quinta-feira, 30 de abril de 2009

Atravessaram o samba

Vai aqui um pouco de antropologia de botequim. A distinta platéia desta atrevida e tribuna defende que, por suas sagradas raízes plantadas no ciclo histórico do açúcar marcado pela vergonhosa crueldade do escravagismo, Campos é uma cidade que incorpora forte traços de negritude, que faz desta planície uma república à parte, por conta da grande população de afrodescendentes.

Os negros foram perseguidos e açoitados, mas deixaram aqui a contribuição de uma cultura enraizada nas artes, na música popular, na culinária e em nossa língua.

Durante muitos anos a civilização anglo-saxã atribuía aos brasileiros a precha de desleixados, indolentes ou desorganizados, por conta dessa mistura de raças consideradas (por eles brancos) inferiores.

Mas não são negros e índios que vivem a se matar por motivo de ambições materiais irracionais e de disputas religiosas. Os bárbaros de hoje não são eles, mas a civilização branca denominada moderna e contemporânea.

Pelo contrário, amigo. A crioulada tem oferecido demonstrações de tolerância civilizada ao longo de amargos séculos.

Portanto, não culpem por aqui os negros de nossas plagas pelo nosso carnaval fora de hora. A culpa não é das camadas populares inseridas no samba, mas de castas privilegiadas, que saquearam o nosso vil metal e roubaram a alegria do povo em fazer sua festa na hora certa.

Então, deixe o pessoal saracotear nesta festa popular, de forte expressão comunitária que nos une mais do que nos separa. Só não vê quem não quer ou não frequenta a jurisdição da patuléia. É latente alegria das comunidades em montar seu bloco, bois pintadinhos ou escola de samba.

É que tem madames e pequenos-burgueses que não suportam ver a alegria triunfal da plebe, que para muitos deles só serve mesmo para capinar o quintal de suas residêcias, limpar suas piscinas ou outras tarefas domésticas.

Então, que as camadas do povo digam o que têm no pé e na cabeça. E que os incomodados não venham mais atrapalhar nossa batucada.

Santander rompe contrato com a Zumbi dos Palmares

Estranha, muito estranha a decisão da agência Campos do Santander em comunicar à atual direção da Fundação Zumbi dos Palmares de que não mais interessa “comercialmente” ao banco que a entidade mantenha ali sua conta.

A medida do banco surge no justo momento em que a direção anterior da Fundação se encontra no olho do furacão e sob os holofotes da mídia de forma bem negativa devido à prática de inúmeras fraudes para desvio de dinheiro dos cofres públicos.

Não custa lembrar que, recentemente, um representante da agência também foi ouvido pela CPI que apura irregularidades na Fundação, onde evidências cabeludas de fraudes são suficientes para levar alguém para a cadeia.

Afinal, as irregularidades também incluem retiradas de grande quantia em dinheiro da conta da Zumbi naquela agência.

Há uma sábia recomendação marxista segundo a qual o capital não tem pátria, venha de onde vier.

Bem como pode-se socorrer nestas horas de uma seguinte indagação de Berthold Brecht: “O que é mais criminoso: fundar ou assaltar um banco?”.

O resto deixo por conta de vossas reflexões.

Veículos trepados

A polícia de São Francisco de Itabapoana calcula que no município haja perto de 100 veículos "trepados", linguagem policial que significa adulteração.

São Francisco do Itabapoana é um município de grande extensão territorial, o segundo maior do estado do Rio de Janeiro.

Não há grande concentração habitacional na sede do município. A maior parte do conjunto de seus habitantes reside no interior, espalhados em seus distritos.
Logo, uma polícia militar como a do Estado do Rio, sem estrutura de trabalho, carro em condições ou gasolina suficiente, jamais terá como combater o crime.

Então, SFI registra um índice de ocorrências policiais bem acima do que poderia se estimar para um município de cerca de 40 mil moradores.

Veículos trepados

A polícia de São Francisco de Itabapoana calcula que no município haja perto de 100 veículos "trepados", linguagem policial que significa adulteração.

São Francisco do Itabapoana é um município de grande extensão territorial, o segundo maior do estado do Rio de Janeiro.

Não há grande concentração habitacional na sede do município. A maior parte do conjunto de seus habitantes reside no interior, espalhados em seus distritos.
Logo, uma polícia militar como a do Estado do Rio, sem estrutura de trabalho, carro em condições ou gasolina suficiente, jamais terá como combater o crime.

Então, SFI registra um índice de ocorrências policiais bem acima do que poderia se estimar para um município de cerca de 40 mil moradores.

Veículos "trepados"

A polícia de São Francisco de Itabapoana calcula que no município haja perto de 100 veículos "trepados", linguagem policial que significa adulteração.

São Francisco do Itabapoana é um município de grande extensão territorial, o segundo maior do estado do Rio de Janeiro.

Não há grande concentração habitacional na sede do município. A maior parte do conjunto de seus habitantes reside no interior, espalhados em seus distritos.
Logo, uma polícia militar como a do Estado do Rio, sem estrutura de trabalho, carro em condições ou gasolina suficiente, jamais terá como combater o crime.

Então, SFI registra um índice de ocorrências policiais bem acima do que poderia se estimar para um município de cerca de 40 mil moradores.

Veículos "trepados"

A polícia de São Francisco de Itabapoana calcula que no município haja perto de 100 veículos "trepados", que na linguagem policial que significa adulteração.

São Francisco do Itabapoana é um município de grande extensão territorial, o segundo maior do estado do Rio de Janeiro.

Não há grande concentração habitacional na sede do município. A maior parte do conjunto de seus habitantes reside no interior, espalhados em seus distritos.

Logo, uma polícia militar como a do Estado do Rio, sem estrutura de trabalho, carro em condições ou gasolina suficiente, jamais terá como combater o crime.

Então, SFI registra um índice de ocorrências policiais bem acima do que poderia se estimar para um município com cerca de 40 mil moradores.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Falta do que fazer

Alguns vereadores da Câmara Municipal de Campos parecem mesmo não ter muito o que fazer. Na sessão de hoje do Legislativo, o vereador Jorge Rangel (PSB) prestou homenagens a três jovens que montaram um bar na Avenida Pelinca.

Dois deles são o filho do vereador Nélson Nahim (mais conhecidos como Alemão) e do ex-governador Anthony Garotinho (Vladmir Matheus).

É praxe vereadores não rejeitarem votos em proposições de seus colegas, tais como moção de pesar por motivo de falecimento e moção de aplausos, entre outras homenagens. Até mesmo em respeito aos colegas.

Ocorre que o vereador Marcos Bacelar (PSB) cismou de votar contra a homenagem proposta pelo colega, sendo voto vencido.

Tanto bastou para que os vereadores se embrenhassem numa discussão bizarra, tola e improdutiva sobre o bar. É deprimente para os eleitores campistas terem uma representação onde questões meramente pessoais tomem conta de um considerável tempo de suas excelências.
Ocorre que o nível da atual legislatura da Câmara Municipal de Campos é mesmo esse. O vereador Marcos Bacelar a atacar pessoalmente o ex-governador Anthony Garotinho, enquanto os outros vereadores da situação "entram na pilha ou passam recibo", como diz o linguajar popular contemporâneo.

Sem poder de retórica, argumentação ou capacidade de liderae a mudança do rumo da prosa no plenário, se deixam levar pela verborragia do oponente.

Então, o conjunto da obra é absolutamente lamentável: as sessões da Câmara são de uma indigência dolorosa, o que reflete o baixo nível da representação política atual.

Pecados escritos

Uma dos mais abominaveis pecados que de vez em quando cometemos ao redigir um texto é incorrer no que chamamos de muletas, pleonasmo ou vícios de linguagem.

Não raro, até mesmo alguns jornalistas escrevem "erário público", quando não existe erário que não seja público.

Muitos se valem do uso da expressão "plantel" para se referir ao grupo de jogadores de uma equipe, quando o correto seria utilizar "elenco".

