogador de qualidade deve ter sempre a tolerância, mas com prazo de validade.
O Cuca deveria prestar uma homenagem à inteligência. Se o Flamengo se mantiver nas cabeças, deixe o moço no banco. Então, ele vai acordar cedo, como os comuns mortais, treinar como os demais e apreender a honrar o Manto sagrado. E a respeitar o Flamengo, que é bem maior que ele.
O Adriano devia mesmo ler o Estatuto de Gafieira, do Billy Blanco, segundo o qual o ambiente exige respeito. Mais ainda o ambiente que nos serviu de berço.
A indigitada janela de transferência já nos ameaça, primeiro com o Ibson. Menos mal, ainda bem que os dólares do exterior provocam solavancos entre os adversários também.
Mas, a verdade que incomoda e angustia um religioso Rubro-Negro é esta: torcer pelo Flamengo é padecer no paraíso. Na maioria das vezes é assim, foi assim ontem.
Quando chega próximo aos minutos finais da refrega, é sofrimento até a última volta do ponteiro. Fica-se a torcer ansiosamente para que relógio ande, mas o desgraçado parece não imprimir velocidade nos segundos que correm. Êta cabrunco, sô...
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Encontro com a imprensa
O jornalista Péris Ribeiro tem encontro marcado com a imprensa esportiva carioca, às 19 horas, na sede da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Rio de Janeiro (Acerj). Fala sobre Didi, o saudoso e eterno craque campista, personagem do seu livro "O Gênio da Folha Seca", em sua segunda edição. O lançamento da obra será no próximo dia 13, na Livraria Argumento, no Leblon.
Sarney, o homem incomum
por Leandro Fortes
Há anos, nem me lembro mais quantos, os principais colunistas e repórteres de política do Brasil, sobretudo os de Brasília, reputam ao senador José Sarney uma aura divinal de grande articulador político, uma espécie de gênio da raça dotado do dom da ponderação, da mediação e do diálogo.
Na selva de preservação de fontes que é o Congresso Nacional, estabeleceu-se entre os repórteres ali lotados que gente como Sarney – ou como Antonio Carlos Magalhães, em tempos não tão idos – não precisa ser olhada pelas raízes, mas apenas pelas folhagens.
Esse expediente é, no fim das contas, a razão desse descolamento absurdo do jornalismo brasiliense da realidade política brasileira e, ato contínuo, da desenvoltura criminosa com que deputados e senadores passeiam por certos setores da mídia.
Olhassem Sarney como ele é, um coronel arcaico, chefe de um clã político que há quatro décadas domina a ferro e fogo o Maranhão, estado mais miserável da nação, os jornalistas brasileiros poderiam inaugurar um novo tipo de cobertura política no Brasil.
Começariam por ignorar as mentiras do senador (maranhense, mas eleito pelo Amapá), o que reduziria a exposição de Sarney em mais de 90% no noticiário nacional.
No Maranhão, a família Sarney montou um feudo de cores patéticas por onde desfilam parentes e aliados assentados em cargos públicos, cada qual com uma cópia da chave do tesouro estadual, ao qual recorrem com constância e avidez.
O aparato de segurança é utilizado para perseguir a população pobre e, não raras vezes, para trucidar opositores. A influência política de Sarney foi forte o bastante para garantir a derrubada do governador Jackson Lago, no início do ano, para que a filha, Roseana, fosse reentronizada no cargo que, por direito, imaginam os Sarney, cabem a eles, os donatários do lugar.
José Sarney é uma vergonha para o Brasil desde sempre. Desde antes da Nova República, quando era um político subordinado à ditadura militar e um representante mais do que típico da elite brasileira eleita pelos generais para arruinar o projeto de nação – rico e popular – que se anunciava nos anos 1960.
Conservador, patrimonialista e cheio dessa falsa erudição tão típica aos escritores de quinta, José Sarney foi o último pesadelo coletivo a nós impingido pela ditadura, a mesma que ele, Sarney, vergonhosamente abandonou e renegou quando dela não podia mais se locupletar.
Talvez essa peculiaridade, a de adesista profissional, seja o que de mais temerário e repulsivo o senador José Sarney carregue na trouxa política que carrega Brasil afora, desde que um mau destino o colocou na Presidência da República, em março de 1985, após a morte de Tancredo Neves.
Ainda assim, ao longo desses tantos anos, repórteres e colunistas brasileiros insistiram na imagem brasiliense do Sarney cordial, erudito e mestre em articulação política.
É preciso percorrer o interior do Maranhão, como já fiz em algumas oportunidades, para estabelecer a dimensão exata dessa visão perversa e inaceitável do jornalismo político nacional, alegremente autorizado por uma cobertura movida pelos interesses de uns e pelo puxa-saquismo de outros.
Ao olhar para Sarney, os repórteres do Congresso Nacional deveriam visualizar as casas imundas de taipa e palha do sertão maranhense, as pústulas dos olhos das crianças subnutridas daquele estado, várias gerações marcadas pela verminose crônica e pela subnutrição idem.
Aí, saberiam o que perguntar ao senador, ao invés de elogiar-lhe e, desgraçadamente, conceder-lhe salvo conduto para, apesar de ser o desastre que sempre foi, voltar à presidência do Senado Federal.
Tem razão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar, embora pela lógica do absurdo, que José Sarney não pode ser julgado como um homem comum.
É verdade. O homem comum, esse que acorda cedo para trabalhar, que parte da perspectiva diária da labuta incerta pelo alimento e pelo sucesso, esse homem, que perde horas no transporte coletivo e nas muitas filas da vida para, no fim do mês, decidir-se pelo descanso ou pelas contas, esse comum é, basicamente, honesto e solidário. Sarney é o homem incomum.
No futuro, Lula não será julgado pela História somente por essa declaração infeliz e injusta, mas por ter se submetido tão confortavelmente às chantagens políticas de José Sarney, a ponto de achá-lo intocável e especial.
Em nome da governabilidade, esse conceito em forma de gosma fisiológica e imoral da qual se alimenta a escória da política brasileira, Lula, como seus antecessores, achou a justificativa prática para se aliar a gente como os Sarney, os Magalhães e os Jucá.
Pelo apoio de José Sarney, o presidente entregou à própria sorte as mais de seis milhões de almas do Maranhão, às quais, desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003, só foi visitar esse ano, quando das enchentes de outono, mesmo assim, depois que Jackson Lago foi apeado do poder.
Teria feito melhor e engrandecido a própria biografia se tivesse descido em São Luís para visitar o juiz Jorge Moreno. Ex-titular da comarca de Santa Quitéria, no sertão maranhense, Moreno ficou conhecido mundialmente por ter conseguido erradicar daquele município e de regiões próximas o sub-registro civil crônico, uma das máculas das seguidas administrações da família Sarney no estado.
Ao conceder certidão de nascimento e carteira de identidade para 100% daquela população, o juiz contaminou de cidadania uma massa de gente tratada, até então, como gado sarneyzista.
Por conta disso, Jorge Moreno foi homenageado pelas Nações Unidas e, no Brasil, viu o nome de Santa Quitéria virar nome de categoria do Prêmio Direitos Humanos, concedido anualmente pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República a, justamente, aqueles que lutam contra o sub-registro civil no País.
Em seguida, Jorge Moreno denunciou o uso eleitoral das verbas federais do Programa Luz Para Todos pelos aliados de Sarney, sob o comando, então, do ministro das Minas e Energia Silas Rondeau – este um empregado da família colocado como ministro-títere dentro do governo Lula, mas de lá defenestrado sob a acusação, da Polícia Federal, de comandar uma quadrilha especializada em fraudar licitações públicas.
Foi o bastante para o magistrado nunca mais poder respirar no Maranhão. Em 2006, o Tribunal de Justiça do Maranhão, infestado de aliados e parentes dos Sarney, afastou Moreno das funções de juiz de Santa Quitéria, sob a acusação de que ele, ao denunciar as falcatruas do clã, estava desenvolvendo uma ação político-partidária.
Em abril passado, ele foi aposentado, compulsoriamente, aos 42 anos de idade. Uma dos algozes do juiz, a corregedora (?) do TER maranhense, é a desembargadora Nelma Sarney, casada com Ronaldo Sarney, irmão de José Sarney.
Há poucos dias, vi a cara do senador José Sarney na tribuna do Senado. Trêmulo, pálido e murcho, tentava desmentir o indesmentível. Pego com a boca na botija, o tribuno brilhante, erudito e ponderado, a raposa velha indispensável aos planos de governabilidade do Brasil virou, de um dia para a noite, o mascate dos atos secretos do Senado.
Ao terminar de falar, havia se reduzido a uma massa subnutrida de dignidade, famélica, anêmica pela falta da proteína da verdade. Era um personagem bizarro enfiado, a socos de pilão, em um jaquetão coberto de goma.
Na mesma hora, pensei no povo do Maranhão.
PS - Este artigo, publicado na revista Carta Capital, revela o que muitos já conhecem desta figura perniciosa, um câncer na vida nacional, legítimo representante do que de pior existe na política brasileira e deveria que ser banida há muito. Ainda chegaremos lá. Trata-se do último alicerce do entulho autoritário, embora por sua afabilidade, aparente ser um democrata, tratado como estadista pela generosa mídia brasileira.
Há anos, nem me lembro mais quantos, os principais colunistas e repórteres de política do Brasil, sobretudo os de Brasília, reputam ao senador José Sarney uma aura divinal de grande articulador político, uma espécie de gênio da raça dotado do dom da ponderação, da mediação e do diálogo.
Na selva de preservação de fontes que é o Congresso Nacional, estabeleceu-se entre os repórteres ali lotados que gente como Sarney – ou como Antonio Carlos Magalhães, em tempos não tão idos – não precisa ser olhada pelas raízes, mas apenas pelas folhagens.
Esse expediente é, no fim das contas, a razão desse descolamento absurdo do jornalismo brasiliense da realidade política brasileira e, ato contínuo, da desenvoltura criminosa com que deputados e senadores passeiam por certos setores da mídia.
Olhassem Sarney como ele é, um coronel arcaico, chefe de um clã político que há quatro décadas domina a ferro e fogo o Maranhão, estado mais miserável da nação, os jornalistas brasileiros poderiam inaugurar um novo tipo de cobertura política no Brasil.
Começariam por ignorar as mentiras do senador (maranhense, mas eleito pelo Amapá), o que reduziria a exposição de Sarney em mais de 90% no noticiário nacional.
No Maranhão, a família Sarney montou um feudo de cores patéticas por onde desfilam parentes e aliados assentados em cargos públicos, cada qual com uma cópia da chave do tesouro estadual, ao qual recorrem com constância e avidez.
O aparato de segurança é utilizado para perseguir a população pobre e, não raras vezes, para trucidar opositores. A influência política de Sarney foi forte o bastante para garantir a derrubada do governador Jackson Lago, no início do ano, para que a filha, Roseana, fosse reentronizada no cargo que, por direito, imaginam os Sarney, cabem a eles, os donatários do lugar.
José Sarney é uma vergonha para o Brasil desde sempre. Desde antes da Nova República, quando era um político subordinado à ditadura militar e um representante mais do que típico da elite brasileira eleita pelos generais para arruinar o projeto de nação – rico e popular – que se anunciava nos anos 1960.
