Não tenho mais paciência para me ocupar em torno de tantas coisas mediocres, mas para não perder este estimado emprego, prossigo nesta cruzada, a cruel empreitada que representa hoje torcer pelo Flamengo. Um time limitado, previsível e nulo contra qualquer adversário mais ou menos organizado ou aplicado no plano defensivo, como foi hoje contra o Botafogo.
Não nos iludamos. Fogo de palhas foram os raros espasmos que tivemos nas partidas contra o Inter e umas poucas nas quais esse time transmitiu alguma idéia de sobrevivência digna no Campeonato Brasileiro.
Hoje, a sensação concreta é a de que vamos precisar de muita reserva de energia e braçadas vigorosas para não morrer na praia lá na reta final de competição.
A minha imparcial e justa ira divina contra as misérias que assolam a Gávea não passa por algumas sandices do Cuca. Ele não sabe o que faz, perdoemos, perdoe-o senhor... Ele não sabe o que faz, até mesmo por suas limitações.
Mas não irei aqui invocar os séculos de desmandos na Gávea. É assunto para um tratado sobre a miséria humana.
A existência do Flamengo é um milagre da natureza, porque não foram poucos os que tentaram e ainda tentam destrui-lo.
Não fosse a vocação para a grandeza, já teriamos sido destruídos pelos nossos algozes e outros capos da máfia que habita a Gávea.
Mas não posso aqui ficar falando do passado, de memória, sob pena de ser demitido desta imparcial, proba e valente tribuna. E tento elevar o nível, citando (mal) Ortega y Gasset: "O homem é o homem e suas circunstâncias".
E as circunstâncias de hoje são as coisas que atualmente vestem a camisa do Flamengo, Willians e Toró, entre eles.
Não vou fazer aqui nenhum arrazoado sobre as nossas mazelas, mas minha tese é a de que mesma situação de orfandade que acometeu Ronaldo Angelin, depois de abandonado por Fábio Luciano, ora ocorre também ao Kléberson, após o êxodo do Ibson.
Cadê aquele futebol de seleção brasileira, menino?
É muita nulidade junta, que não tá a altura de um clube que detém 35 milhões de religiosos e fiéis aficcionados em todo país e mundo afora.
O Flamengo tem Adriano e Emerson, dois bons atacantes, sem que haja um municiador com alguns neurônios a mais. Nosso meio-campo já não era lá essas coisas com o Ibson e seu jogo picotado, de passes curtos e jogadas previsiveis.
Mais do que nunca, o time agora tornou-se um "conjunto" acéfalo, deserto de idéias, um espaço sem vida inteligente.
A alegria, entretanto, não abandonou (ainda) este recinto. Até porque, nós destas capitanias hereditárias da terra de Santa Cruz, somos capazes de rir da nosssa própria desgraça para não piorar.
Afinal, aprendi logo alguns sagrados ensinamentos segundo o qual "só peru é que morre na véspera" e "não tá morto quem peleia".
domingo, 19 de julho de 2009
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