Plantel é aplicado corretamente quando se trata de animais. Comumente usada por jormalistas esportivos que cuidam do turfe, quando fazem referência aos cavalos.

Outro erro imperdoável acomete alguns editores quando, ao publicar início da frase de um pesonagem, o faz sem inicial maiúscula, após o uso de "dois pontos".

Já que estamos num periodo de carnaval fora de época, que tal lembramos também do recorrente (ainda) "tríduo momesco". Vereador não pode ser tratado como edil como advogado não deve ser causídico, a não ser em textos do século XIX.

As regras da produção de um bom texto não inclui, certamente, a pobreza vernacular, mas o texto jornalístico deve ser coloquial. O mesmo já não ocorre quando se trata de editoriais ou artigos, quando se trata de algo muito individual, que reflete a formação e o pensamento pessoal de alguém.

Assim como o articulista deve preparar-se para que sua construção não seja pobre em riqueza vernacular ou força de argumentação, fazendo com que o trabalho pareça mais uma redação de curso primário,

Impôe-se que também o autor não seja levado pela vaidade. Como aquele que, ao tentar passar uma falsa erudição, lança mão de expressões que lhe fazem parecer apenas um pernóstico.

Não faz muito tempo, um redator de notícias de um conhecido e notório jornal-falado de uma emissora de rádio de Campos, utilizou o termo "efeméride". Como a literatura no início do século passado, a nossa imprensa carece de uma Semana de Arte Moderna para sua renovação ou uma sacudidela em forma e conteúdo.

Se estivesse ainda entre nós, a veteraníssima jornalista Marilda Rios diria que "efeméride" é a "puta que pariu".

Como se vê, nossa profissão é um eterno aprendizado. Ninguém, por mais experiente que seja, deixa de ser eterno aprendiz, aluno de seu tempo, do tempo pretérito e futuro.

Não basta apenas ser bom repórter, conhecer bem o ambiente, apurar bem as matérias, ter boas fontes. É preciso mais: saber escrever, de modo a ser claro e assimilável, ter responsabilidade profissional e ética com o que escreve e, especialmente, senso de justiça social.

Jornalista trabalha, na maioria dos casos, para uma empresa privada mas é um serviço público. Seu compromisso é com a sociedade.

De minha parte, continuo sendo aprendiz, pequenino diante da eterna aventura do conhecimento e do imenso universo que nos cerca.

Polícia na área

Segundo uma fonte deste novato blogueiro, uma ação de vários homens da Polícia Federal estaria acontecendo neste momento em Campos.

A mesma fonte não soube ainda informar quais locais a operação visitaria para cumprir mandados de busca e apreensão. Aguardemos, pois.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O espetáculo da Câmara

Tem sido de uma indigência de dar dó as sessões da Câmara dos Vereadores de Campos. A falta de decoro, a pobreza e o vazio de idéias e a ausência de perspectiva para as soluções que o municipio carece formam um quadro sombrio que só poderá ser superado com a vontade de mudanças nos discursos de alguns vereadores. Tomara que passem do discurso à prática.

O conjunto da obra é bastante assustador. De um lado, o vereador Marcos Bacellar e seu linguajar rasteiro que não se coaduna com o espírito de uma Casa que deveria se fazer respeitar, mas que em alguns momentos oferece ao distinto público um espetáculo esdrúxulo, grotesco e truculento.

A Câmara não pode ser transformada num circo, numa arena de gladiadores ou palco de disputa de questões pessoais entre o vereador e o ex-governador Anthony Garotinho, que vive e trabalha diariamente a quase 300 quilômetros da sede do Legislativo.

Se o vereador não tem nada a esconder em relação às suspeitas que sobre si recaem, que busque na força da argumentação, não no argumento da força, um expediente republicano e racional para enfrentar seus adversários.

Peça para abrir suas contas, abra mão do sigilo bancário ou telefônico. Desafie-os. Mas não venha baixar o nível com uma linguagem de sarjeta, ameaças ou agressões pessoais que não levam a nada.

Será que o povo de Campos merece uma Câmara que optou pelo caminho de uma casa de shows com números e atrações para tudo quanto é gosto?

Onde é que ficam os reais interesses da população, enquanto os vereadores se envolvem num bate-boca ridiculo, inócuo e deprimente.

O povo, que elegeu um governo de mudança, também escolheu vereadores para também mudar, inclusive os costumes, vícios e práticas que tanto infelicitaram nosso municipio nos últimos anos.

Previsão de tempo quente na Câmara

A última reunião no diretório do PMDB de Campos, no ultimo sábado, pode ter desdobramentos na sessão desta terça-feira, na Câmara Municipal.

É que os vereadores da bancada governista querem cassar o mandato do vereador Marcos Bacellar, por irregularidades que ele teria cometido em sua gestão à frente do Legislativo, além de emendas que teriam beneficiado a corrupção na prefeitura em 2008.

Os vereadores querem também chegar até Bacellar, através de depoimentos que serão prestados na CPI da Campos Luz. Eles apostam que o vereador está vinculado ao rastro de corrupção que levou a instalação da CPI, cujo principal alvo é o ex-presidente da empresa, Sivaldo Abílio, presidente do partido de Bacellar.

O pior é que Bacellar é um dos cinco membros da CPI. Como ele iria investigar a si próprio?

Como o vereador do PT do B não dá a mínima bola sobre o que se chama decoro parlamentar, espera-se que plenário seja transformado numa arena logo mais, a partir de 17 horas.

Outra questão que deve ser abordada é a contundência do vereador Jorge Magal na reunião, que acusou o presidente da Câmara, Nélson Nahim, de travar o andamento da CPI da Campos Luz, pedindo para que “segurasse” alguns depoimentos.

Com sua experiência de repórter, o ex-governador Anthony Garotinho, presidente regional do PMDB, fez várias perguntas a Magal sobre o episódio, numa reunião aberta, com a presença da imprensa, da militância e de tantos quantos curiosos que passassem pela Rua 21 de Abril.

O questionamento de Garotinho se estendeu ao vereador Antônio Marcos Papinha, presidente da CPI que “não estaria andando”.

A alguns amigos, Nélson Nahim tem confidenciado que a questão tem relação com as eleições de 2010. O vereador quer porque quer ser candidato a deputado estadual, enquanto o grupo teria compromissos com dois nomes já fechados para apoiar no próximo pleito: o secretário de Governo, Roberto Henriques, além do deputado estadual João Peixoto (PR).

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Bons ventos que sopram

Ninguém pode dizer que nesta planície altaneira de Zé Cândido de Carvalho não há agitação cultural.

Entre uma e outra manifestação que em nada contribui para a evolução mental da nossa gente — apenas para distrair a vaidade obscura de alguns detentores do poder cultural — há um movimento, ainda que escasso, em torno da nossa mais genuína manifestação de arte: a música.
O samba, propriamente dito. E da nossa memória cultural.

A bela matéria assinada pela correta jornalista Angélica Wellemen, na revista dominical do jornal O Diário não deixa mentir.

Ela trata do documentário a ser produzido pela cantora Lene Moraes e alguns outros bambas sobre a história dos que fizeram o carnaval de Campos em seus tempos áureos.

Sempre achei que a história musical desta cidade está bem acima do que a rapaziada produz no presente. Com as exceções de praxe.

O problema é que se exige mais, sempre mais, de uma terra que já deu Wilson Batista, Jesy Barbosa, Mário Pinheiro, Délcio Carvalho, Roberto Ribeiro, Joel Teixeira, Miltinho do MPB 4, Zezé Mota, Barrosinho da Black Rio, Rogério Bicudo, "Roberto Marques Trombone do Brasil", Romulo Gomes e tantos outros que escreveram o nome no universo da cultura musical brasileira.