Conservador, patrimonialista e cheio dessa falsa erudição tão típica aos escritores de quinta, José Sarney foi o último pesadelo coletivo a nós impingido pela ditadura, a mesma que ele, Sarney, vergonhosamente abandonou e renegou quando dela não podia mais se locupletar.
Talvez essa peculiaridade, a de adesista profissional, seja o que de mais temerário e repulsivo o senador José Sarney carregue na trouxa política que carrega Brasil afora, desde que um mau destino o colocou na Presidência da República, em março de 1985, após a morte de Tancredo Neves.
Ainda assim, ao longo desses tantos anos, repórteres e colunistas brasileiros insistiram na imagem brasiliense do Sarney cordial, erudito e mestre em articulação política.
É preciso percorrer o interior do Maranhão, como já fiz em algumas oportunidades, para estabelecer a dimensão exata dessa visão perversa e inaceitável do jornalismo político nacional, alegremente autorizado por uma cobertura movida pelos interesses de uns e pelo puxa-saquismo de outros.
Ao olhar para Sarney, os repórteres do Congresso Nacional deveriam visualizar as casas imundas de taipa e palha do sertão maranhense, as pústulas dos olhos das crianças subnutridas daquele estado, várias gerações marcadas pela verminose crônica e pela subnutrição idem.
Aí, saberiam o que perguntar ao senador, ao invés de elogiar-lhe e, desgraçadamente, conceder-lhe salvo conduto para, apesar de ser o desastre que sempre foi, voltar à presidência do Senado Federal.
Tem razão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar, embora pela lógica do absurdo, que José Sarney não pode ser julgado como um homem comum.
É verdade. O homem comum, esse que acorda cedo para trabalhar, que parte da perspectiva diária da labuta incerta pelo alimento e pelo sucesso, esse homem, que perde horas no transporte coletivo e nas muitas filas da vida para, no fim do mês, decidir-se pelo descanso ou pelas contas, esse comum é, basicamente, honesto e solidário. Sarney é o homem incomum.
No futuro, Lula não será julgado pela História somente por essa declaração infeliz e injusta, mas por ter se submetido tão confortavelmente às chantagens políticas de José Sarney, a ponto de achá-lo intocável e especial.
Em nome da governabilidade, esse conceito em forma de gosma fisiológica e imoral da qual se alimenta a escória da política brasileira, Lula, como seus antecessores, achou a justificativa prática para se aliar a gente como os Sarney, os Magalhães e os Jucá.
Pelo apoio de José Sarney, o presidente entregou à própria sorte as mais de seis milhões de almas do Maranhão, às quais, desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003, só foi visitar esse ano, quando das enchentes de outono, mesmo assim, depois que Jackson Lago foi apeado do poder.
Teria feito melhor e engrandecido a própria biografia se tivesse descido em São Luís para visitar o juiz Jorge Moreno. Ex-titular da comarca de Santa Quitéria, no sertão maranhense, Moreno ficou conhecido mundialmente por ter conseguido erradicar daquele município e de regiões próximas o sub-registro civil crônico, uma das máculas das seguidas administrações da família Sarney no estado.
Ao conceder certidão de nascimento e carteira de identidade para 100% daquela população, o juiz contaminou de cidadania uma massa de gente tratada, até então, como gado sarneyzista.
Por conta disso, Jorge Moreno foi homenageado pelas Nações Unidas e, no Brasil, viu o nome de Santa Quitéria virar nome de categoria do Prêmio Direitos Humanos, concedido anualmente pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República a, justamente, aqueles que lutam contra o sub-registro civil no País.
Em seguida, Jorge Moreno denunciou o uso eleitoral das verbas federais do Programa Luz Para Todos pelos aliados de Sarney, sob o comando, então, do ministro das Minas e Energia Silas Rondeau – este um empregado da família colocado como ministro-títere dentro do governo Lula, mas de lá defenestrado sob a acusação, da Polícia Federal, de comandar uma quadrilha especializada em fraudar licitações públicas.
Foi o bastante para o magistrado nunca mais poder respirar no Maranhão. Em 2006, o Tribunal de Justiça do Maranhão, infestado de aliados e parentes dos Sarney, afastou Moreno das funções de juiz de Santa Quitéria, sob a acusação de que ele, ao denunciar as falcatruas do clã, estava desenvolvendo uma ação político-partidária.
Em abril passado, ele foi aposentado, compulsoriamente, aos 42 anos de idade. Uma dos algozes do juiz, a corregedora (?) do TER maranhense, é a desembargadora Nelma Sarney, casada com Ronaldo Sarney, irmão de José Sarney.
Há poucos dias, vi a cara do senador José Sarney na tribuna do Senado. Trêmulo, pálido e murcho, tentava desmentir o indesmentível. Pego com a boca na botija, o tribuno brilhante, erudito e ponderado, a raposa velha indispensável aos planos de governabilidade do Brasil virou, de um dia para a noite, o mascate dos atos secretos do Senado.
Ao terminar de falar, havia se reduzido a uma massa subnutrida de dignidade, famélica, anêmica pela falta da proteína da verdade. Era um personagem bizarro enfiado, a socos de pilão, em um jaquetão coberto de goma.
Na mesma hora, pensei no povo do Maranhão.
PS - Este artigo, publicado na revista Carta Capital, revela o que muitos já conhecem desta figura perniciosa, um câncer na vida nacional, legítimo representante do que de pior existe na política brasileira e deveria que ser banida há muito. Ainda chegaremos lá. Trata-se do último alicerce do entulho autoritário, embora por sua afabilidade, aparente ser um democrata, tratado como estadista pela generosa mídia brasileira.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Quem é quem
O ex-governador e virtual candidato virtual ao governo estadual, Anthony Garotinho, terá que dirimir uma dúvida cruel em Cabo Frio, onde o prefeito Marquinhos Mendes dá a entender que irá apoiar a reeleição do governador Sérgio Cabral.
Entretanto, o irmão do prefeito, Carlos Victor Rocha Mendes (sem partido), do seu estafe político, declarou na semana passada ao jornal Folha dos Lagos que há uma tendência em seu grupo político em apoiar Garotinho. Victor é secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Cabo Frio.
A propósito, o proprietário da Folha dos Lagos, jornalista Moacir Cabral, que militou por muitos anos na imprensa campista, anuncia uma festa de arromba por conta dos 20 anos de atividades do diário cabofriense.
Entretanto, o irmão do prefeito, Carlos Victor Rocha Mendes (sem partido), do seu estafe político, declarou na semana passada ao jornal Folha dos Lagos que há uma tendência em seu grupo político em apoiar Garotinho. Victor é secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Cabo Frio.
A propósito, o proprietário da Folha dos Lagos, jornalista Moacir Cabral, que militou por muitos anos na imprensa campista, anuncia uma festa de arromba por conta dos 20 anos de atividades do diário cabofriense.
O bicho tá pegando
Homens da Polícia Federal estão na manhã desta quinta-feira na residência do vereador Marcos Bacellar (PT do B). Ainda não se sabe o motivo da incursão policial, já que os policiais não se pronunciaram.
As informações são do site Ururau, que acompanha o caso e anuncia mais informações a qualquer momento.
As informações são do site Ururau, que acompanha o caso e anuncia mais informações a qualquer momento.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
O último dos coronéis
Volto hoje com a corda toda após ócio reparador. Chega de refresco. É hora do batente, arregaçar as mangas é preciso, enquanto houver forças e razões para a luta e o bom combate que move os homens de boa fé.
Livrei-me da tortura que o Flamengo ora me reserva. Mas, nos meus sagrados dias de vagar e preguiça oficial, não deu pra ficar indiferente ao noticiário que envolveu Michael Jackson (dele falo depois) e o Zé Sarney, ele mesmo, o último remanescente da ditadura, o último dos coronéis que conferem ao país o título de eterno pais do futuro. O futuro deles, entretanto, está garantido.
Enquanto tenho meu olfato intoxicado pelos detritos insalubres do Congresso, pus-me a pensar no individuo José Ribamar, mais conhecido pela alcunha de Sarney, um político brasileiro que tem se sustentado como o ultimo bastião do retrocesso no País.
No entanto, ainda que sempre sujo até o pescoço com transações tenebrosas, este mesmo senhor recebe a maior distinção e reverência por grande parte da imprensa brasileira, que lhe conferem status de estadista, sobretudo os grandes jornalões.
O Brasil tá morto, nós estamos mortos e perdidos mas é o que comprova o perfil atrasado da mídia tupiniquim, sempre pronta a ajoelhar-se diante dos poderosos que se enriquecem à custas da miséria desta terra de Santa Cruz e suas capitanias hereditárias.
Entre fraudes evidentes, desvios de verbas, manobras sórdidas, benesses vergonhosas e vantagens imorais, o tal sujeito, dono do Maranhão, desfila com sua pose de intelectual provinciano nos salões solenes da cultura oficial deste país de bruzundangas, tão subdesenvolvido como ele.
No Maranhão, costuma-se dizer que os Sarney só não são donos do mar, embora O Dono do Mar seja um de seus livros. Seria uma auto-referência?
Pela legislação que norteia as concessões no Brasil, é vedada a condição de concessionário de emissoras a políticos como mandato. Mas Sarney, com o seu clã, é dono de quatro emissoras de televisão, que transmitem a programação da Rede Globo para todo o Estado. O grupo também controla o jornal O Estado do Maranhão, o maior diário de São Luís. É dono ainda de catorze emissoras de rádio espalhadas pela capital e pelo interior., entre outros negócios.
Dispõem ainda os Sarney de três mansões na Ilha do Curupu, uma reserva ambiental privada localizada nas proximidades de São Luís, à qual só é possível chegar de barco ou avião.
O cacique ficou sem mandato em apenas três anos, mas o patriarca conseguiu transformar a política num grande negócio que lhe rendeu uma fortuna calculada em R$ 125 milhões.
O Maranhão bem que merece ocupar um dos piores lugares no ranking do IDH no País, superando até o Piauí como campeão de miséria. Cada povo tem o cacique (ou seria o algoz?) que merece.
Nestas mais de quatro décadas, o estado vive sempre a mesma pobreza miserável, mas o clã dos Sarney continua cada vez mais próspero.
Duvide-o-dó se Sarney irá para o cadafalso moral tendo essa corja que povoa o Senado como julgadores. Um país como o Brasil não tem o hábito de mandar pilantras do colarinho branco para a cadeia. Lembremos de Renan, Romero Jucá e Jader Barbalho, entre outros que conseguiram safar-se graças ao coorporativismo (ou seria falta de vergonha?) de seus pares.
Livrei-me da tortura que o Flamengo ora me reserva. Mas, nos meus sagrados dias de vagar e preguiça oficial, não deu pra ficar indiferente ao noticiário que envolveu Michael Jackson (dele falo depois) e o Zé Sarney, ele mesmo, o último remanescente da ditadura, o último dos coronéis que conferem ao país o título de eterno pais do futuro. O futuro deles, entretanto, está garantido.
Enquanto tenho meu olfato intoxicado pelos detritos insalubres do Congresso, pus-me a pensar no individuo José Ribamar, mais conhecido pela alcunha de Sarney, um político brasileiro que tem se sustentado como o ultimo bastião do retrocesso no País.
No entanto, ainda que sempre sujo até o pescoço com transações tenebrosas, este mesmo senhor recebe a maior distinção e reverência por grande parte da imprensa brasileira, que lhe conferem status de estadista, sobretudo os grandes jornalões.