Lene Moraes, pra início de conversa, é uma carioca nascida no Irajá, que não é um lugar qualquer. É o berço de Nei Lopes, que fez o gostoso sincopado Samba do Irajá, com ninguém menos que Chico Buarque. Terra também do grande ritmista Paulo Costa, que há muito foi para os EUA, onde acompanha Sérgio Nomes e grandes nomes do jazz. Dolores Duran também é de lá.
Mas, só para fechar a conversa, Zeca Pagodinho e o Boêmios do Irajá também têm o umbigo ali fincado. Ali do lado, há uma resistência do samba (e que resistência!), a guerreira União de Vaz Lobo. Mais adiante, Madureira com o Império e a Portela.

Dito isto, então chega a nossas plagas a Lene Moraes, bebe a água do Rio Paraíba, canta, se encanta e fica por aqui entre nós. Para nossa alegria, glória e honra trouxe esses bons ventos e fluídos de que só o rico subúrbio carioca é capaz.

Ao lado de Geraldo Gamboa e outras feras tem desfraldado entre nós a bandeira de nossa música. Que boas rodas se samba possam novamente ocorrer por aqui, como no Braseiro. E que torne nossa Campos menos insossa do ponto de vista cultural

domingo, 26 de abril de 2009

O "atacante" Emerson é nosso

De quebra, o adversário nos concede mais um presente de cortesia. O Flamengo não precisa disso, mas alguns botafoguenses são por demais generosos e fidalgos.

Não sei se no Botafogo há deuses, como em nossa religião. Se há, o Emerson deveria ser castigado pelo pior dos pecados: a traição. O presidente do Botafogo deveria instaurar uma sindicância para apurar a origem das recaídas desse dadivoso zagueiro, que virou nosso atacante.

O Flamengo não entrou em campo, ninguém jogou nada, afora exceções de praxe.
Quando um time fica sem um expoente como Léo Moura (alguém o viu no gramado?), jogando com dez, fica difícil. Aliás, com nove, porque o Zé Roberto subtraiu também.

Esse rapaz ainda não compreendeu o significado (para qualquer cidadão) em envergar o Manto Sagrado (com letras maiúsculas, sim senhor).

Virtudes técnicas não lhe faltam, mas não basta. Para jogar no Flamengo é necessário aquele algo mais.

A Nação Rubro Negra exige de seus ídolos que sejam, acima de tudo, guerreiros espartanos. Muitos que já vestiram o Manto entraram para a galeria de mitos imortais na memória Rubro-Negra, mesmo sem possuir grande exuberância técnica.

Pavão, Tomires, Liminha, Fio, Merica, entre outros, deram demonstrações de que viver não é preciso. Mas dar o sangue pelas nossas cores, sim, é preciso. É um dos cânones sagrados da liturgia rubro-negra.

Quem sabe, Zé Roberto ainda não esteja em fase de iniciação. Mas não será com aquela sua passada de urubu malandro... Urubu, este sim, é o nosso símbolo, a Urubuzada exige raça, não indolência.

Mesmo sem raça ou futebol, ainda assim empatamos. Um empate que pareceu vitória. O Flamengo saboreou-o como se fôsse. Para o Botafogo, amargo sabor.

Não queremos gentilezas dessa forma. Mas, já que nos foi concedida...

Sabe-se que todos os nossos pobres adversários desenvolvem um exercício de fixação sobre nós, um complexo de inferioridade que só os estudiosos dos meandros do comportamento humano podem analisar ou descrever.

Portanto, meu caro Provisano e mais outros três ou quatro leitores desta impoluta tribuna, a mais imparcial sobre o futebol na blogsfera, estamos nós de prontidão em nossa trincheira para defendermos o pavilhão do Mais Querido.

Temos que estar bastante atentos, implacavelmente vigilantes. Se possível com lupas ou outros instrumentos capazes de detectar alguma manobra das chamadas forças ocultas.

De resto, não temos culpa se, nos últimos anos, alguns estabanados zagueiros do nosso rival de hoje têm sido nos últimos anos vítima de uma pane mental ou uma certa dosagem de reverência quando se deparam com algum oponente vestido com o Manto Sagrado (com maiúsculas, por favor) no relvado do Maracanã.

Em 1995, um zagueiro de poucos predicados conhecido como Márcio Theodoro nos entregou de bandeja uma grata cortesia que encheu o Maraca de alegria, numa decisão de Taça Guanabara.

A memória rubro-negra e as reminiscências mais recentes do futebol relatam que o jogo estava 2x2, quando o generoso zagueiro botafoguense tenta recuar uma bola para o seu "kipper". Romário, com toda sua intuição e genial esperteza, percebe a intenção do zagueiro e, antes que a bola chegasse ao goleiro Vagner, mandou para a rede. Fizemos 3 a 2 e levamos a Taça Guanabara, da qual somos recordistas de trofeus.

A torcida botafoguense, a partir desse jogo, pensaria várias vezes antes de cantar um refrãozinho herege: "Urubu otário.. Quem tem Túlio não precisa de Romário". E a Nação Rubro Negra (letras maiúsculas, por favor), devolvia aos gritos, gritando "Mário Te Adoro! Márcio Te Adoro!".Agora me vem um tal de Emerson e reproduz a gentileza do Theodoro, só que enviando o balípodo contra seu próprio patrimônio, como repetem os repórteres esportivos, de maneira bem original.

Não precisamos dessas fidalguias na disputa de uma refrega histórica. Mas já que nos foi concedida esta graça, e sua senhoria, o árbitro, consignou o lance, vamos cumprir a regra, legalistas que somos. A súmula diz que Flamengo 1x0 Botafogo foi o resultado final do domingo último, o que nos deu a chance de levar mais uma taça para casa, segundo o regulamento.

Estamos concentrados para mais estas finais, que serão recordes de público no futebol brasileiro, certamente.

O que ratifica a força da paixão de cariocas e fluminenses pelos seus clubes. Ao contrário da incompetência de seus dirigentes, muitos deles sob suspeita.

sábado, 25 de abril de 2009

Reunião "quente" no PMDB

Foi bastante acalorada a reunião do diretório municipal do PMDB, que terminou no início desta noite na sede do partido. A temática predominante foi a necessidade de manter a postura obstinada do governo no combate à corrupção. Pelo menos foi o que pregou com ênfase o ex-governador Anthony Garotinho, presidente regional da sigla.

Há secretários e dirigentes de outros orgãos que estariam puxando o freio de mão nas investigações das práticas de corrupção no governo anterior. Estes receberam de Garotinho um puxão de orelhas.

"Essas pessoas não são desonestas, mas estão temerosas em ir à frente nas apurações dos fatos. Eu digo que o homem público não pode ter medo, não. Se estão com medo ou não têm disposição em apurar, que peçam logo para sair antes deste mês para não ser exonerado pela prefeita", disse Garotinho.

Garotinho e a militância presente ouviu do vereador Jorge Magal (PMDB) declarações contundentes sobre a atuação de alguns secretários e outros que estão com cargos em comissão na prefeitura, em primeiro e segundo escalão.

"Tem secretários e outros que estavam do lado de lá, que não estão querendo ver o governo deslanchar", acusou o vereador.

Magal referiu-se a alguns nomeados para cargos em comissão que no primeiro turno das eleições estiveram ao lado da candidatura de Arnaldo Vianna. Alguns, permaneceram até o último momento no governo passado.

Quando viram que o barco da candidatura do deputado federal do PDT estava a caminho do naufrágio, os oportunistas pularam para o lado da campanha de Rosinha, aos 45 minutos do segundo tempo. Alguns foram contemplados graças a indicação de partidos da base aliada.
Magal disse ainda a CPI da Campos Luz não está caminhando como devia, em razão da composição dos vereadores que estão à frente da apuração, entre eles Marcos Bacellar.

Filiado ao PT do B, Bacellar é correligionário do ex-presidente da empresa de iluminação. Sivaldo está indiciado sob suspeita de haver desviado cerca de R$ 10 milhões como dirigente da Campos Luuz.

Ele disse que a CPI recebeu recomendação do presidente da Câmara, Nélson Nahim, para não ir adiante em algumas situações.

Garotinho fez algumas ponderações segundo as quais o governo não pode se preocupar com os peixes pequenos e deixando de lado os graúdos.

"Alguns desses que só agora estão do nosso lado, acharam que o outro lado era a melhor opção. Se enganaram. Mas vamos atrás dos graúdos. Não adianta combater os pequenos, vamos pegar os graudos. Até porque todos nós eramos de um só lado. Surgiram dois lados porque eu expulsei Arnaldo, Ilsan Chocolate e outros do nosso grupo", comentou Garotinho.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Os jegues

Sob forte pressão dos deputados, a Mesa da Câmara recuou e decidiu levar a votação em plenário, na semana que vem, a proposta de restringir o uso de passagens aéreas a parlamentares e assessores, entre outras medidas contra a farra aérea.

Pelo menos um ponto deve ser derrubado: o que proibiria o uso das passagens por parentes de deputados.

Agora vejam o que disse o deputado Domingos Dutra (PT-MA):

“Daqui a pouco vão querer que eu ande de jegue, more em palafita e mande mensagem por pombo-correio”. Sobre as restrições ao uso de passagens aéreas por parentes de deputados.

Um observador atento, das galerias do Congresso, disparou: “Eu não vou comentar sobre o andar de jegue.. Só vou dizer que ele já anda de jegues. Nós, os jegues, já os carregamos! Carregamos todos.

Sexto assalto a carro da Souza Cruz

Dois homens acabam de assaltar um veículo da Souza Cruz em Campos. Os assaltantes renderam o motorista e assumiram o controle do veículo, entrando numa rua da localidade de Nova Goytacazes.

Liberado pelos delinquentes, o motorista, que não foi identificado, disse que é o sexto assalto que ele sofre depois que passou a trabalhar em Campos. A polícia tenta capturar os bandidos.

A informação é do correto e diligente repórter da Campos Difusora e Diário FM, o intrépido Alexandre Paiva.

Depois, o governador Sérgio Cabral afirma que a segurança no Estado "está sob controle". Sob controle de quem, cara pálida?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Aleluia, o censor

Quando se imagina que idéias obscuras e atrasadas é algo sepultado e que não nos impedirá em nossos tortuosos caminhos rumo à democracia, eis que lá de nossa altaneira Bahia surge o deputado federal José Carlos Aleluia, que me vem uma bizarra proposta, diante das baixarias da última quarta-feira na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele se acha preocupado com os reflexos, perante a sociedade, das contendas nada cavalheirescas ou amáveis entre os civilizados ministros da nossa mais alta Corte.

A idéia do Aleluia, segundo o zum-zum-zum que rola no Congresso, é a de simplesmente pugnar pelo fim das transmissões das sessões do STF pela TV Justiça. Isto mesmo! O bravo e impoluto parlamentar quer acabar com os vexames dos senhores ministros em rede nacional. Ou seja, nada menos do que esconder da ralé as baixarias protagonizadas pelos nobres representantes da alta magistratura.

O cerebral deputado alega ter recorrido a seus alfarrábios para conclur que na Alemanha e EUA não há essa exposição pública desses insignes senhores.

Ora, a transparência da atuação de servidores muito bem pagos para fazer justiça num país marcado por tantas injustiças, é uma cobrança irredutível da sociedade. A não transmissão até se justificaria em algumas exceções como em casos de segredo de justiça.

Enfim, Aleluia quer deixar a sujeira debaixo do tapete e sem visitas na sala, através de uma proposta retógrada de censura. Aleluia é do DEM, já foi do pefelê, que era o PDS e que antes era Arena, partido que era o braço político do regime militar nos anos 60/70.

Com uma ficha dessas, haveria de surpreender essa inclinação do deputado pela censura? Quem sabe, nostalgia da ditadura.

Os capangas do ministro

Talvez o ministro Joaquim Barbosa houvesse interpretado o sentimento de milhões de brasileiros que rejeitam as decisões e a postura autoritária do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

No entanto, uma expressão utilizada por Barbosa ao referir-se a Mendes, no tiroteio verbal de ontem na sessão do STF, pode-lhe custar caro.

Disse o ministro Barbosa, incisivo: "O senhor aqui não está falando com seus capangas lá de Mato Grosso, não", repreendendo o presidente do Supremo.

Ao pé da letra, segundo o Aurélio, capanga, no sentido que Joaquim Barbosa claramente aplicou, significa "valentão que executa serviço a quem lhe paga". Portanto, uma expressão pejorativa e maledicente.

Logo, a idéia é a de que Gilmar Mendes ofereceria recompensa financeira a quem lhe presta serviços, digamos, para empreitadas menos nobres, sob uso da força. Algo nada republicano e que não condiz com a postura e a imagem de um presidente da mais alta Corte do país.

Se é que a esta altura o todo-poderoso presidente do STF esteja preocupado com o que a sociedade pensa a seu respeito.

O ministro da Idade da Pedra

O País assistiu, entre estupefato e perplexo, a agressões vulgares e banalizadas entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes e o seu colega, ministro Joaquim Barbosa.

Não tenho capacidade alguma para avaliar a sapiência jurídica do atual presidente do ministro Gilmar Mendes. Sequer sou advogado. Mas me parece uma pessoa que revela uma visão de mundo atrasada, porquanto criminaliza movimentos sociais e deve entender, como os truculentos chefes de polícia na República Velha, que a subversão das massas é coisa de polícia. Então, é só baixar o porrete nos rebeldes ou inconformados com o status quo que se resolve o problema.

Os movimentos revolucionários na Europa, no século 19 comprovam o contrário. Foi justamente com o sangue das massas operárias que se construíram civilizações que entraram para a História. Por homens como Gilmar Mendes, o Brasil jamais sairá da civilização da Idade da Pedra contemporânea.

Assim ele faz com o MST, que persegue e demoniza. Deveria até ser impedido de julgar quaisquer processos envolvimento os sem-terra, visto que suas convicções ideológicas bastante arraigadas e contundentes lhe retira a imperiosa capacidade de julgar com isenção de ânimo e espírito.

Me parece ser um homem de pensamento elitista, conquanto outros significados que a palavra possui. Elitista, sim, com a visão do pequeno-burguês.

Típico exemplo de julgador que, de suas torres de marfim, se acham acima do bem e do mal, como são boa parte dos magistrados, verdadeiros intocáveis ou semideuses.

Certamente que o sr. Mendes se vale da nossas generosas leis quando tomar decisões favoráveis a banqueiros denunciados por fraudes e roubalheira.

Mas, que juizes são esses capazes de cumprir a lei com todas as suas flexíveis brechas protetoras dos poderosos, mas incapazes de decidir em favor dos que mais precisam da lei?

Juiz, como a própria palavra, não é um árbitro a quem cabe fixar penas e cumprir frieza das regras. É assim no futebol, onde o homem de preto arbitra. Juiz é o julgador, que se vale das múltiplas nuances que lhe faculta a Teoria do Direito, capaz de interpretar a lei com visão humanística, não apenas para cumprir a letra fria das leis.

Alega Mendes que o sr. Daniel Dantas não pode ser execrado ou atirado as feras sem o devido processo legal ou o amplo direito de defesa.

Como se Dantas não tivesse suporte de bancas de caríssimos advogados para defendê-lo. Ao contrário dos miseráveis que apodrecem nas cadeias deste país, lá são jogados como lixo, mesmo antes da condenação. Alguns até já cumpriram pena, mas lá estão, relegados à sarjeta nos porões do nosso sistema carcerário.

Também me parece ser o sr. Mendes um sujeito autoritário que revela vocações ditatoriais ou arbitrárias.

Por isto mesmo, como disse o ministro Joaquim Barbosa, ele precisa conhecer e ouvir a voz das ruas, o repúdio dos brasileiros conscientes a esta figura lesiva à consciência jurídica nacional, conquistada a duríssimas penas pelos advogados e cidadãos livres deste País.