O Brasil tá morto, nós estamos mortos e perdidos mas é o que comprova o perfil atrasado da mídia tupiniquim, sempre pronta a ajoelhar-se diante dos poderosos que se enriquecem à custas da miséria desta terra de Santa Cruz e suas capitanias hereditárias.
Entre fraudes evidentes, desvios de verbas, manobras sórdidas, benesses vergonhosas e vantagens imorais, o tal sujeito, dono do Maranhão, desfila com sua pose de intelectual provinciano nos salões solenes da cultura oficial deste país de bruzundangas, tão subdesenvolvido como ele.
No Maranhão, costuma-se dizer que os Sarney só não são donos do mar, embora O Dono do Mar seja um de seus livros. Seria uma auto-referência?
Pela legislação que norteia as concessões no Brasil, é vedada a condição de concessionário de emissoras a políticos como mandato. Mas Sarney, com o seu clã, é dono de quatro emissoras de televisão, que transmitem a programação da Rede Globo para todo o Estado. O grupo também controla o jornal O Estado do Maranhão, o maior diário de São Luís. É dono ainda de catorze emissoras de rádio espalhadas pela capital e pelo interior., entre outros negócios.
Dispõem ainda os Sarney de três mansões na Ilha do Curupu, uma reserva ambiental privada localizada nas proximidades de São Luís, à qual só é possível chegar de barco ou avião.
O cacique ficou sem mandato em apenas três anos, mas o patriarca conseguiu transformar a política num grande negócio que lhe rendeu uma fortuna calculada em R$ 125 milhões.
O Maranhão bem que merece ocupar um dos piores lugares no ranking do IDH no País, superando até o Piauí como campeão de miséria. Cada povo tem o cacique (ou seria o algoz?) que merece.
Nestas mais de quatro décadas, o estado vive sempre a mesma pobreza miserável, mas o clã dos Sarney continua cada vez mais próspero.
Duvide-o-dó se Sarney irá para o cadafalso moral tendo essa corja que povoa o Senado como julgadores. Um país como o Brasil não tem o hábito de mandar pilantras do colarinho branco para a cadeia. Lembremos de Renan, Romero Jucá e Jader Barbalho, entre outros que conseguiram safar-se graças ao coorporativismo (ou seria falta de vergonha?) de seus pares.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
De volta à labuta
Já preguei aqui mais de uma vez que repilo essa idéia mentirosa de que o trabalho enobrece. Por essas e outras que tirei uma férias, mesmo a contragosto de uns tarados campeões do labor, que só pensam em manter o status quo nesta capitania hereditária que já foi dos goytacazes e nestes tristes trópicos periférios do polo sul.
Já me disseram (e associei-me à tese) que o trabalho também estressa e enriquece o patrão nas sociedades quase feudais ou pré-capitalistas como o nosso País varonil.
Antes que me chamem de vagabundo, inútil e estéril, devo informar que tenho o mau costume de trabalhar todos os dias da semana.
O que me cerceia no sagrado direito ao prazer da contemplação.
Como tenho pouco tempo para refletir — pois o restante do meus dias do ano só trabalho, dou duro danado pra sobreviver — resta-me o exercício sagrado do ócio pelo menos alguns dias no ano.
Ademais, é duro ter que trabalhar todos os dias e aguentar tanta azucrinação da patuscada do arco-iris, por conta do Flamengo, ao qual resolvi dar um tempo por seu comportamento sem-vergonha, pior do que o Senado.
Como conselho e copo d´água só se dá a quem pede, como já dizia minha avó, renunciei minhas piruadas. Essa cambada não merece que gaste aqui meu latim, após os dez gols dos pernambucanos e coritibanos, dois times de segunda divisão.
Como este blog prima pela seriedade e bons modos, não tratarei aqui hoje desses assuntos obscenos.
Porque não passa de uma sacanagem o que esse bando de meninos paparicados do Cuca vem fazendo com a Nação Rubro-Negra e o Mais Querido do Brasil, o clube brasileiro que mais levantou troféus internacionais pelo mundo afora (royalties para pesquisas do Péris Ribeiro).
Fui, parei e só volto em edição extraordinária ou quando um fato relevante justificar uma chamada.
E mais: águas passadas não movem moinhos e ainda podem causar problemas domésticos.
Já me disseram (e associei-me à tese) que o trabalho também estressa e enriquece o patrão nas sociedades quase feudais ou pré-capitalistas como o nosso País varonil.
Antes que me chamem de vagabundo, inútil e estéril, devo informar que tenho o mau costume de trabalhar todos os dias da semana.
O que me cerceia no sagrado direito ao prazer da contemplação.
Como tenho pouco tempo para refletir — pois o restante do meus dias do ano só trabalho, dou duro danado pra sobreviver — resta-me o exercício sagrado do ócio pelo menos alguns dias no ano.
Ademais, é duro ter que trabalhar todos os dias e aguentar tanta azucrinação da patuscada do arco-iris, por conta do Flamengo, ao qual resolvi dar um tempo por seu comportamento sem-vergonha, pior do que o Senado.
Como conselho e copo d´água só se dá a quem pede, como já dizia minha avó, renunciei minhas piruadas. Essa cambada não merece que gaste aqui meu latim, após os dez gols dos pernambucanos e coritibanos, dois times de segunda divisão.
Como este blog prima pela seriedade e bons modos, não tratarei aqui hoje desses assuntos obscenos.
Porque não passa de uma sacanagem o que esse bando de meninos paparicados do Cuca vem fazendo com a Nação Rubro-Negra e o Mais Querido do Brasil, o clube brasileiro que mais levantou troféus internacionais pelo mundo afora (royalties para pesquisas do Péris Ribeiro).
Fui, parei e só volto em edição extraordinária ou quando um fato relevante justificar uma chamada.
E mais: águas passadas não movem moinhos e ainda podem causar problemas domésticos.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Os algozes dos velhinhos
Seguinte: não dá pra tratar este assunto com humor e informalidade, como convém a proposta deste blog, que muito honrosamente sai de sua irreverência habitual para bradar contra essa indignidade que trato a seguir.
É que aposentados de todo o País estão nas ruas a mostrar a cara dos nossos ilibados deputados que devem votar contra as medidas favoráveis aos nossos veteranos e respeitáveis cidadãos. Vão mostrar a cara de seus algozes em outdoors espalhados por estas nossas 27 e tantas capitanias hereditárias.
A primeira pergunta que deveria ser feita aos que têm a coragem de praticar a canalhice de votar contra os aposentados seria a seguinte: Tens mãe? Tens pai?
O Brasil oficial, como dizia o menino Machado, é um país assim. Somos assim, bem ordinários, como aquela reles publicação que circula nesta capitania de São Thomé. A nossa cultura não nos permite respeitar o passado, a história dos que ajudaram a construir esta nação.
A mentalidade produtivista impõe aos pragmáticos tecnocratas uma frieza estarrecedora quando retira direitos de pessoas quase indefesas, que gastam fortunas (sem ter como gastar) com medicamentos para continuar sobrevivendo pelo menos por mais alguns anos ao lado de suas famílias.
O Brasil seria bem melhor se todos os cidadãos, todas as categorias, se mobilizassem para escancarar com todas letras e imagens as caras desses traidores das boas causas nas ruas deste País.
Toda Nação, por exemplo, saberia quem são os inimigos de um projeto nacionalista para este, ao terem apoiado o plano entreguista de FHC quando tentou jogar a Petrobras nas mãos dos gringos.
Quanto aos nossos vetustos senhores aposentados, que eles encontrem forças para lutar contra os abomináveis algozes do Congresso.
Trata-se de uma tremenda injustiça do governo ao limitar os reajustes de pensionistas e aposentados que recebem acima do salário mínimo.
Outra baita sacanagem é a humilhação contra quem anos atrás aposentou-se com cinco salários mínimos, porque descontou a vida inteira percentual equivalente, hoje vê seu benefício reduzido a dois. Em breve estará limitado por um.
A alegação do governo de que não há dinheiro é absurda e soa como desdém a uma categoria que não possui poder de pressão. Basta agendar os direitos dos aposentados e pensionistas como questão de prioridade absoluta.
Com todo o respeito, há dinheiro sim. Primeiro, para pagar juros cada vez mais altos aos especuladores nacionais e estrangeiros, sem esquecer a farra dos bancos.
Depois, para subsidiar mais de 50 mil ONGs que mamam nas tetas do Tesouro Nacional, boa parte delas fajutas, integradas por companheiros dependurados em ministérios e empresas estatais.
Como, também, para a criação de um fundo destinado a utilizar milhões de dólares, lá fora, para o ministro Guido Mantega atender exigências de multinacionais. Dinheiro também há para pagar 36 mil aquinhoados com cargos DAS federais, por coincidência quase todos militantes do PT.
Sem falar nos recursos do BNDES doados a empresas privadas para a aquisição de empresas estatais ou, simplesmente, para acobertar sinecuras com prefeituras ocupadas pelos amigos. Até para comprar mais dois aviões que servirão para escoltar o Aerolula não falta numerário.
Por último, centenas de milhões de reais existem para atender a liberação das emendas individuais ao orçamento apresentadas por deputados amigos e senadores amestrados, daqueles capazes de valorizar seu voto em favor do governo.
É que aposentados de todo o País estão nas ruas a mostrar a cara dos nossos ilibados deputados que devem votar contra as medidas favoráveis aos nossos veteranos e respeitáveis cidadãos. Vão mostrar a cara de seus algozes em outdoors espalhados por estas nossas 27 e tantas capitanias hereditárias.
A primeira pergunta que deveria ser feita aos que têm a coragem de praticar a canalhice de votar contra os aposentados seria a seguinte: Tens mãe? Tens pai?
O Brasil oficial, como dizia o menino Machado, é um país assim. Somos assim, bem ordinários, como aquela reles publicação que circula nesta capitania de São Thomé. A nossa cultura não nos permite respeitar o passado, a história dos que ajudaram a construir esta nação.
A mentalidade produtivista impõe aos pragmáticos tecnocratas uma frieza estarrecedora quando retira direitos de pessoas quase indefesas, que gastam fortunas (sem ter como gastar) com medicamentos para continuar sobrevivendo pelo menos por mais alguns anos ao lado de suas famílias.
O Brasil seria bem melhor se todos os cidadãos, todas as categorias, se mobilizassem para escancarar com todas letras e imagens as caras desses traidores das boas causas nas ruas deste País.
Toda Nação, por exemplo, saberia quem são os inimigos de um projeto nacionalista para este, ao terem apoiado o plano entreguista de FHC quando tentou jogar a Petrobras nas mãos dos gringos.
Quanto aos nossos vetustos senhores aposentados, que eles encontrem forças para lutar contra os abomináveis algozes do Congresso.
Trata-se de uma tremenda injustiça do governo ao limitar os reajustes de pensionistas e aposentados que recebem acima do salário mínimo.
Outra baita sacanagem é a humilhação contra quem anos atrás aposentou-se com cinco salários mínimos, porque descontou a vida inteira percentual equivalente, hoje vê seu benefício reduzido a dois. Em breve estará limitado por um.
A alegação do governo de que não há dinheiro é absurda e soa como desdém a uma categoria que não possui poder de pressão. Basta agendar os direitos dos aposentados e pensionistas como questão de prioridade absoluta.
Com todo o respeito, há dinheiro sim. Primeiro, para pagar juros cada vez mais altos aos especuladores nacionais e estrangeiros, sem esquecer a farra dos bancos.