Aliás, muito antes de Gilmar Mendes proclamar-se paladino das liberdades, um sem- número de brasileiros, alguns deles verdadeiros heróis anônimos, deram até suas vidas pela reconquista da democracia.

A propósito, gostaria muito de saber onde estava o ministro Gilmar Mendes quando estourou o golpe de 1964.

MV Bill "balança" com a idéia de concorrer ao Senado

Quando suas letras saíram dos limites da Cidade de Deus, no Rio, o rapper MV Bill sabia que sua pregação social não ficaria restrita à música. Aos 35 anos, Alex Pereira Barbosa mora na favela, mas MV Bill percorre o País.

Na esteira do hip-hop, documentou atração de jovens pobres para o crime e, com o parceiro Celso Athayde, fundou a Central Única das Favelas (Cufa).

Em março, num show na Cidade de Deus, Caetano Veloso sugeriu que Bill virasse senador. Isso ganhou adesão de jovens da rede de comunidades da Cufa, que contratou pesquisa.

Das 1.100 pessoas ouvidas no Rio, 23% votariam nele para senador. Entre eleitores de até 24 anos, o índice é de 37%. Em entrevista ao Jornal da Tarde, do Grupo Estadão, o rapper diz que a repercussão o “balançou”.

JT - De onde vem ideia de Caetano defender seu nome para o Senado?

MV Bill - Foi maluquice do Caetano. Nunca tive pretensão política. Ao contrário. Sempre dei declarações apartidárias, sem rabo preso, para falar o que quero.


Agora, o cantor de rap diz que pode rever posição apartidária após pesquisa que indica um grande apoio no Rio.

OPINIÃO - É curioso como a comunidade jovem dos morros cariocas, sobretudo os negros, se distanciaram do samba, legítimo representante dos valores e da cultura de seus ancestrais. E resvalaram para outros movimentos importados como o funck e o rap. Que construiram, reconheça-se, um movimento identificado com a realidade desses jovens.

A verdade é que o samba tem sido ao longo dos anos relegado, ou até mesmo alijado, da pauta das grandes gravadoras e rádios.

Há entre alguns intelectuais, como Nei Lopes, a convicção que esta motivação vai além dos interesses mercadológicos e passa, principalmente, pelos interesses ideológicos, que tem como instrumento a indústria cultural cujas gravadoras e produtoras têm suas matrizes aonde?.... Nos Estados Unidos da América...

A forma mais eficaz de se dominar uma civilização é fragilizando-o, através da eliminação de sua própria cultura. Nem precisam de armas, como fizeram no Iraque.

É assim que se caminha para a alienação suprema de um povo alienado, desfibrado e que se submete dócil e servilmente aos interesses do dominador, representado hoje pelo imperialismo capitalista, que tem à frente os EUA.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Baixaria na mais alta Corte da Justiça

Como diriam os que habitam a base da pirâmide, um "barraco" aconteceu agora à noite na mais alta Corte da Justiça brasileira. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, presidente da corte, e Joaquim Barbosa tiveram uma nova discussão durante a sessão plenária desta quarta-feira.

Ao avaliar uma das ações do dia, Mendes disse que Barbosa "julga por classe" e não tem condições de "dar lição de moral". As baixarias foram transmitidas pela TV Justiça.

— Vossa excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim. Saia à rua ministro Gilmar — disse Barbosa para Mendes.

— Eu estou na rua — disse Mendes.

— Vossa excelência não está na rua, não. Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso — disse Barbosa.

— Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. - O senhor me respeite — acrescentou.

Discussão anterior - Esta não foi a primeira vez que os ministros discutiram em plenário. Em setembro de 2007, os dois já haviam se desentendido.

O bate-boca começou quando Mendes propôs votar novamente, com a presença de todos os 11 ministros que integram o STF, uma questão decidida em uma ocasião anterior, quando um dos ministros não estava. – Ministro Gilmar, me perdoe a palavra, mas isso é 'jeitinho'. Nós temos que acabar com isso – disse Barbosa na ocasião.

Em resposta, Mendes disse que não iria responder à provocação.

– Vossa Excelência não pode pensar que pode dar lição de moral aqui – retrucou Mendes, em 2007.

A discussão desta quarta ocorreu apenas um dia antes de Gilmar Mendes completar um ano à frente da presidência do Supremo.

Nesse período, o presidente do STF se envolveu em polêmicas com o Congresso Nacional, acusado por parlamentares de usar o STF para tomar decisões de competência do Poder Legislativo.

Mendes também enfrentou embates com a Polícia Federal, após acusar a corporação de "espetacularizar" suas operações, e com o Ministério Público, ao dizer que o controle externo do órgão sobre a PF é algo "litero-poético-recreativo".

Fonte: G1

Prorrogado prazo para cadastramento de passagem a R$ 1,00

A Empresa Municipal de Transportes (Emut) dá nova oportunidade às pessoas que não compareceram até hoje aos postos de cadastramento da passagem a R$ 1,00.

O cadastramento será feito somente no posto da Praça São Salvador, a partir desta quinta-feira até o dia 24 de junho, de acordo com as iniciais dos nomes.

O posto vai funcionar nesta quinta e na sexta-feira, das 8h às 17h.

Acusados de compra de votos em liberdade

Os três denunciados que se encontravam presos por conta de investigações de denúncias de compra de votos nas eleições de 2008 em Campos, serão postos em liberdade a partir desta meia noite, quando expirou o prazo da prisão temporária na Polícia Federal (PF) em Campos.

Thiago Machado Calil, José Geraldo Calil e Assis Gomes Neto foram acusados de crime eleitoral no distrito de Vila Nova e tiveram prisão decretada no último dia 13.

O delegado Paulo Cassiano Junior, através de um assessor, disse que não havia razão para pedir a prisão preventiva os suspeitos. “A liberdade dos três está mantida, a partir do encerramento do prazo da prisão temporária. A não ser que haja outros motivos nas próximas horas ao longo das investigações, que prosseguem”, disse o funcionário da superintendência local da PF.

Na tarde de hoje, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Arnaldo Versiani, negou habeas corpus para Thiago Machado Calil, mas a decisão da Corte perdeu o objeto, com o término do prazo da prisão temporária e o não encaminhamento da prisão preventiva pelo delegado.

Cassiano Junior havia pedido a prisão temporária dos três, alegando que eles estariam coagindo testemunhas do distrito, que iriam depor no inquérito

Explicado

O deputado Geraldo Pudim justificou a inclusão de gastos de assinatura da SKY em verbas indenizatórias da Câmara Federal. Ele alega que foi eleito com votos de municípios do Grande Rio e, para atender seus eleitores, mantém um escritório na Avenida Almirante Barroso, no centro do Rio.

É ali que o deputado pára para assistir as sessões da Câmara ou do Senado quando se encontra em atendimento aos leitores e, obviamente, não está em Brasília. Os gastos com a manutenção da assinatura são de R$ 159,00.

Outro parlamentar que está numa lista publicada pelo jornal O Dia, na edição de hoje, é Arnaldo Vianna, que teria gastado R$ 4.500 de combustível em uma semana.

7 milhões

É o total do valor aproximado de emendas dos vereadores para os shows-fantasmas que foram pagos e não realizados pela Prefeitura de Campos, via Fundação Municipal Zumbi dos Palmares.

As duas CPIs (a da Zumbi e da Campos Luz) tem tudo para reprisar (infelizmente) episódios lamentáveis como a Operação Telhado de Vidro.

As coisas são muito cabeludas em ambas investigações. É lastimável que Campos saia tão mal na foto, pelo menos nos últimos oito anos, quando se trata de corrupção.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Brasília quase cinquentona

Brasília completa 49 anos. Sempre imaginei que a inauguração da capital favorecia a distância do povo em relação ao núcleo de poder decisório. Se o Senado Federal se situasse no Rio, será que o Renan Calheiros circularia num restaurante sem ser incomonado, até mesmo vaiado, quando que explodiram aqueles escêndalos?

O Rio fragilizou-se bastante com a transferência da capital, o que para nós, cariocas ou fluminenses, representou perda mais do que tudo sentimental, seja por laços afetivos ou barristicos com a chamada Cidade Maravilhosa.

A verdade é que já na Constituição de 1823, José Bonifácio já previa a transferência da capital. Outras tentativas foram feitas ao longo do século passado.

Venerar ou adorar o Rio é dever de todos nós, brasileiros, como até os estrangeiros fazem, mas até quando ficaremos de frente para o mar e de costas para o Brasil?

O Centro Oeste era a Amazônia de hoje ignorada e despovoada e, por isso mesmo, sempre alvo e objeto da cobiça da rapinagem internacional.

Nós do Sudeste, olhamos apenas para nosso umbigo, desdenhando nossas matas e cerrados, onde há grande número de propriedades estrangeiras, como ocorre na região Norte do Brasil. Ali nossas riquezas têm sido criminosamente saqueadas, enquanto permanecemos passivos ou inertes.

Faz-se necessário, sim, a interiorização do País. Se no Planalto Central os deputados, senadores e outros funcionários públicos se mantêm distantes da realidade brasileira, cabe ao eleitor julgar-lhes, não renovando seus mandatos.

Errata

Peço desculpas em trocar o nome do nosso grande herói marinheiro, João Cândido, por Antônio Cândido. Este, diga-se, critico literário de peso e grande nome da cultura brasileira.

Tiradentes

Ao contrário dos EUA e países da Europa, somos um povo carentes de mitos. Quando os temos, não os entltecemos o quanto devíamos.

Tiradentes merece e dever ser sempre lembrado. Foi, ao lado de Zumbi dos Palmares, um dos nossos sagrados mártires.

Lamentavelmente, para a grande maioria dos brasileiros é apenas um feriado a mais em que não se trabalha, um dia a mais para ficar em casa ou nas praias. As pessoas não refletem a data porque desconhecem sua essência e não mais se voltam para o coletivo, apenas para si mesmo.

Nas escolas, deveria ser solenemente reprovado o aluno que não soubesse por completo sobre a história e a saga de Tiradentes, Zumbi, Antônio Cândido e tantos outros vultos.

Afinal, mais do que preparar homens para vencer na vida, a escola deveria ter uma missão precípua: a de ensinar a todos a serem cidadãos brasileiros, conscientes de que temos responsabilidade de trilhar um longo camingo até construirmos um projeto de nação.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O modelo da Coagro

Na tarde de hoje, a diretoria da Coagro mandou celebrar uma missa pelo início da safra 2009/10. Entre as escassas usinas que restaram em Campos, talvez seja a única que caminha sem solavancos, sempre superando seus próprios recordes.

Mais do que isto, tem sido apontada até mesmo em âmbito nacional como modelo de experiência cooperativista, num setor sempre sujeito aos humores do mercado e as incertezas das condições climáticas.

No início, há sete anos, o grupo de fornecedores chegou a ser tachado de aventureiros.

Afinal, tocar uma usina, com a necessidade de se modernizar sempre para enfrentar uma competição cada vez mais acirrada com os grandes centros, seria tarefa exitosa para produtores de cana, mais afeitos à gestão de suas lavouras do que administrar uma indústria? Logo provaram que sim.

O segredo da gestão qualitativa da Coagro a prioridade para o profissionalismo, acima de tudo, contratando sempre os mais eficientes para funções mais estratégicas. E buscando sempre privilegiar a remuneração dos que sustentam, verdadeiramente, a indústria. Ou seja, os cooperados, que cultivam a matéria-prima sob chuva e sol. Sem cana, não há açúcar.

A Coagro é um iniciativa das mais louváveis e inteligentes que, sobretudo, beneficia o fornecedores de cana da região, pequenos produtores em sua maioria, tornando-os menos vulneráveis e possuidores de melhor poder de barganha em sua relação com o mercado.

Parabéns ao dinâmico Frederico Paes, bem como sua dedicada e eficiente equipe.

Deficit de ônibus

Com a entrada em vigor do Programa Campos Cidadão, pela prefeitura de Campos, as empresas de ônibus terão mais do que dobrar sua frota, de acordo com estudos da Empresa Municipal de Transportes (Emut).

Que venham ônibus novos, ou em bom estado de conservação, mas que horários sejam cumpridos, bem como sejam respeitados os direitos dos idosos, estudantes e deficientes. O transporte coletivo, lembrai-vos, é uma concessão pública.

Portanto, cabe ao poder público implementar uma política para o setor, fiscalizar as empresas e exigir que sejam cumpridas as cláusulas do contrato de concessão.

Há empresas de ônibus em Campos cujos proprietários são donos de outras empresas, no Grande Rio e Belo Horizonte, e que na hora de renovar a frota se valem de sucatas de suas congêneres das duas capitais. Uma vergonha. Depois, reclamam do transporte alternativo.

A verdade é que o governo anterior estimulava esse caos. Tanto que não faltaram adesivos nesses veículos de candidatos à reeleição no Legislativo.

domingo, 19 de abril de 2009

O triunfo das massas

Subo nesta impoluta tribuna, a mais imparcial do futebol de Pindorama, para exaltar as virtudes dos nossos bravos rapazes, guerreiros espartanos que defendem o pavilhão sagrado da Nação Rubro Negra, diante dos nossos velhos rivais que em tempos remotos ousavam tripudar sobre nós, ao prenunciar vitórias antes do inicio do jogo, gastando inclusive o bicho, antecipadamente, na feira livre na semana das nossas contendas.

Isto, faz anos, ao tempo em que se amarrava cachorro com linquiça, nos tempos primitivos do ludopédio, que à época era jogado com bola oval fabricadas de bexigas de mamíferos.

Bravatas e arroubos às parte, estamos, sim, perto de superar os tricolores em disputas paroquiais, a caminho de maizomenos 31 títulos estaduais, se não me ocorre algum equívoco.

Vitória do Flamengo é o triunfo dos desvalidos, daí que qualquer festa após o trilar do apito final de sua senhoria é transformada num acontecimento de plena efusão e êxtase; cada grito de gol soa como um brado de alerta. O prenúncio da epifania a sinalizar que um dia os humildes vencerão.

E que venham os dois próximos domingos.

Que seja eterno enquanto dure

Não apenas sábado, mas domingo é dia de pernas de fora. Então, um pouco de amenidades e anotações de nossa memória fazem bem.

Afinal, dura e tão indigesta é a vida que a aridez da realidade cotidiana impôe uma fuga, embora nunca se escape de reflexões sobre a natureza humana "Nada que é humano me é indiferente" (Terêncio, dramaturgo e poeta romano).

Há alguns dias, recebi notícia desagradável. A de um casal amigo cuja união houvera sido desfeita havia alguns meses. Era um típica comunhão em que — pelo menos os mais íntimos pensavam — duas pessoas pareciam feitas uma para a outra.

O enlace durou pouco mais de três anos, algo que pode ser apontado como façanha nos dias atuais, onde apareceu a superficial figura do "ficante", namorado (a) que pode durar alguns meses, semanas ou dias, até mesmo algumas horas. Há casos extremos em que o prazo de validade restringe-se a apenas alguns minutos.

Casamento é contrato que não inclui algumas cláusulas tradicionais consolidadas pela sociedade patriarcal e machista que impôem ao homem uma necessidade de virilidade, quase que de uma força arbitrária

Para a mulher, questão de honra é ser capaz de preservar o casamento; para o homem, é ser capaz de projetar uma imagem de sedutor irresistível e mulherengo. Asseguram até algumas que os canalhas são irresistíveis, espécie de narcisismo às avessas.