Depois, para subsidiar mais de 50 mil ONGs que mamam nas tetas do Tesouro Nacional, boa parte delas fajutas, integradas por companheiros dependurados em ministérios e empresas estatais.
Como, também, para a criação de um fundo destinado a utilizar milhões de dólares, lá fora, para o ministro Guido Mantega atender exigências de multinacionais. Dinheiro também há para pagar 36 mil aquinhoados com cargos DAS federais, por coincidência quase todos militantes do PT.
Sem falar nos recursos do BNDES doados a empresas privadas para a aquisição de empresas estatais ou, simplesmente, para acobertar sinecuras com prefeituras ocupadas pelos amigos. Até para comprar mais dois aviões que servirão para escoltar o Aerolula não falta numerário.
Por último, centenas de milhões de reais existem para atender a liberação das emendas individuais ao orçamento apresentadas por deputados amigos e senadores amestrados, daqueles capazes de valorizar seu voto em favor do governo.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Parem de sacanagem
O Nordeste em peso saiu de casa ou foi às ruas apinhando botecos para ficar em frente ao aparelho de TV pra ver jogar o legítimo Rubro Negro, Campeão Sul-Americano e Campeão Mundial de 1981, por isto conhecido internacionalmente.
Ah, ia me esquecendo, também maior ganhador de torneios internacionais pelo mundo afora, sustenta o mestre Péris Ribeiro, enciclopédia ambulante do esporte.
A verdade é que há jogadores no Flamengo que, ou não sabem da importância do que é vestir o Manto Sagrado ou não tem mesmo capacidade de envergar aquele hábito.
Aceito perder, derrota faz parte do jogo, mas em circunstancias dessas, é sacanagem da grossa.
O leão era manso, provou no início, a fera estava acuada, mas quando viu que o Flamengo é que era frouxo, caçador pouco inteligente com sua presa, partiu pra cima.
A verdade é que o original Rubro-Negro fez 2 a 0 e queria administrar o troço até o apito final de sua senhoria...(no meu tempo, os juizes eram tratados com mais respeito, talvez porque menos ladrões).
Cometeram um erro de avaliação que lhes foi fatal: menosprezar a fera em seu reduto.
Há uma enorme diferença entre o clube Sporte e o time. O clube, não se pode comparar, é infinitamente inferior ao Flamengo, tem importância apenas regional. Já o time, a diferença não é lá muita coisa. E tem gente ali no Sporte que jogaria fácil nesse time do Flamengo.
A nossa defesa bem que poderia ter o apelido de peneira ou então Avenida Agamenon Magalhães, a maior e mais larga do Recife.
Antes, era os atacantes que não marcavam, antes aqueles gols do Joziel, só os zagueiros balançavam a roseira. Agora, os marmanjos da defesa deram de jogar de atacantes, mas para o adversário.
Com tamanha generosidade, pareciam recepcionistas de hotéis quando recebem gringos na semana do carnaval recifense.
Na minha pelada, quem comete erros infantis daqueles não volta no jogo seguinte...
Aceitar a saida de Fábio Luciano para justificar a tremenda peneira que virou essa defesa em menos de 15 minutos é forçar a barra.
Bruno, com salto alto tipo Luiz XV, tirando onda de bom de sela, tem que ser posto de castigo, como se fazia nos colégios de antanho, tipo assim, escrever no quadro negro 100 mil vezes: "Não sou, nunca fui, nunca serei nenhum Banks, nenhum Maier, nenhum Yashin, Carrizo... não sou nenhum Dasaev e, com relação ao nosso Júlio César, tenho que comer muita grama ainda pra chegar lá".
O Leonardo Moura, tenho uma solução, além daquela que fiz para o Bruno: ele não é, nunca vai ser, um Leandro ou um Carlos Alberto Torres. Deve também passar noites na concentraçao assistindo taipes desses dois cracaços da lateral (ala é o cacete, como me recuso também denominar passe de assistência).
Outra receita: ficar nessa de eterno peladeiro, correndo pra todo lado, é a receita para nunca chegar à seleção.
Outra coisa: tá na hora do Cuca se mexer, botar o Everton pra jogar, o menino é bom de bola, atrevido. E, não se esqueça nunca, Cuca. Para treinar o Flamengo é preciso conhecer um pouco de Flamengo, onde, reza a lenda da tradição, os santos de casa fazem milagres. E, se preciso, barre o Léo Moura.
De resto, uma coça de urtiga pra esses marmanjos que não estão sabendo honrar o Mundo e as sagradas tradições no imortal e eterno Clube de Regatas do Flamengo.
Entro de férias e, como ensinava o menino Bandeira, vou me embora pra Pasargada (com um "s" apenas, revisor), mas deixo um recado, um aviso pros meninos. Vamos parar de sacanagem, não é conveniente, não é de bom alvitre brincar com uma instituição chamada Nação Rubro-Negra.
Ah, ia me esquecendo, também maior ganhador de torneios internacionais pelo mundo afora, sustenta o mestre Péris Ribeiro, enciclopédia ambulante do esporte.
A verdade é que há jogadores no Flamengo que, ou não sabem da importância do que é vestir o Manto Sagrado ou não tem mesmo capacidade de envergar aquele hábito.
Aceito perder, derrota faz parte do jogo, mas em circunstancias dessas, é sacanagem da grossa.
O leão era manso, provou no início, a fera estava acuada, mas quando viu que o Flamengo é que era frouxo, caçador pouco inteligente com sua presa, partiu pra cima.
A verdade é que o original Rubro-Negro fez 2 a 0 e queria administrar o troço até o apito final de sua senhoria...(no meu tempo, os juizes eram tratados com mais respeito, talvez porque menos ladrões).
Cometeram um erro de avaliação que lhes foi fatal: menosprezar a fera em seu reduto.
Há uma enorme diferença entre o clube Sporte e o time. O clube, não se pode comparar, é infinitamente inferior ao Flamengo, tem importância apenas regional. Já o time, a diferença não é lá muita coisa. E tem gente ali no Sporte que jogaria fácil nesse time do Flamengo.
A nossa defesa bem que poderia ter o apelido de peneira ou então Avenida Agamenon Magalhães, a maior e mais larga do Recife.
Antes, era os atacantes que não marcavam, antes aqueles gols do Joziel, só os zagueiros balançavam a roseira. Agora, os marmanjos da defesa deram de jogar de atacantes, mas para o adversário.
Com tamanha generosidade, pareciam recepcionistas de hotéis quando recebem gringos na semana do carnaval recifense.
Na minha pelada, quem comete erros infantis daqueles não volta no jogo seguinte...
Aceitar a saida de Fábio Luciano para justificar a tremenda peneira que virou essa defesa em menos de 15 minutos é forçar a barra.
Bruno, com salto alto tipo Luiz XV, tirando onda de bom de sela, tem que ser posto de castigo, como se fazia nos colégios de antanho, tipo assim, escrever no quadro negro 100 mil vezes: "Não sou, nunca fui, nunca serei nenhum Banks, nenhum Maier, nenhum Yashin, Carrizo... não sou nenhum Dasaev e, com relação ao nosso Júlio César, tenho que comer muita grama ainda pra chegar lá".
O Leonardo Moura, tenho uma solução, além daquela que fiz para o Bruno: ele não é, nunca vai ser, um Leandro ou um Carlos Alberto Torres. Deve também passar noites na concentraçao assistindo taipes desses dois cracaços da lateral (ala é o cacete, como me recuso também denominar passe de assistência).
Outra receita: ficar nessa de eterno peladeiro, correndo pra todo lado, é a receita para nunca chegar à seleção.
Outra coisa: tá na hora do Cuca se mexer, botar o Everton pra jogar, o menino é bom de bola, atrevido. E, não se esqueça nunca, Cuca. Para treinar o Flamengo é preciso conhecer um pouco de Flamengo, onde, reza a lenda da tradição, os santos de casa fazem milagres. E, se preciso, barre o Léo Moura.
De resto, uma coça de urtiga pra esses marmanjos que não estão sabendo honrar o Mundo e as sagradas tradições no imortal e eterno Clube de Regatas do Flamengo.
Entro de férias e, como ensinava o menino Bandeira, vou me embora pra Pasargada (com um "s" apenas, revisor), mas deixo um recado, um aviso pros meninos. Vamos parar de sacanagem, não é conveniente, não é de bom alvitre brincar com uma instituição chamada Nação Rubro-Negra.
domingo, 7 de junho de 2009
A mãe de todas as batalhas
Amigos, vos asseguro que a mãe de todas as batalhas nordestinas é a peleja de logo mais no Recife.
Não tem Guerra dos Guararapes, Revolução Pernambucana, Guerra dos Mascates, Revolução Praiana, ficam tudo no chinelo quando se trata de Sporte x Flamengo, sobretudo quando o ludopédio é disputado no campo deles.
Depois de consultar alguns alfarrábios de especialistas em geopolítica, estratégias militares, táticas de guerrilha e outros leros, a conclusão a que se chega é cristalina.
O Brasil colonizado daquela época, como continua até hoje, registrava àquela época 600 mil almas habitando estas capitanias.
Hoje, o buraco é mais embaixo porque pelo menos 35 milhões de filhos desta Nação Rubro Negra espalhada pelo Brasil e pelo Mundo estarão de olho nesta contenda. Portanto, o nível de interesse, a importância da batalha de hoje é essa, bem diferente das batalhas de alguns séculos atrás.
Explico: depois que tentaram subtrair do Clube de Regatas do Flamengo o titulo de campeão brasileiro, o Sporte, com a mão da CBF, ousa querer dividir um titulo que não venceu por mérito naquele ano da graça de 1987.
E até hoje não se conforma com o galardão de pentacampeão brasileiro que ostenta o nosso sagrado e glorioso pavilhão. Os pernambucanos de vermelho e preto nos elegeram seus alvos prediletos. Passaram a engrossar o coro do arco-iris, os descontentes que compoem o imério do mal.
Foi naquele último ano de nossa mais reluzente década de conquistas, que a CBF, aquele antro de prostituição antes localizado na Rua da Alfândega e hoje na Barra da Tijuca, teve a suprema petulância de contrariar a imensa maioria da voz do povo para nos obrigar a disputas de finais contra timecos subterrâneos de segunda divisão, como o Guarani e o próprio Sport.
Alto lá, não convém mexer com os brios e interesses maiores de uma Nação.
Que nos perdoe o co-irmão adversário de hoje, mas baixe a sua bola. O Sporte é uma das glórias de Pernambuco, do Nordeste, mas que fique apenas por aí, já está de bom tamanho sua importância regional.
Vai ter que ralar algumas décadas, talvez séculos, para chegar à glórias e a projeção nacional e internacional do eterno Clube de Regatas do Flamengo.
Pois, parodiando Miguel Gustavo, essa taça é nossa, ninguém tasca, com rubro-negro não há quem possa.
Até porque, já ensinava o velho Ulisses GUimarães, não é de bom alvitre contrariar a voz das ruas. Foi o que ocorreu com a nefanda CBF. O povo, a história do futebol, os anais vão registrar daqui a 50, 100 milhões de anos que o Flamengo foi o legítimo campeão brasileiro de 1987.
Isso nos basta: o reconhecimento eterno do povo e da História (com agá maiusculo, revisor, por favor). Quanto aos arquivos da CBF, que se lixe a história oficial.
Não tem Guerra dos Guararapes, Revolução Pernambucana, Guerra dos Mascates, Revolução Praiana, ficam tudo no chinelo quando se trata de Sporte x Flamengo, sobretudo quando o ludopédio é disputado no campo deles.
Depois de consultar alguns alfarrábios de especialistas em geopolítica, estratégias militares, táticas de guerrilha e outros leros, a conclusão a que se chega é cristalina.
O Brasil colonizado daquela época, como continua até hoje, registrava àquela época 600 mil almas habitando estas capitanias.
Hoje, o buraco é mais embaixo porque pelo menos 35 milhões de filhos desta Nação Rubro Negra espalhada pelo Brasil e pelo Mundo estarão de olho nesta contenda. Portanto, o nível de interesse, a importância da batalha de hoje é essa, bem diferente das batalhas de alguns séculos atrás.
Explico: depois que tentaram subtrair do Clube de Regatas do Flamengo o titulo de campeão brasileiro, o Sporte, com a mão da CBF, ousa querer dividir um titulo que não venceu por mérito naquele ano da graça de 1987.
E até hoje não se conforma com o galardão de pentacampeão brasileiro que ostenta o nosso sagrado e glorioso pavilhão. Os pernambucanos de vermelho e preto nos elegeram seus alvos prediletos. Passaram a engrossar o coro do arco-iris, os descontentes que compoem o imério do mal.
Foi naquele último ano de nossa mais reluzente década de conquistas, que a CBF, aquele antro de prostituição antes localizado na Rua da Alfândega e hoje na Barra da Tijuca, teve a suprema petulância de contrariar a imensa maioria da voz do povo para nos obrigar a disputas de finais contra timecos subterrâneos de segunda divisão, como o Guarani e o próprio Sport.
Alto lá, não convém mexer com os brios e interesses maiores de uma Nação.
Que nos perdoe o co-irmão adversário de hoje, mas baixe a sua bola. O Sporte é uma das glórias de Pernambuco, do Nordeste, mas que fique apenas por aí, já está de bom tamanho sua importância regional.
Vai ter que ralar algumas décadas, talvez séculos, para chegar à glórias e a projeção nacional e internacional do eterno Clube de Regatas do Flamengo.
Pois, parodiando Miguel Gustavo, essa taça é nossa, ninguém tasca, com rubro-negro não há quem possa.
Até porque, já ensinava o velho Ulisses GUimarães, não é de bom alvitre contrariar a voz das ruas. Foi o que ocorreu com a nefanda CBF. O povo, a história do futebol, os anais vão registrar daqui a 50, 100 milhões de anos que o Flamengo foi o legítimo campeão brasileiro de 1987.
Isso nos basta: o reconhecimento eterno do povo e da História (com agá maiusculo, revisor, por favor). Quanto aos arquivos da CBF, que se lixe a história oficial.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
A santa vingança da ralé
Senhoras e senhores, esta impoluta emissora entra no espaço para informar em edição extraodinária que há gente em Campos que defende os que sacaram os R$ 40 milhões que sumiram da Campos Luz. Devem achar que 40 milhas são apenas alguns caraminguás.
Antes de mais nada, juro que resisti até quanto pude para tratar desses assuntos obscenos e rebaixar a qualidade desta programação de elevado nível. Nossa briosa emissora merece respeito.
Como iria tratar com humor, como recomendam as regras desta casa, essas figuras fantasmagóricas que frequentavam os soturnos labirintos dos porões da orgia e da sacanagem durante esses oito anos?
Pois bem, dissertava eu lá em cima, não é que alguns adevogados de escassos neurônios, jornalistas e radialistas sempre prontos a beijar a mão de quem lhes estenda uma piedosa caridade, também entendem que 40 milhas a menos na algibeira da viuva é coisa de somenos importância.
E ficam a escrigimir espadas contra o trabalho de promotores e delegados em busca de fazer justiça e atender ao clamor da população que exige punição dos canalhas e patifes. Do contrário, sairemos às ruas em barricadas para exigir a soltura dos ladrões de galinha e de potes de manteiga que estão lá na casa de custódia e não sabem o que é habeas corpus.
Algum homem de respeito desta cidade (ainda restam) tem que ter peito pra botar alguém desta nossa Capitania de São Thomé na cadeia. A ira popular merece mais respeito, dirão os homens de bem que se batem por uma Campos altaneira e ciosa de seus valores.
A santa vingança do povo também merece o suor e a luta dos justos, já que não se pode fazer a revolução. Basta de deboche! Dignidade já!.
Aliás, essas figuras insalubres estão todas na mesma marquise. São os mesmos que agora parecem engajados num movimento chamado "Volta Mocaiber", através do qual desejam completar a obra de destruição da cidade.
Querem a volta do macabro, o diretor deste filme ordinário de terror, quando tentam ressuscitar alguns zumbis que já acreditávamos devidamente enterrados.
Durante o periodo de trevas que resutou nos telhados de vidro, esses ordinários seres silenciaram por esperteza, ou por estarem mamando nas tetas.
Alias, neste processo de vergonhosa patifaria, a conclusão a que se chega é que esses zumbis que vivem rondando ppor aí rezam pela mesma cartilha do nefando milico Jarbas Passarinho, quando durante a reunião do Conselho de Segurança Nacional que resultou no Ato Institucional 5 (AI-5), em dezembro de 1968 assinou o AI-5 e tornou-se logo miseravelmente famoso pela frase infame: "Às favas os problemas de consciência".
Voltando misericordiosamente aos pobres miseráveis daqui, eu bem que avisei que durante esse governo Rosinha haveria de se providenciar com urgência uma fábrica de lenços e tranquilizantes, entre outos paliativos, para reduzir os efeitos do chororô e de tanto ranger de dentes.
Por fim, abstenho-me de prosseguir nesta tarefa hercúlea, não recebo nenhum extra pra isto, não ganho pra engolir estas excrescências, meu fígado pede mais respeito e, ademais, eu escolhi nesta emissora só tratar de coisas mais sérias ou menos insalubres, como o o futebol, por exemplo.
Com esta súcia de malandros e espertos, definitivamente, não dá, não vou gastar meu latim. Só uma casa de correção e uma surra de urtiga nesta molecada.
Antes de mais nada, juro que resisti até quanto pude para tratar desses assuntos obscenos e rebaixar a qualidade desta programação de elevado nível. Nossa briosa emissora merece respeito.
Como iria tratar com humor, como recomendam as regras desta casa, essas figuras fantasmagóricas que frequentavam os soturnos labirintos dos porões da orgia e da sacanagem durante esses oito anos?
Pois bem, dissertava eu lá em cima, não é que alguns adevogados de escassos neurônios, jornalistas e radialistas sempre prontos a beijar a mão de quem lhes estenda uma piedosa caridade, também entendem que 40 milhas a menos na algibeira da viuva é coisa de somenos importância.
E ficam a escrigimir espadas contra o trabalho de promotores e delegados em busca de fazer justiça e atender ao clamor da população que exige punição dos canalhas e patifes. Do contrário, sairemos às ruas em barricadas para exigir a soltura dos ladrões de galinha e de potes de manteiga que estão lá na casa de custódia e não sabem o que é habeas corpus.
Algum homem de respeito desta cidade (ainda restam) tem que ter peito pra botar alguém desta nossa Capitania de São Thomé na cadeia. A ira popular merece mais respeito, dirão os homens de bem que se batem por uma Campos altaneira e ciosa de seus valores.
A santa vingança do povo também merece o suor e a luta dos justos, já que não se pode fazer a revolução. Basta de deboche! Dignidade já!.
Aliás, essas figuras insalubres estão todas na mesma marquise. São os mesmos que agora parecem engajados num movimento chamado "Volta Mocaiber", através do qual desejam completar a obra de destruição da cidade.
Querem a volta do macabro, o diretor deste filme ordinário de terror, quando tentam ressuscitar alguns zumbis que já acreditávamos devidamente enterrados.
Durante o periodo de trevas que resutou nos telhados de vidro, esses ordinários seres silenciaram por esperteza, ou por estarem mamando nas tetas.
Alias, neste processo de vergonhosa patifaria, a conclusão a que se chega é que esses zumbis que vivem rondando ppor aí rezam pela mesma cartilha do nefando milico Jarbas Passarinho, quando durante a reunião do Conselho de Segurança Nacional que resultou no Ato Institucional 5 (AI-5), em dezembro de 1968 assinou o AI-5 e tornou-se logo miseravelmente famoso pela frase infame: "Às favas os problemas de consciência".
Voltando misericordiosamente aos pobres miseráveis daqui, eu bem que avisei que durante esse governo Rosinha haveria de se providenciar com urgência uma fábrica de lenços e tranquilizantes, entre outos paliativos, para reduzir os efeitos do chororô e de tanto ranger de dentes.
Por fim, abstenho-me de prosseguir nesta tarefa hercúlea, não recebo nenhum extra pra isto, não ganho pra engolir estas excrescências, meu fígado pede mais respeito e, ademais, eu escolhi nesta emissora só tratar de coisas mais sérias ou menos insalubres, como o o futebol, por exemplo.
Com esta súcia de malandros e espertos, definitivamente, não dá, não vou gastar meu latim. Só uma casa de correção e uma surra de urtiga nesta molecada.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Basta de colonização; dignidade já
Como um bom religioso e respeitador dos princípios ancestrais da Mãe África, não poderia deixar de anunciar, com pompa e circunstância, que a resenha de hoje, ainda que tardia, é a seguinte: o negão Almir Guineto, com sua voaz rascante e chinfra habituais, aportou por aqui na Capitania de São Thomé (mantenha o agá, por favor, seu revisor traíra) para se apresentar na Morada do Samba, do bom menino Black, ali na 28 de Março, quase no caminho para as praias.
Pois não é que consegui cometer o pecado de não ir a remandiola do crioulo e seus músicos igualmente encapetados...
É que minha adorável e atenciosa senhora conseguiu fazer-me refém de suas dores e outros inconvenientes de um descoforto ósseo nos pés. Falta de uma recauchutagem. E acabei morgando naquela quinta-feira.
Resultado: perdi o show e a esperança e só parafraseando Drummond para ter algum consolo.
De resto, pude aproveitar uma boa parte das diabruras do Guineto lá na Diário FM, onde participo de um programa de samba, ao lado do eclético menino Paulo André Barbosa.
Guineto veio aqui para para mostrar que nosso futuro musical ainda tem salvação. O colored veio como sempre com um samba da melhor qualidade, com tudo de bom que o samba tem.
O salgueirense de boa cepa, com outros heróis da resistência, não sabem ou fingem não saber, mas acabam por ser uma espécie de barricada contra o que a industria cultural americanizada, antibrasileira e desnacional, trama na surdina contra o que de melhor temos em nossa identidade nacional: a nossa mais autêntica música. Ou seja: o samba.
Hoje, chamam de pagode esse produto insalubre produzido pelas gravadores que as rádios tocam.
Sou da época em que pagode era feito no fundo de um quintal, com uma crioulada da pesada, improvisadora, que levava o melhor partido alto, uma coisa com viés de jongo e outros um tanto calangueados, um pessoal que tomava batida de limão e o que viesse pela frente, cavaquinho, pandeiro, viola, tantan, surdo e outras munições.