Ao longo dos séculos, as famílias nutriam receio medonho de que seus rebentos revelassem inclinações de fragilidade ou feminilidade, porta aberta para o homosexualismo. Então, logo eram estimulados a experimentar práticas sexuais com escravas/empregadas, que mantinham aquele segredo trancado a sete chaves, sob pena de serem submetidas a severos maus tratos. Se engravidasse, então, seria condenada por conspurcar o sangue nobre da família.

A alma feminina desenvolve e cultiva o ideal imaginário de encontrar o seu príncipe encantado e casar de véu e grinalda. E tem ainda o padre que vem lá com aquela história do "felizes para sempre", como se a felicidade eterna fosse.

Para a mulher, o lar simboliza seu ninho de amor, um ideal de felicidade. Cuida dele como o esmero de um ourives. Para o homem, a rua ou um bar pode ser a extensão dessa felicidade. "Meu lar é o botequim" (Noel Rosa). A casa é uma espécie de santuário para o repouso merecido do guerreiro.

Aí então se ampliam as divergências, revelam-se as diferenças, as indisposições caminham para o terreno da desinteligência e, quando menos se espera, lá se vai ela registrar uma queixa na delegacia de mulheres.

Então, para a mulher, esse principe pode se transformar num sapo; o casamento imaginário, apenas um pesadelo de fragmentos perdidos em sua memória.

Há casos em que a mulher mergulha em pensamentos, reflete, contemporiva, desiste da queixa e tudo volta a entrar nos eixos. Pelo menos, aparentemente. A mulher tem mais apego ao casamento, suas emoções a tornam mais capaz de preservar-se e preservar o casamento.

Em sua vida marcada pelo signo da liberdade e fraternidade, também pela incrível coleção de mulheres e amores, mundana para os conservadores da época, Vinicius foi indagado por que era contra o casamento. De pronto, respondeu que jamais fora contra o casamento, pelo contrário, pois que havia casado onze vezes.

Enfim, é a vida, para ele "a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida".

sábado, 18 de abril de 2009

E vamos à luta

Bem sei que desestimula contentar-se em vencer apenas as disputas locais para quem foi testemunha do ápice de um futebol jogado com estilo musical, requinte e beleza plástica, inteligência e genialidade, como foram capazes Raul, Leandro, Mozer, Marinho e Junior; Andrade, Adílio e Zico, Tita, Nunes e Lico.

Para quem participou daquele frenesi naquela efusiva e louca madrugada de 13 dezembro de 1981, com as ruas, esquinas, botecos e restaurantes do centro do Rio apinhados de representantes da nação vermelha e preta...

Convenhamos, que as disputas domésticas, com todo seu charme e rivalidade, ficam muito aquém da suprema glória do Mundial Interclubes em Tóquio.

Aliás, pergunte a qualquer torcedor rubro-negro que acompanhou aquela epópéia, onde ele estava e o que fazia naquele momento do retumbante triunfo sobre o Liverpool, e certamente todos haverão de se recordar daquelas horas de desvairada efusão que só o Flamengo e sua inigualável Nação Rubro-Negra (com letras maiúsculas, por favor) é capaz de proporcionar.

E o que dizer daquelas batalhas épicas na campanha da conquista da Taça Libertadores, um pouco antes do Mundial Interclubes, com as fantásticas e inesquecíveis atuações de Zico, quando apenas o grande Santos era o único brasileiro a operar tal proeza em trazê-la para o País?

E o orgulho de que nos tornamos possuídos pelos torneios internacionais conquistados pelo mundo afora, quando aquele "Rolo Compressor" enfileirou mais taças e troféus do que nenhum outro clube brasileiro, superando até o mesmo Santos de Pelé?

Pois bem... Apesar de todas essas gloriosas batalhas vencidas que nos vai na memória, nós iremos, sim, aceitar honrosamente, com a fidalguia de cavalheiros andantes, as disputas domésticas com botafoguenses, tricolores, vascaínos e outros que igualmente não lograram alcançar as nossas façanhas tão estupendas e inigualáveis.

Vamos aceitar e comemorar, sim (se vencermos, claro) as disputas das três batalhas contra o Botafogo — afinal é o que hoje o nos resta. Apesar de toda essa nossa soberba comum, de pobres metidos a besta, como somos nós rubro-negros.

E, além do mais, quer saber de uma coisa? Não temos culpa de nossa mais do que gloriosa história, embora Glorioso se intitule nosso grande adversário deste domingo.

O grande mérito de Garotinho

ex-governador Anthony Garotinho, neste 18 de abril, entra na maturidade de bem vividas 49 primaveras que completa hoje.

Garotinho pode ser apontado como exemplo de que o homem começa a vencer e ver seus sonhos realizados desde que creia na força de suas idéias, em sua capacidade realizadora, sua coragem em desbravar os obstáculos que se lhe antepoem nas mais espinhosas caminhadas.

Foi o cidadão campista que chegou mais longe em política. Nilo Peçanha, sim, chegou à presidencia da República, mas numa época diferente. Não obteve (e nem poderia) 15 milhões de votos e as eleições eram feitas pelo "bico de pena".

Venceu, mesmo diante de tantas circuntâncias adversas pela frente, como o fato de haver construído sua carreira numa cidade marcada pelo conservadorismo, o mandonismo e a solidez das elites oligarcas que impediam o surgimento de lideranças de origem popular e egressa dos movimentos sociais.

Mesmo diante da muralha de empecilhos e sua condição de simples operário da radiodifusão, apostou em si mesmo e na capacidade do povo em ser dono do seu próprio destino.

Um dos grandes méritos de Garotinho na órbita da política local foi ter construído escolas, creches ou unidades de saúde. Porém, mais importante do que qualquer outra obra física, o mais relevante de sua obra foi promover uma sacudela, uma oxigenação comportamental na população de Campos, antes atrelada a um coronelismo atrasado que não via com bons olhos a discussão política entre as camadas mais humildes.

Talvez as elites locais percebessem naquilo uma espécie de subversão das massas.

Garotinho estimulou os cidadãos humildes a falar sobre política, seja através da mobilização pelos movimentos sociais ou através de programas de rádio; a serem donas de sua própria cidadania, recusando a prática comum em escolher os candidatos que os seus patrões apoiavam ou mandavam que neles votassem.

Goste-se ou não dele (que tem lá também seus defeitos... E quem não os possui?), mas se Campos hoje tornou-se uma cidade onde se discute política com razão e paixão ferrenha, muito dessa evolução mental se deve a ascensão do fenômeno Garotinho.

Que mesmo sendo um politico de projeção nacional, dá a cara a tapa, sempre estimulou o confronto de idéias em sua aldeia, comparece a qualquer debate e convida até mesmo simples vereadores para discussão política.

Como ele mesmo diz, não é um político de proveta, porque nasceu com a política no sangue. Parabéns e felicidades.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Objetivos mais nobres

Garotinho acha que como mentor do processo de desmoronamento do esquema de corrupção na prefeitura de Campos e liderança política maior do municipio, até mesmo como simples cidadão, tem obrigação de denunciar Bacelar, a quem considera o grande avalista do esquema de corrupção na prefeitura à época do ex-prefeito Alexandre Mocaiber.

Mas só deverá falar em ocasiões estratégicas ou quando for enrevistado sobre assuntos locais.
Por enquanto, a prioridade aponta para as andanças pelo municipios do interior, as bases na Baixada Fluminense, São Gonçalo e bairros da capital.

O alvo é o retorno ao governo estadual, de onde saiu com otima avaliação. Tanto que elegeu Rosinha, sua mulher, em primeiro turno, fato inédito na história da política fluminense.

Bateu-levou

O coordenador do Verão do Farol de São Thomé, Marcos Soares, escalou-se ou foi escalado para digladiar-se com o vereador Marcos Bacelar. No melhor estilo bateu-levou, Soares detonou Bacelar no programa Hora da Verdade, apresentado por Barbosa Lemos, na Campos Difusora. O assunto: emendas de vereadores para shows superfaturados através das fundações Trianon e Zumbi dos Palmares.