Tinha até um samba bom, do qual tenho saudades inenarráveis, "O Pagode do Vavá", dos meninos Paulinho da Viola e Elton Medeiros, exaltando essa gostosura que era o pagode e as virtudes do famoso feijão da dona Vicentina.
E não é que hoje pagode virou sinônimo de música ruim tocada pelos belos da vida, os alexandres pires, os gustavos lins e outras excescências...
São aqueles meninos bem comportados, subcolonizados, sem nada na cabeça, sem ambições intelectuais, mas apenas a ambição mercantil de alguns milhões de dólares a mais na conta bancária. São brancos, alguns deles — nada contra a civilização branca, mas com certeza, samba é coisa de crioulo, tem mais autenticidade. Sem eles, o que se faz pode ser tudo, menos samba.
Mas dizia eu aqui desta trincheira que esses meninos, os alienados vendedores de discos, mercadores que se dizem artistas ficam de cócoras para a visão do dominador que nada mais faz do que gradativamente destruir nossos valores contidos na música autêntica que sempre produziu este País e que nos faz respeitados lá fora.
Senhoras, senhoras e senhorinhas, vos confesso que se há algo que faço questão de levar pro meu túmulo é a sumprema honra de morrer heroicamente sem ter que ouvir uma música (?) deste Belo e seus ordinários seguidores.
Resistirei cívica e heroicamente aos que tentarem me submeter à tortura de ouvir essas coisas vagabundas, mistura de samba com musica sertaneja da pior qualidade (não confundir com música caipira) que tentam nos impingir, como se todos fôssemos uns otários para engolir o que os patrões da indústria cultural do norte industrializado nos impõe.
Nada mais estratégico para se dominar um povo do que destruir a sua cultura.
Chega de submissão!!! Vão colonizar à puta que pariu. Este brado retumbante será emitido sempre enquanto houver homens que se baterão com suas ultimas forças por um País soberano e varonil que preza suas raízes de seu povo, seus valores e sua cultura.
Pois não é que consegui cometer o pecado de não ir a remandiola do crioulo e seus músicos igualmente encapetados...
É que minha adorável e atenciosa senhora conseguiu fazer-me refém de suas dores e outros inconvenientes de um descoforto ósseo nos pés. Falta de uma recauchutagem. E acabei morgando naquela quinta-feira.
Resultado: perdi o show e a esperança e só parafraseando Drummond para ter algum consolo.
De resto, pude aproveitar uma boa parte das diabruras do Guineto lá na Diário FM, onde participo de um programa de samba, ao lado do eclético menino Paulo André Barbosa.
Guineto veio aqui para para mostrar que nosso futuro musical ainda tem salvação. O colored veio como sempre com um samba da melhor qualidade, com tudo de bom que o samba tem.
O salgueirense de boa cepa, com outros heróis da resistência, não sabem ou fingem não saber, mas acabam por ser uma espécie de barricada contra o que a industria cultural americanizada, antibrasileira e desnacional, trama na surdina contra o que de melhor temos em nossa identidade nacional: a nossa mais autêntica música. Ou seja: o samba.
Hoje, chamam de pagode esse produto insalubre produzido pelas gravadores que as rádios tocam.
Sou da época em que pagode era feito no fundo de um quintal, com uma crioulada da pesada, improvisadora, que levava o melhor partido alto, uma coisa com viés de jongo e outros um tanto calangueados, um pessoal que tomava batida de limão e o que viesse pela frente, cavaquinho, pandeiro, viola, tantan, surdo e outras munições.
Tinha até um samba bom, do qual tenho saudades inenarráveis, "O Pagode do Vavá", dos meninos Paulinho da Viola e Elton Medeiros, exaltando essa gostosura que era o pagode e as virtudes do famoso feijão da dona Vicentina.
E não é que hoje pagode virou sinônimo de música ruim tocada pelos belos da vida, os alexandres pires, os gustavos lins e outras excescências...
São aqueles meninos bem comportados, subcolonizados, sem nada na cabeça, sem ambições intelectuais, mas apenas a ambição mercantil de alguns milhões de dólares a mais na conta bancária. São brancos, alguns deles — nada contra a civilização branca, mas com certeza, samba é coisa de crioulo, tem mais autenticidade. Sem eles, o que se faz pode ser tudo, menos samba.
Mas dizia eu aqui desta trincheira que esses meninos, os alienados vendedores de discos, mercadores que se dizem artistas ficam de cócoras para a visão do dominador que nada mais faz do que gradativamente destruir nossos valores contidos na música autêntica que sempre produziu este País e que nos faz respeitados lá fora.
Senhoras, senhoras e senhorinhas, vos confesso que se há algo que faço questão de levar pro meu túmulo é a sumprema honra de morrer heroicamente sem ter que ouvir uma música (?) deste Belo e seus ordinários seguidores.
Resistirei cívica e heroicamente aos que tentarem me submeter à tortura de ouvir essas coisas vagabundas, mistura de samba com musica sertaneja da pior qualidade (não confundir com música caipira) que tentam nos impingir, como se todos fôssemos uns otários para engolir o que os patrões da indústria cultural do norte industrializado nos impõe.
Nada mais estratégico para se dominar um povo do que destruir a sua cultura.
Chega de submissão!!! Vão colonizar à puta que pariu. Este brado retumbante será emitido sempre enquanto houver homens que se baterão com suas ultimas forças por um País soberano e varonil que preza suas raízes de seu povo, seus valores e sua cultura.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Politibol, a política no futebol
Torcida amiga, ouça bem o que vos falo. Desde o tempo em que Zizinho pedia autógrafo e Frienderich que política e futebol no Brasil sempre andaram juntos, pro bem ou pro mal.
Basta lembrar que o governo usou como nunca o futebol, durante a Copa de 1970, e o sanguinário Médici aparecia no Maracanã com seu radinho de pilha para se parecer um homem do povo enquanto milhares de brasileiros eram torturados ou mortos nos porões da ditadura militar pós 64.
Não vi, mas os velhinhos de antanho recrescam a maltratada memória (deles) para lembrarem que o velho Gegê pai também fazia das suas com o futebol, vide a Copa de 1950, quando políticos apareciam nos vestiários (porque esse pessoal adora tanto frequentar vestiários, hein?), e o nosso pai dos pobres fazia seus inflamados discursos para os "Trabalhadores do Brasil!" no velho estádio de São Januário.
Agora, durante esse anúncio que a CBF fez para revelar as 12 cidades escolhidas para sedes da Copa de 2014, eis que dúvida alguma resta para se concluir que cidades menos importantes que as sete principais capitais se beneficiaram de algum modo da politicagem do senhor Ricardo Teixeira — esse moço só tem a seu favor o atenuante de ser rubro-negro.
Como é sabido, Teixeira esteve enrolado até o pescoço com as CPIs do ludopédio em Brasília, onde foi forçado a uma vilegiatura num escritório que instalou por lá a fim de amarrar alguns acordos para livrá-lo de problemas mais sérios.
Logo, ele deve favores, sim, a alguns desses parlamentares, sobretudo os que integraram a tal "bancada da bola" com influência em alguns estados. Pois as ditas otoridades, depois de rebolarem em suas confortáveis poltronas, concluiram que o futebol brasileiro é um poço de virtudes fora das quatro linhas e a CBF é um ambiente de monges e freiras.
Daí que Florianópolis com todo seu estágio de desenvolvimento, rede de hoteleira moderna estrutura viária e povo de elevado poder aquisitivo, foi preterida por Natal, enquanto Campo Grande, que apresentava melhores condições, foi derrubada por Cuiabá. Da mesma forma, Belém foi superada por Manaus.
Só um dado desconserta os que defendem a candidatura da capital do Amazonas, onde o campeonato local tem média de público de 400 pagantes enquanto na capital paraense Remo e Paysandu enche o belo estádio Mangueirão em qualquer jogo,
O problema é que essa horda de ignorantes ou jabazeiros da cronica esportiva brasileira que vive do repasto e das viagens às expensas da CBF tenta transmitir que tá tudo certo. Com as honrosas e raríssimas exceções de sempre.
Bem, graças a uma esmerada consulta ao nosso incorruptível Conselho Editorial, entendemos ser de bom alvitre parar com essas coisas sérias e chatas e politicamente corretas. Essas inúteis e intermináveis elucubrações sobre o nada ou polêmicas inócuas...
Basta lembrar que o governo usou como nunca o futebol, durante a Copa de 1970, e o sanguinário Médici aparecia no Maracanã com seu radinho de pilha para se parecer um homem do povo enquanto milhares de brasileiros eram torturados ou mortos nos porões da ditadura militar pós 64.
Não vi, mas os velhinhos de antanho recrescam a maltratada memória (deles) para lembrarem que o velho Gegê pai também fazia das suas com o futebol, vide a Copa de 1950, quando políticos apareciam nos vestiários (porque esse pessoal adora tanto frequentar vestiários, hein?), e o nosso pai dos pobres fazia seus inflamados discursos para os "Trabalhadores do Brasil!" no velho estádio de São Januário.
Agora, durante esse anúncio que a CBF fez para revelar as 12 cidades escolhidas para sedes da Copa de 2014, eis que dúvida alguma resta para se concluir que cidades menos importantes que as sete principais capitais se beneficiaram de algum modo da politicagem do senhor Ricardo Teixeira — esse moço só tem a seu favor o atenuante de ser rubro-negro.
Como é sabido, Teixeira esteve enrolado até o pescoço com as CPIs do ludopédio em Brasília, onde foi forçado a uma vilegiatura num escritório que instalou por lá a fim de amarrar alguns acordos para livrá-lo de problemas mais sérios.
Logo, ele deve favores, sim, a alguns desses parlamentares, sobretudo os que integraram a tal "bancada da bola" com influência em alguns estados. Pois as ditas otoridades, depois de rebolarem em suas confortáveis poltronas, concluiram que o futebol brasileiro é um poço de virtudes fora das quatro linhas e a CBF é um ambiente de monges e freiras.
Daí que Florianópolis com todo seu estágio de desenvolvimento, rede de hoteleira moderna estrutura viária e povo de elevado poder aquisitivo, foi preterida por Natal, enquanto Campo Grande, que apresentava melhores condições, foi derrubada por Cuiabá. Da mesma forma, Belém foi superada por Manaus.
Só um dado desconserta os que defendem a candidatura da capital do Amazonas, onde o campeonato local tem média de público de 400 pagantes enquanto na capital paraense Remo e Paysandu enche o belo estádio Mangueirão em qualquer jogo,
O problema é que essa horda de ignorantes ou jabazeiros da cronica esportiva brasileira que vive do repasto e das viagens às expensas da CBF tenta transmitir que tá tudo certo. Com as honrosas e raríssimas exceções de sempre.
Bem, graças a uma esmerada consulta ao nosso incorruptível Conselho Editorial, entendemos ser de bom alvitre parar com essas coisas sérias e chatas e politicamente corretas. Essas inúteis e intermináveis elucubrações sobre o nada ou polêmicas inócuas...
segunda-feira, 1 de junho de 2009
O sagrado exercício do ócio
Senhoras e senhores, podem me chamar de velho ranzinza, cansado, ainda que tanha completado só 50.2 este ano. Podem xingarem-me até a ultima geração, mas jamais irei renunciar ao indelével dever de esgrimir espadas, empunhar armas e bradar contra os idiotas que vivem a dar curso à idéia segundo a qual o trabalho enobrece.
O trabalho enobrece é uma frase de efeito criada para ludibriar os trabalhadores ao longo de séculos, uma enganação patrocinada pelas elites, um tipo de percepção que serviu exatamente para aplacar os pobres, isto é, foram os ricos quem pregaram o discurso da dignidade do trabalho para os pobres enquanto tratavam de se manter indignos a respeito do mesmo assunto.
Essa idéia cínica é propalada justo por quem vive de explorar os milhões de trabalhadores pelo mundo afora. Portanto, neca de pitibiriba essa história de que o trabalho enobrece.
Os que proclamam que esta função do trabalho são os mesmos que não assinam a carteira de trabalho ou não pagam horas extras como direitos de seus empregados, que alguns deles chamam de colaboradores.
O que enobrece mesmo o homem é a dignidade, a coerência, a ética e seus congêneres. O trabalho é um fim em si mesmo, é como beber água quando se tem sede. É essencial, mas só é digno se for capaz de prover nossas condições materiais de subsistência.
O trabalho enobrece, mas os nobres não trabalham, já dizia o Bertrand Russell.
Faço este introito (recebam, sacanas, um introito no peito), apenas para justificar minha ausência durante este longo e tenebroso inverno.
Nada mais revigorante do que o sagrado exercício do ócio e da contemplação, que inclui como ritual deitar numa rede, tomar agua de coco, tirar uma de baiano pelo menos por alguns dias.
Mas outras motivações me afastaram da lida diária. Como uma gripe que deixou afônico este rouco locutor, impossibilitado de gritar e orientar os meninos em campo, além de suplicar para que o Cuca pelo menos preste uma mísera homenagem à inteligência a cada peleja. Pelo menos, uma. Ou que pelo menos não atrapalhe — e já estaria sendo inteligente.
E foi isso que o nosso introspectivo comandante ele fez ontem, embora não tenhamos jogado uma partida brilhante.
Vencemos, em parte, porque o chamado Furacão se encontra despossuído de sua capacidade devastadora de outrora.
Depois desta retumbante e contundente explanação, vamos ao mais importante, porque um valor mais alto se alevanta, com direitos autorais para o menino Pessoa.
Mas o seguinte é este: abaixo a discussão sobre a crise mundial, a gripe suina, o arsenal da Coréia, o avião que caiu.
O Brasil, como uma parte mais inteligente do Mundo, apenas discute a transmutação do nosso Imperador (mantenha a inicial com caixa alta, por favor, revisor herege), um episódio que já suscita estudos e dissertações em foruns de discussões multidisciplinares, da psicologia e da semiótica.
Sim, porque o abençoado Adriano se sentiu novamente em casa. A certeza é a de que passou em sua cabeça um filme ao reencontrar o seu berço, ao rever a Nação Rubro-Negra a gritar em uníssono seu nome.
Já disse aqui desta isenta tribuna que o menino Adriano é desses que possuem a ventura, os atributos e predicados intelectuais e culturais que levam um cidadão a ser capaz de entender o que é vestir e camisa Rubro-Negra. Do que é ser Rubro-Negro.
Então, nada mais razoável esperar uma dedicação tipica de um devoto sensível à nossa justa causa. O abenonçoado Adriano já sentiu na pele, desde a tenra idade, a graça divina, o significado do que é fazer a alegria de um povo. Que não é um povo qualquer.
São 35 milhões (algumas pesquisas seriam 37 milhões) de brasileiros espalhados pelo mundo afora, uma multidão cujos seguidores superam à população da maioria dos paises do globo terrestre.
Há rarissimos cidadãos no mundo, em todos os tempos, que tiveram a fortuna de ouvir seu nome gritado por uma multidão de mais de 70 mii pessoas. São pouquissimas, escassas as exceções. Fidel Castro, Mao Tse-tung, Getúlio Vargas...
O inolvidável Fábio Luciano que o diga em sua gloriosa despedida. Chegou às lagrimas e confessou não haver nada mais gratificante no mundo do que ser idolo da torcida desta Nação que faz de seu clube uma entidade sagrada e imorredoura, para a felicidade deste País. Mais do que uma paixão, uma religião.
O trabalho enobrece é uma frase de efeito criada para ludibriar os trabalhadores ao longo de séculos, uma enganação patrocinada pelas elites, um tipo de percepção que serviu exatamente para aplacar os pobres, isto é, foram os ricos quem pregaram o discurso da dignidade do trabalho para os pobres enquanto tratavam de se manter indignos a respeito do mesmo assunto.
Essa idéia cínica é propalada justo por quem vive de explorar os milhões de trabalhadores pelo mundo afora. Portanto, neca de pitibiriba essa história de que o trabalho enobrece.
Os que proclamam que esta função do trabalho são os mesmos que não assinam a carteira de trabalho ou não pagam horas extras como direitos de seus empregados, que alguns deles chamam de colaboradores.
O que enobrece mesmo o homem é a dignidade, a coerência, a ética e seus congêneres. O trabalho é um fim em si mesmo, é como beber água quando se tem sede. É essencial, mas só é digno se for capaz de prover nossas condições materiais de subsistência.
O trabalho enobrece, mas os nobres não trabalham, já dizia o Bertrand Russell.
Faço este introito (recebam, sacanas, um introito no peito), apenas para justificar minha ausência durante este longo e tenebroso inverno.
Nada mais revigorante do que o sagrado exercício do ócio e da contemplação, que inclui como ritual deitar numa rede, tomar agua de coco, tirar uma de baiano pelo menos por alguns dias.
Mas outras motivações me afastaram da lida diária. Como uma gripe que deixou afônico este rouco locutor, impossibilitado de gritar e orientar os meninos em campo, além de suplicar para que o Cuca pelo menos preste uma mísera homenagem à inteligência a cada peleja. Pelo menos, uma. Ou que pelo menos não atrapalhe — e já estaria sendo inteligente.
E foi isso que o nosso introspectivo comandante ele fez ontem, embora não tenhamos jogado uma partida brilhante.
Vencemos, em parte, porque o chamado Furacão se encontra despossuído de sua capacidade devastadora de outrora.
Depois desta retumbante e contundente explanação, vamos ao mais importante, porque um valor mais alto se alevanta, com direitos autorais para o menino Pessoa.
Mas o seguinte é este: abaixo a discussão sobre a crise mundial, a gripe suina, o arsenal da Coréia, o avião que caiu.
O Brasil, como uma parte mais inteligente do Mundo, apenas discute a transmutação do nosso Imperador (mantenha a inicial com caixa alta, por favor, revisor herege), um episódio que já suscita estudos e dissertações em foruns de discussões multidisciplinares, da psicologia e da semiótica.
Sim, porque o abençoado Adriano se sentiu novamente em casa. A certeza é a de que passou em sua cabeça um filme ao reencontrar o seu berço, ao rever a Nação Rubro-Negra a gritar em uníssono seu nome.
Já disse aqui desta isenta tribuna que o menino Adriano é desses que possuem a ventura, os atributos e predicados intelectuais e culturais que levam um cidadão a ser capaz de entender o que é vestir e camisa Rubro-Negra. Do que é ser Rubro-Negro.
Então, nada mais razoável esperar uma dedicação tipica de um devoto sensível à nossa justa causa. O abenonçoado Adriano já sentiu na pele, desde a tenra idade, a graça divina, o significado do que é fazer a alegria de um povo. Que não é um povo qualquer.
São 35 milhões (algumas pesquisas seriam 37 milhões) de brasileiros espalhados pelo mundo afora, uma multidão cujos seguidores superam à população da maioria dos paises do globo terrestre.
Há rarissimos cidadãos no mundo, em todos os tempos, que tiveram a fortuna de ouvir seu nome gritado por uma multidão de mais de 70 mii pessoas. São pouquissimas, escassas as exceções. Fidel Castro, Mao Tse-tung, Getúlio Vargas...
O inolvidável Fábio Luciano que o diga em sua gloriosa despedida. Chegou às lagrimas e confessou não haver nada mais gratificante no mundo do que ser idolo da torcida desta Nação que faz de seu clube uma entidade sagrada e imorredoura, para a felicidade deste País. Mais do que uma paixão, uma religião.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
E dá-lhe Goytaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Respeitável público, senhoras e senhores, prezados ouvintes. Este rouco locutor que vos fala nutre um respeito colossal pelo Americano. Proclamo, sim, que o glorioso alvinegro de Parque Tamandaré tem a marca, a saga dos vencedores.
Não é a toa que é detentor de conquistas como um eneacampeonato campista, titulo inédito na história do futebol profissional no País, além de tantos outras façanhas no futebol fluminense, como conquista de Taça Guanabara e por aí vai.
Nos anos 70/80, o Cano era o terror dos times outrora chamados grandes do Rio. Não era mole, não, mas os metropolitanos tinham que c. um quilo certo pra ganhar dos bravos e valentes meninos aqui dentro do Parque.
Esta baita admiração pelo clube de Parque Tamandaré vem desde os campeonatos do antigo Estado do Rio.
Tenho parentes em Niterói, onde meus tios falavam-me do time que disputava o nosso campeonato, que tinha Zé Henrique, Paulo Roberto, César, Adalberto, Chico, entre outros. O que era o nosso campeonato?
Para os que não tem maior intimidade com a história da Velha Província, o seguinte é este: antes da fusão entre os estados da Guanabara (que era circunscrito à cidade do Rio de Janeiro), com o nosso Estado do Rio, havia o Campeonato Fluminense de Profissionais.
E que aglomerava equipes de Campos, Barra Mansa, Barra do Piraí e Niterói. Americano, Goytacaz, Rio Branco e Sapucaia representaram Campos.
Segundo meus ascendentes que habitavam as glebas de Araribóia, eram jogos espetaculares, disputados ali no Barreto. E qualquer jogador desses times poderiam jogar em grandes clubes.
Tecnicamente, muitos deles eram fantásticos, botavam muita gente famosa de hoje no chinelo.
O problema é que o futebol brasileiro àquela época, anos 60 e alguma coisa, era de um profissionalismo meio amadorista; ou um amadorismo um tanto profissionalista. E o futebol do antigo Estado do Rio, igualmente.
Tanto que — os mais temperados pela vida devem lembrar bem — os caras jogavam em suas equipes e defendiam o leite das crianças num outro serviço mais convencional, no comércio ou num banco.Muitos conseguiram sair para atuar em grandes clube.
Gerson, Jair Marinho, Altair deixaram Niterói para saborear os louros da glória no Fluminense. Paulinho Valentim saiu do Central, de Barra do Piraí, e saltou para a fama no Botafogo. Miltão deixou o Barra Mansa para brilhar no Sport.Campos é um caso à parte.
Dezenas de campistas aportaram pelo país afora. E tem mais: no Fluminense houve Pinheiro, Didi, Maneco, Emilson, Denilson, Rubens e Edevaldo; No Flamengo, Paulinho Almeida, Milton Brobró e Décio Crespo; no Amércia, Amaro, Ary e Renato; no Vasco, Fumaça, Acácio, este mais recentemente, depois Odvan, Léo, etc.
Se alguém tem outros nomes que escaparam à maltradada memória deste locutor que vos fala, que ligue pra esta destemida emissora.
Então, dizia eu, essa penca, essa lista de boleiros que saíram por aí não leva em contra os que migraram para outros estados e os que, ainda que não tenham se adaptado aos grandes clubes, eram tecnicamente indiscutíveis. Ricardo Batata, que não ficou no Fluminense, era um deles.