Garotinho não vai mais entrar em discussão com Bacelar. Ex-governador do segundo estado mais importante da Federação, candidato a presidência da República com cerca de 15 milhões, não vai mais se nivelar ao palavreado rasteiro do vereador, que resvala para o lado pessoal.

Presidente da Assembléia governa o Maranhão

O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB), presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão experimenta por alguns momentos o título de Governador do Estado do Maranhão.

Na vacância, entre a diplomação e posse da agora Governadora Roseana Sarney, Tavares “segura” o cargo. Roseana está prestes a sair da sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), onde foi empossada, agora há pouco como Governadora, em solenidade presidida pelo desembargador José Figueiredo dos Anjos, em substituição à desembargadora Nelma Sarney.

O nome do novo comandante geral da Polícia Militar já foi divulgado. O coronel da PM Ivaldo Barros assumirá o cargo. Renúncia - Roseana Sarney deve renunciar em breve ao cargo de Senadora da República, ainda no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA).

Só assim, ele poderá tomar posse no Governo do Estado do Maranhão, que deverá ser repassado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares, que até o momento é o Governador do Estado. Com a renúncia, Mauro Fecury (PMDB), ex-Prefeito de São Luís e ex-deputado, toma a vaga no Senado Federal.

Murad pede a Lago que saia do Palácio dos Leões - O deputado Ricardo Murad (PMDB) disse, agora há pouco, na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) que o ainda Governador Jackson Lago deve refletir e sair das dependências do Palácio dos Leões, onde se encontra, negando-se a sair do local, em protesto à decisão de sua cassação pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE).

“Peço que o Governador Jackson Lago reflita e saia do Palácio dos Leões”, disse Murad, no momento de sua chegada, à solenidade de diplomação de Roseana Sarney como Governadora do Estado do Maranhão. Ele estava acompanhado do deputado federal Sarney Filho.

Fonte: Jornal Pequeno

Jackson quer que deputados escolham novo governador

A respeito do afastamento do governador do Maranhão, vejam o que informa o blog do Gilberto Lima:

Segundo Jackson Lago, os deputados estaduais -a maior parte deles formada por seus apoiadores- estavam, até o final da noite de ontem, reunidos para votar uma brecha legal prevista na Constituição do Estado que, segundo o pedetista, diz que se o governador for cassado a partir do segundo biênio de sua gestão os deputados poderão fazer uma eleição entre eles e escolher um novo chefe provisório do Executivo maranhense.

Se os deputados decidirem pelo pleito, Lago diz que cederá seu cargo ao indicado pela Casa, de maneira provisória, até o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar recursos de sua defesa.

O TSE, porém, determinou que Lago e o vice dele deixem imediatamente os postos.Caso os deputados não escolham um novo governador, Lago afirmou que continuará no Palácio dos Leões, sede do governo estadual.

Ele convocou seus militantes a ficarem no local e permanecerem em vigília. "Quem quiser, tem que vir até aqui e dizer que é um democrata, um legalista. Dizer: "Eu não aceito golpe". Estaremos aqui enquanto força tivermos."

Durante a sua fala, a rede de televisão Mirante, afiliada da Globo e propriedade da família Sarney, foi expulsa do palácio aos gritos de "rede mentira".Logo após a decisão do TSE, Lago falou para as cerca de 1.500 pessoas -militantes do MST e de movimentos indígenas e quilombolas, em sua maioria- que, como ele, assistiram ao julgamento em um telão montado em uma área aberta do Palácio dos Leões.

Ao seu lado estavam a mulher dele e deputados estaduais de partidos da base aliada. Ele não mudou sua expressão durante a votação, mesmo quando o ministro Ayres Britto deu por encerrado o julgamento e passou para o próximo processo da pauta. Nesse momento, ao longe, era possível ouvir fogos -a comemoração de seus adversários.

Jackson Lago diz resistirá à decisão do TSE que o afastou; Roseana assume

Depois de concorrer ao senado pelo Amapá, diante da possibilidade de perder em seu próprio Estado, o senador José Sarney acaba de recuperar a dinastia no Maranhão, onde construiu um império que inclui empresas de comunicação na capital e no interior, construtoras e fazendas.

É que o Tribunal Superior Eleitoral determinou ontem à noite o afastamento do governador Jackson Lago e seu vice, Luiz Carlos Porto, e que assuma imediatamente o cargo a senadora Roseana Sarney, filha do patriarca.

Os ministros do TSE rejeitaram ontem quatro recursos contrários à cassação por abuso de poder político nas eleições; Lago pode recorrer ao Supremo A situação está complicada neste momento porque Jackson Lago (PDT) afirmou ontem à noite que resistirá à decisão do TSE, cuja decisão ele chamou de "farsa".

Caso os deputados não escolham um novo governador, Lago afirmou que continuará no Palácio dos Leões, sede do governo estadual. Ele convocou seus militantes a ficarem no local e permanecerem em vigília.

"Eles [família Sarney] precisam ver que encontrarão resistentes, pessoas que mostrarão o que é a injustiça no Maranhão. Devemos estar aqui, vigilantes, resistentes", disse ele.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Adriano, o artilheiro, mais matador do que nunca

Está desvendado o mistério que levou o atacante Adriano a padecer de uma súbita depressão. Não é bebida, drogas ou saudades do feijão ou do Rio.

O que acaba de desnortear o goleador da Inter de Milão atende pelo nome de Ellen Cardoso, uma morena estonteante, midiaticamente conhecida como "Mulher Morango", devido a seu corpo bem desenhado em forma de escultura. Mas, especialmente, por possuir as nádegas bem fornidas com formato da fruta.

A mulher aparece à beira da piscina da casa do jogador em fotos publicadas por alguns jornais populares do Rio, onde é relatado que a beldade frequenta a residência do atacante, tornou-se intima da família, vai fazer suas compras, retorna para o novo ninho e nunca mais saiu de lá desde que o par foi formado.

Cronistas mulheres que tratam do universo feminino em vários jornais do Pais adulam o Adriano, elegendo-o como homem ideal, símbolo de paixão que renuncia a fortuna pela mulher amada

O Flamengo aposta que com esta aeronave na pista, Adriano seja movido pelo ímpeto de retornar em definitivo para pilotá-la, tendo a Gávea como endereço profissional. Dirigentes rubro-negros acham que a nobre motivação de sua volta fará com que ele larga a Inter, Milao, a Europa ou tudo mais...

Dificil, quase impossível, será os dirigentes bancarem os fabulosos salários do atacante.

PS - Os tempos são outros. Sempre ouvi falar desde a tenra idade da existência do homem-fruta. Mulher, nunca.

Tô aí

Então, eis-me também na blosfera. Com toda minha introspecção e resistência ao uso do computador (não hoje, mas ainda em seus primórdios), do pronome na primeira pessoa ainda que em textos de opinião. Até porque, afinal, não cabe ao jornalista tratar de si em seu trabalho, mas apenas do fato social. Jornalista não é mais importante do que a notícia. Se for, como querem alguns, alguma coisa está errada no jornalismo.

Mas como o veiculo me permitirá (olha a primeira pessoa) algumas informalidades, vou aproveitar essa flexibilidade (não confundir com irresponsabilidade), tratarei de informar, opinar ou assuntar sobre a minha, a sua esquina, a nossa Campos, o Brasil (ainda é nosso?) e outras plagas.

Mas, à falta de grana para ir a um especialista, vou-me servir do blog como atalho para a fuga de minhas inquietações existenciais com a dura realidade do nosso mundo cão.

É uma porta de saída para destilar o gosto ácido dia-a-dia, desopilar o fígado, tornar o mundo menos real, mais onírico. Daí que permito-me tratar de esportes, a nossa recorrente válvula de escape, ópio das massas, do povo pobre e oprimido.

Com a suprema responsabilidade de tornar este o blog mais imparcial sobre futebol, com exceção de algumas sagradas e benditas efusões de flamenguismos.