Em qualquer estado brasileiro importante no futebol como Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas, Bahia, Pernambuco e outras plagas, a marca do jogador campista está lá registrada.
Pode mandar fazer calçada da fama aqui, ali e acolá, que o pé de um campista lá vai estar para deixar as marcas do pebolismo goitacá.
Portanto, o buraco é mais embaixo quando se fala em futebol campista. Campista sabe das coisas quando o negócio é futebol. Desde os tempos de Mário Seixas, Soda, Amaro Silveira e Poli, os quatro primeiros que sairam da terra de Mestre Didi para vestirem a camisa da Seleção Brasileira.
Faço essa prosopéia toda pra dizer que estou aqui refestelado torcendo para que o alvi-anil citadino, como falava Moacir Fonseca, ascenda este ano à primeira divisão do futebol fluminense (carioca é uma ova), com toda e pompa. Pois o azul do povo completa no ano da graça de 2012, daqui a três anos, portanto, nada mais nada menos que o seu centenário.
Ora, uma cidade que possui um clube cujo nome evoca suas mais sagradas raízes ancestrais, em alusão aos nossos primeiros habitantes, não merece outra coisa desta cidade se não uma fervorosa torcida para que este centenário seja marcado pela presença do Goyta no Olimpo do nosso futebol.
Vim ser rubro-negro num certo dia do ano da graça de 1965, quando o Flamengo abrigava em suas fileiras craques do porte de Paulo Henrique, Carlinhos, Silva, Almir, Carlos Alberto, César Maluco, Rodrigues, entre outros.
Era muito novo, não me lembro bem de outros nomes, apenas de minhas figurinhas colecionadas.Mais tarde, vieram pesadelos e injúrias futebolísticas como Mário Braga, Onça, Neviton, Tinteiro, Cardosinho, Zélio, Fio, Michila, Caldeira e o escambau.
Foi a maior concentração de perna-depau por metro quadrado do futebol brasileiro em todos os tempos. Um filme de terror.
Mas minha paixão rubro-negra acendeu-se pra sempre ao ver aquela comovente entrega de uma multidão ensandecida a colorir o Maracanã, mesmo com uma baba daquelas em campo.A paixão e a fidelidade do torcedor do Goytacaz é fenomeno idêntico. Não dá prá ficar indiferente a um povo cujo sangue ferve por uma paixão.
Vamos, pois, a cidade inteira, desde os caciques mais veteranos aos curumins que ingressaram agora há pouco na pia batismal, erguer esse pavilhão para quando chegar à sua idade centenária, o Goyta velho de guerra esteja no palco principal do nosso futebol. Trabalhemos, antes, pois, para que estejamos lá na elite durante aquele grande momento.
E não vai ter juiz, bandeirinha, quarto juiz, aspones de federação, CBF para nos atropelar nesta cruzada salvadora do futebol de Campos.Porque o futebol campista só sobrevierá quando Americano e Goytacaz se cruzarem sempre.
E vos digo aqui desta tribuna que depois de consultar livros e tratados de semiótica, antropologia e psicologia sobre o nosso povo papa-goiaba, cheguei a conclusão que um não vive sem o outro. Alvi-anis e alvinegros nasceram para viverem eternamente suas birras.
Pergunte ao torcedor do Americano se existe alguma coisa melhor que ganhar do Goytacaz "no salão de festas".
Chegue para um alvi-anil e pergunte se há algo melhor no mundo do que vencer o Americano, lá no Parque... "no parque de diversões".
Estou nessa com o Humbertão Grandão Rangel que, apesar de ser jornalista, é meu amigo. Como sentenciou certa vez o juiz Arnaldo Cesar Coelho, a regra é clara.
Então, qualquer prejuizo causado por dúvida ou certeza suspeita nas quatro linhas ou fora dela, vamos representar contra os homens de preto no Ministério Público, na ONU ou no escambau. Até ao nosso padrinho forte, o ministro Orlando Brito, que virou alvi-anil desde criancinha.
Então, desde logo vamos arregaçar mangas, esgrimir espadas e ecoar a voz uníssona das arquibancadas que contagia nas ruas a cidade inteira e faz e campo o time de azul fazer no gramado o que nenhum outro faz: E dá-lhe Goytaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não é a toa que é detentor de conquistas como um eneacampeonato campista, titulo inédito na história do futebol profissional no País, além de tantos outras façanhas no futebol fluminense, como conquista de Taça Guanabara e por aí vai.
Nos anos 70/80, o Cano era o terror dos times outrora chamados grandes do Rio. Não era mole, não, mas os metropolitanos tinham que c. um quilo certo pra ganhar dos bravos e valentes meninos aqui dentro do Parque.
Esta baita admiração pelo clube de Parque Tamandaré vem desde os campeonatos do antigo Estado do Rio.
Tenho parentes em Niterói, onde meus tios falavam-me do time que disputava o nosso campeonato, que tinha Zé Henrique, Paulo Roberto, César, Adalberto, Chico, entre outros. O que era o nosso campeonato?
Para os que não tem maior intimidade com a história da Velha Província, o seguinte é este: antes da fusão entre os estados da Guanabara (que era circunscrito à cidade do Rio de Janeiro), com o nosso Estado do Rio, havia o Campeonato Fluminense de Profissionais.
E que aglomerava equipes de Campos, Barra Mansa, Barra do Piraí e Niterói. Americano, Goytacaz, Rio Branco e Sapucaia representaram Campos.
Segundo meus ascendentes que habitavam as glebas de Araribóia, eram jogos espetaculares, disputados ali no Barreto. E qualquer jogador desses times poderiam jogar em grandes clubes.
Tecnicamente, muitos deles eram fantásticos, botavam muita gente famosa de hoje no chinelo.
O problema é que o futebol brasileiro àquela época, anos 60 e alguma coisa, era de um profissionalismo meio amadorista; ou um amadorismo um tanto profissionalista. E o futebol do antigo Estado do Rio, igualmente.
Tanto que — os mais temperados pela vida devem lembrar bem — os caras jogavam em suas equipes e defendiam o leite das crianças num outro serviço mais convencional, no comércio ou num banco.Muitos conseguiram sair para atuar em grandes clube.
Gerson, Jair Marinho, Altair deixaram Niterói para saborear os louros da glória no Fluminense. Paulinho Valentim saiu do Central, de Barra do Piraí, e saltou para a fama no Botafogo. Miltão deixou o Barra Mansa para brilhar no Sport.Campos é um caso à parte.
Dezenas de campistas aportaram pelo país afora. E tem mais: no Fluminense houve Pinheiro, Didi, Maneco, Emilson, Denilson, Rubens e Edevaldo; No Flamengo, Paulinho Almeida, Milton Brobró e Décio Crespo; no Amércia, Amaro, Ary e Renato; no Vasco, Fumaça, Acácio, este mais recentemente, depois Odvan, Léo, etc.
Se alguém tem outros nomes que escaparam à maltradada memória deste locutor que vos fala, que ligue pra esta destemida emissora.
Então, dizia eu, essa penca, essa lista de boleiros que saíram por aí não leva em contra os que migraram para outros estados e os que, ainda que não tenham se adaptado aos grandes clubes, eram tecnicamente indiscutíveis. Ricardo Batata, que não ficou no Fluminense, era um deles.
Em qualquer estado brasileiro importante no futebol como Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas, Bahia, Pernambuco e outras plagas, a marca do jogador campista está lá registrada.
Pode mandar fazer calçada da fama aqui, ali e acolá, que o pé de um campista lá vai estar para deixar as marcas do pebolismo goitacá.
Portanto, o buraco é mais embaixo quando se fala em futebol campista. Campista sabe das coisas quando o negócio é futebol. Desde os tempos de Mário Seixas, Soda, Amaro Silveira e Poli, os quatro primeiros que sairam da terra de Mestre Didi para vestirem a camisa da Seleção Brasileira.
Faço essa prosopéia toda pra dizer que estou aqui refestelado torcendo para que o alvi-anil citadino, como falava Moacir Fonseca, ascenda este ano à primeira divisão do futebol fluminense (carioca é uma ova), com toda e pompa. Pois o azul do povo completa no ano da graça de 2012, daqui a três anos, portanto, nada mais nada menos que o seu centenário.
Ora, uma cidade que possui um clube cujo nome evoca suas mais sagradas raízes ancestrais, em alusão aos nossos primeiros habitantes, não merece outra coisa desta cidade se não uma fervorosa torcida para que este centenário seja marcado pela presença do Goyta no Olimpo do nosso futebol.
Vim ser rubro-negro num certo dia do ano da graça de 1965, quando o Flamengo abrigava em suas fileiras craques do porte de Paulo Henrique, Carlinhos, Silva, Almir, Carlos Alberto, César Maluco, Rodrigues, entre outros.
Era muito novo, não me lembro bem de outros nomes, apenas de minhas figurinhas colecionadas.Mais tarde, vieram pesadelos e injúrias futebolísticas como Mário Braga, Onça, Neviton, Tinteiro, Cardosinho, Zélio, Fio, Michila, Caldeira e o escambau.
Foi a maior concentração de perna-depau por metro quadrado do futebol brasileiro em todos os tempos. Um filme de terror.
Mas minha paixão rubro-negra acendeu-se pra sempre ao ver aquela comovente entrega de uma multidão ensandecida a colorir o Maracanã, mesmo com uma baba daquelas em campo.A paixão e a fidelidade do torcedor do Goytacaz é fenomeno idêntico. Não dá prá ficar indiferente a um povo cujo sangue ferve por uma paixão.
Vamos, pois, a cidade inteira, desde os caciques mais veteranos aos curumins que ingressaram agora há pouco na pia batismal, erguer esse pavilhão para quando chegar à sua idade centenária, o Goyta velho de guerra esteja no palco principal do nosso futebol. Trabalhemos, antes, pois, para que estejamos lá na elite durante aquele grande momento.
E não vai ter juiz, bandeirinha, quarto juiz, aspones de federação, CBF para nos atropelar nesta cruzada salvadora do futebol de Campos.Porque o futebol campista só sobrevierá quando Americano e Goytacaz se cruzarem sempre.
E vos digo aqui desta tribuna que depois de consultar livros e tratados de semiótica, antropologia e psicologia sobre o nosso povo papa-goiaba, cheguei a conclusão que um não vive sem o outro. Alvi-anis e alvinegros nasceram para viverem eternamente suas birras.
Pergunte ao torcedor do Americano se existe alguma coisa melhor que ganhar do Goytacaz "no salão de festas".
Chegue para um alvi-anil e pergunte se há algo melhor no mundo do que vencer o Americano, lá no Parque... "no parque de diversões".
Estou nessa com o Humbertão Grandão Rangel que, apesar de ser jornalista, é meu amigo. Como sentenciou certa vez o juiz Arnaldo Cesar Coelho, a regra é clara.
Então, qualquer prejuizo causado por dúvida ou certeza suspeita nas quatro linhas ou fora dela, vamos representar contra os homens de preto no Ministério Público, na ONU ou no escambau. Até ao nosso padrinho forte, o ministro Orlando Brito, que virou alvi-anil desde criancinha.
Então, desde logo vamos arregaçar mangas, esgrimir espadas e ecoar a voz uníssona das arquibancadas que contagia nas ruas a cidade inteira e faz e campo o time de azul fazer no gramado o que nenhum outro faz: E dá-lhe Goytaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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